Tecnologias aumentam produção de cajá no Nordeste em até cinco vezes

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A produção de cajá (Spondias mombin L.), fruto também conhecido como taperebá, começa a ganhar força. No Piauí, um sistema de produção construído com um pacote tecnológico da Embrapa apresenta resultados animadores. Em um dos experimentos, em Teresina, a produção, em seis hectares, saltou de 3,4 toneladas em 2021 para 8,1 toneladas até o dia 21 de março deste ano. “Eu acredito que vamos colher entre 15 e 20 toneladas nesta safra”, prevê o produtor João José Neto, parceiro do projeto no sítio Tuturubá, na zona rural norte, a 26,7 quilômetros do centro da capital piauiense. A colheita de cajá no Norte e no Nordeste vai até maio.

Aumento de produção poderia abastercer a indústria de suco do Piauí
que hoje compra cajá de outros estados. Foto: Ronaldo Rosa

O sítio de JJ Neto, como é mais conhecido o engenheiro civil aposentado de 77 anos, começou o plantio de cajazeiras em 2013. A primeira colheita aconteceu em 2017, com uma produção de quase uma tonelada. Com as tecnologias da Embrapa sendo calibradas a partir de setembro de 2020, o otimismo tomou conta do produtor. “A decisão de plantar cajá veio por acaso, por sugestão de um ex-empregado. Agora, com a alta produtividade, o meu pensamento é transformar a propriedade em uma agroindústria, aproveitando também os cultivos de caju, acerola e manga,” revela José Neto. Já existe uma produção de polpa de cajá no local, elaborada de forma caseira, vendida a R$ 5,00 o pacote de 500 gramas e a R$ 8,00 a embalagem de um quilo.

A excelente performance produtiva, segundo o produtor, é atribuída à fertiirrigação aplicada no pomar. O trabalho executado pelo pesquisador Valdemício Ferreira de Sousa na área obedeceu os critérios técnicos com dosagens de nitrogênio, fósforo e potássio, via água de irrigação e com frequência de aplicação de 20 dias. “Cada experimento é composto por 108 plantas úteis de cajazeira plantadas no espaçamento de dez metros por dez metros, em uma área total de 3,20 hectares dos dois experimentos”, relata o pesquisador.

Telado garante a colheita

No município de Água Branca, a 97 quilômetros ao centro-norte de Teresina, outro parceiro do projeto também se destaca. O produtor e engenheiro-agrônomo Júlio César Lopes da Costa, de 44 anos, vem apoiando o trabalho produzindo clones de cajazeiras de qualidade superior e num experimento com telados. Neste, ele está conseguindo uma colheita de 100% da produção. “Sem as telas, a quebra na colheita era de 40%”, revelou.

Foto: Embrapa Meio-Norte

Outro dado animador do sítio Sambaíba, que fica a apenas três quilômetros do centro do município, é que o tempo de colheita é reduzido em pelo menos uma hora e trinta minutos em fileiras de 20 plantas. O telado no Sambaíba tem 4,5 metros de largura por 100 metros de comprimento entre as fileiras de plantas, suspenso e amarrado aos troncos das árvores. No Sul do Brasil, o uso de telas, cobrindo as plantas, é para proteger principalmente os parreirais da ação dos pássaros e das chuvas de granizo.

O histórico de produção de cajá de Costa é considerado muito bom. Também em seis hectares e trabalhando de forma empírica, ele registrou os números dos últimos quatro anos, a produção que em 2018 era de oito toneladas mais do que dobrou em 2021 alcançando 18 toneladas, e até o dia 21 de março de 2022 o produtor já tinha colhido 15 toneladas. Toda a produção é vendida a duas agroindústrias do município de Água Branca (PI), a R$ 1,70 o quilo.

A modelagem do sistema de produção de cajá está sendo feita por uma equipe de sete pesquisadores da Embrapa Meio-Norte (PI), com ações como a seleção de clones, manejo de irrigação na fase reprodutiva da cajazeira, identificação de pragas e doenças, definição da forma de colheita, avaliação da restrição radicular da planta, avaliação da desfolha na indução floral e estabelecimento de doses de nitrogênio, fósforo e potássio para a produção. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), vinculada ao Governo do Estado, com orçamento de R$ 400 mil, o projeto segue até 2024, de acordo com o pesquisador Eugênio Emérito Araújo, que coordena os trabalhos.

Aumento gradual da produção até o oitavo ano

Foto: Fernando Sinimbu

Um estudo dos pesquisadores do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) José Severino de Lira Júnior e João Emmanuel Fernandes Bezerra e do pesquisador da Embrapa Ildo Eliezer Lederman, já aposentado, demonstrou que as cajazeiras enxertadas iniciam a produção a partir do quarto ano após o plantio. Segundo o trabalho, em condições favoráveis de cultivo, cada planta pode produzir cerca de 40 kg, totalizando aproximadamente 6,2 toneladas de frutos por hectare, adotando o espaçamento de oito metros por oito metros. De acordo com o estudo, nos anos posteriores a produção aumenta gradativamente, estabilizando-se a partir do oitavo ano.

Mais de 90% da matéria-prima vem de outros estados

Foto: Embrapa Meio-Norte

O mercado de polpa de frutas no Piauí acena com empolgação para o projeto. “Foi uma grande ideia, pois cerca de 90% do cajá demandado pelas indústrias de polpa de frutas vem de fora. É um produto de aceitação popular grande, mas que às vezes esbarra no valor”, comenta o agroindustrial Marcio Leonardo Ribeiro Teixeira, gerente da empresa Fruta Polpa, de Teresina.

Com uma produção maior, no entender dele, a melhor oferta de matéria-prima a indústria poderia melhorar a qualidade da polpa. A empresa processa hoje entre 620 a 650 toneladas de polpa por mês. Desse total, 13% são de polpa de cajá. A produção é vendida também para os estados do Maranhão, Ceará, Pará, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. Teixeira conta que a Polpa Fruta compra matéria-prima principalmente do Estado da Bahia. Em Teresina, o pacote de 500 gramas de polpa de cajá é vencido nos supermercados com preços que variam de R$ 5,40 a R$ 8,30. O Piauí tem hoje dez agroindústrias processando polpas de frutas.

Cajá é fonte de vitaminas

Foto: Ronaldo Rosa

Rica em sais minerais, como o fósforo, ferro e cálcio, a cajá é uma grande fonte de vitaminas A, B e C e de fibras, que aumentam a sensação de saciedade e têm poucas calorias. Além de o estado in natura, ela é também consumida como suco, sorvete, licores, vinho, geleia e na caipirinha.

A cajazeira (Spondias mombin L.) é originária da América Tropical. Tem folhas verdes e se adapta bem ao clima quente, alcançando uma altura de até 30 metros. O diâmetro do caule chega a 120 centímetros. “O ideal seria que a árvore alcançasse entre seis e oito metros de altura, o que facilitaria muito a colheita e os tratos culturais,” declara o pesquisador Eugênio Emérito Araújo. Por esse motivo, uma das ações do projeto é desenvolver cajazeiras de menor porte.

Araújo explica que o gênero Spondias, pertencente à família Anacardiaceae, possui 18 espécies distribuídas nos neotrópicos, Ásia e Oceania. No Nordeste brasileiro, segundo a literatura especializada, destacam-se as espécies: Spondias mombin L. (cajazeira), Spondias purpurea L. (cirigueleira), Spondias cytherea Sonn. (cajaraneira), Spondias tuberosa Arr. Câm. (umbuzeiro) e Spondias spp. (umbu-cajá e umbuguela).  “Todas elas são árvores frutíferas tropicais largamente exploradas, no extrativismo como a cajazeira e o umbuzeiro, em pomares domésticos e em plantios desorganizados conduzidos empiricamente como a cajaraneira, a cirigueleira, a umbu guela e o umbu-cajá. O pesquisador ressalta que essas espécies são plantas em domesticação que produzem frutos do tipo drupa de boa aparência, qualidade nutritiva, aroma e sabor agradáveis, ou seja, com bom potencial de comercialização.

Com destaque para a Bahia, que também usa a cajazeira no sombreamento das plantações de cacau, todos os estados nordestinos produzem cajá. A comercialização é feita em feiras livres, ao preço de R$ 3,00 o litro. Mas o fruto ganha espaço mesmo é na indústria de processamento de polpas. No Sudeste, São Paulo é um produtor de pequeno porte, como o Rio Grande do Sul. também produzem, mas em pequena escala. A colheita ainda é feita manualmente, com a coleta dos frutos maduros caídos. Não há registros oficiais de produção e nem de exportação de cajá in natura e seus derivados.

Fonte: Fernando Sinimbu/Embrapa Meio-Norte

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FAPEPI apoia evento nacional de inovação

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No próximo dia 02 de abril (sábado) acontece em todo o Brasil um grande encontro de colegas no ecossistema de inovação. Esse encontro de todas as redes terá hubs presenciais em todas as 27 capitais e em outras cidades em todo o país.

Em Teresina o encontro tem o apoio da FAPEPI e acontecerá no Sebraelab, das 10h00 às 12h00. Também será comemorado os 5 anos do Open Innovation BR.

O objetivo maior será revermos colegas e conhecermos mais gente que atua no ambiente de inovação. O encontro inclui conversas sobre como trabalhar em rede, inclusive reunindo redes e inciativas já existentes. 

Temas das conversas:

1 – Organização Social CajuinaTech e as perspectivas para 2022 – Ricardo Dantas;

2 – Fadex: Inovação e transferencia de tecnologia – Thiago Ravel;

3 – Polo de inovação do Piauí – Anderson Lobo;

4 – O papel do Sebrae no ecossistema de inovação do Piauí – Samuel Moraes

Inscrições em: https://bit.ly/37zo35i

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FAPEPI divulga resultado final do PDCTR-PI

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) torna público o resultado final do Edital 006-2021, do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional no Estado do Piauí (Programa PDCTR-PI), uma parceria entre a FAPEPI e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Além do resultado final, também foram publicados os resultados de classificados e recomendados fora do quadro de bolsas e também das propostas não recomendadas. 

O objetivo do edital é implementar o Programa PDCTR-PI no estado do Piauí, em conformidade com as normas do CNPq  e da FAPEPI, tendo por objetivo estimular a fixação de recursos humanos com experiência em ciência, tecnologia e inovação e/ou reconhecida competência profissional em instituições ou empresas públicas ou privadas, de ensino superior e/ou de pesquisa científica, tecnológica e de  inovação.

O programa segue duas vertentes. A primeira delas é a regionalização, que é caracterizada pela atração de doutores de outras regiões do país para áreas metropolitanas. Nesse caso, não é permitida a concessão da bolsa a doutores formados e/ou radicados no próprio estado. 

A outra vertente é a interiorização, que se caracteriza pela atração de doutores para microrregiões reconhecidas pelo CNPq como de baixo desenvolvimento científico e tecnológico  (fora das áreas metropolitanas), permitindo a concessão da bolsa a doutor formado ou radicado no próprio estado.

Os resultados podem ser acompanhados na página do edital, clicando aqui.

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Doutorado nos EUA: inscrições encerram dia 31 de março

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Nesta quinta-feira (31), termina o prazo para inscrições ao Programa CAPES-Fulbright de Doutorado Pleno nos EUA. Conforme o Edital nº 3/2022, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os interessados podem se candidatar até às 17h, pelo Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes). São dez bolsas destinadas às áreas de Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes. Os benefícios terão duração máxima de seis anos – três anos financiados pela CAPES e igual período pela instituição parceira – , com valores anuais de até US$55 mil.

O resultado preliminar deve ser divulgado até dia 31 de maio e as entrevistas acontecerão entre 04 e 15 de julho. Os pré-selecionados pela parte brasileira serão conhecidos até 30 de julho. O processo seletivo das universidades dos EUA começa em outubro. O resultado final será publicado até 15 de abril de 2023 e as atividades estão previstas para iniciarem entre agosto e dezembro do mesmo ano.

O Programa é uma cooperação com a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e o Brasil (Comissão Fulbright) que incentiva a formação de líderes para a pesquisa no Brasil e no mundo. Além de favorecer o acesso de pesquisadores brasileiros às universidades de excelência nos EUA e aumentar o nível de colaboração e publicações conjuntas entre pesquisadores de ambos os países, busca maior visibilidade internacional à produção científica, tecnológica e cultural brasileira.

Fonte: Redação – CCS/CAPES

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CAPES e MEC enviarão professores para curso em Portugal

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Secretaria de Alfabetização (Sealf) do Ministério da Educação (MEC) divulgaram o Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores Alfabetizadores em Portugal – Alfabetização Baseada na Ciência (ABC). Serão oferecidas 100 vagas para que professores em exercício nas redes públicas de educação básica participem do curso de aperfeiçoamento na cidade do Porto, em Portugal. As diretrizes do processo seletivo, apresentadas no Edital nº 17/2022, foram publicadas no Diário Oficial da União.

As aulas presenciais em Portugal serão oferecidas em parceria com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Rui Alves, professor da instituição, expressou a satisfação de sua equipe em colaborar para que as crianças portuguesas e brasileiras aprendam com métodos científicos eficazes. Já as atividades práticas e visitas às escolas portuguesas, serão acompanhadas pelo Instituto Politécnico do Porto (IPP). Ana Sucena, do Centro de Investigação e Intervenção na Leitura (CiiL) do IPP, concluiu: “pretendemos capacitar os professores brasileiros na promoção de competências-alicerces para aprender a ler em português”.

Cronograma
O candidato precisa estar cadastrado e com currículo atualizado na Plataforma CAPES de Educação Básica, até o dia 29 de abril. As inscrições podem ser feitas pelo Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes), até as 18h do dia 06 de maio. Ele terá até 26 de junho para concluir o Curso ABC, na modalidade on-line. O resultado final será divulgado em 01 de agosto. O embarque para Portugal está previsto para acontecer de 28 a 30 de outubro. A capacitação, com 240 horas, terá seis semanas de duração e ocorrerá entre novembro e dezembro desse ano.

Programa
A ação faz parte da parceria entre a CAPES e a Sealf, no âmbito do Programa Tempo de Aprender, Eixo I – Formação continuada de profissionais da alfabetização. Além disso, conta com a cooperação de duas instituições portuguesas: Universidade do Porto e Instituto Politécnico do Porto. O edital complementa outras iniciativas incentivadas pela CAPES, com o Projeto ABC: o curso on-line – que conta com 245 mil inscritos – e a publicação dos Manuais ABC e ABC na Prática, que estão disponíveis, gratuitamente, no site do MEC.

Fonte: Reprodução – CCS/CAPES

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Finep e MCTI lançam chamada para apoio de projetos de inovação de Inteligência Artificial

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) tornam pública a presente SELEÇÃO PÚBLICA MCTI/FINEP/FNDCT, cujo objetivo é selecionar projetos de inovação de Inteligência Artificial (IA) nas linhas temáticas Agro 4.0, Saúde 4.0, Indústria 4.0 e Cidades Inteligentes e Turismo 4.0.

Para fins desta seleção pública, entende-se por Inteligência Artificial: Tecnologia que simula, por meio de algoritmos computacionais, mecanismos avançados de cognição e suporte à decisão baseado em grandes volumes de informação. Seu funcionamento alicerça-se em outras tecnologias como machine learning, que consiste no reconhecimento de padrões a partir da análise de grandes conjuntos de dados, permitindo a construção de resultados de forma autônoma a partir desse aprendizado, mesmo sem estar formalmente programado para este fim; deep learning, um subconjunto de machine learning que consiste no uso de algoritmos complexos para estruturação hierárquica de dados não-lineares utilizando técnicas de redes neurais; Big Data Analytics, que consiste na análise de grandes bases de dados construindo análises descritivas ou preditivas; Processamento de Linguagem Natural, a qual envolve um mix de todas as tecnologias anteriores permitindo que agentes autônomos sejam capazes de receber e processar comandos e informações em linguagem natural; e Visão Computacional, que é a capacidade de reconhecer padrões visuais e de automatizar tarefas com base na detecção de imagens, objetos, pessoas ou quaisquer dados multidimensionais.

São elegíveis para esta chamada pública empresas brasileiras (proponentes), individualmente ou em conjunto com outra(s) empresa(s) brasileira(s) (coexecutora(s)), em observância ao disposto no art. 19, §8º, lei 10.973/04 e no art. 20, §2º, decreto 9.283/18. Não são elegíveis como proponente ou coexecutora(s), , as pessoas jurídicas sem finalidade lucrativa (associação, fundação, cooperativa); empresário individual e microempreendedor individual.

As propostas deverão ser apresentadas em arranjo institucional contemplando, no mínimo, uma interveniente cofinanciadora, instituição que visará adotar o conjunto de tecnologias a serem desenvolvidas no âmbito do projeto apoiado.

Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) somente poderão participar do projeto como prestadoras de serviços para as proponentes e/ou coexecutoras, devendo o cronograma de execução do projeto relacionar as atividades a serem executadas por tais instituições, com reflexo, ainda, na relação de itens do projeto, que deverá prever o pagamento do serviço de terceiros correspondente.

O envio das propostas e de seus documentos complementares indicados no edital deverá ocorrer, exclusivamente, até as 18h do dia 15 de junho de 2022, por meio do Formulário de Apresentação de Propostas (FAP) específico para esta Seleção Pública, disponível no Portal da Finep no endereço www.finep.gov.br.

A divulgação do resultado final da Seleção Pública no Portal da Finep na internet ocorrerá no dia 7 de outubro de 2022.

O prazo de execução do projeto deverá ser de até 36 (trinta e seis) meses, prorrogável, justificadamente, a critério da Finep. Para mais detalhes, confira a íntegra do edital: http://www.finep.gov.br/images/chamadas-publicas/2022/21_03_2022_Edital_IA.pdf

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Fiocruz abre inscrições para a 2º edição do curso de Boas Práticas Clínicas

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abre inscrições para a 2º edição do curso de Boas Práticas Clínicas. A formação, online e gratuita, foi revista, atualizada e já está disponível para acesso no Campus Virtual Fiocruz. O objetivo da chamada é apresentar melhores padrões para a condução de projetos, assim como disseminar e fortalecer o respeito pleno aos direitos dos participantes de uma pesquisa. A primeira edição formou cerca de 9 mil participantes das quatro regiões brasileiras e de outros 22 diferentes países, incluindo Estados Unidos, Afeganistão, Peru, Espanha, entre outros. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 30 de dezembro de 2022.

O curso deverá compartilhar com os alunos um arcabouço histórico-ético-regulatório da pesquisa clínica nacional, além de apresentar o papel de seus atores e manejo de eventos adversos. O curso está organizado em sete módulos independentes e que abordam conteúdos essenciais para as boas práticas clínicas. Estratégias de exemplificação de casos e problematização de situações pertinentes às atividades cotidianas são exploradas na formação de modo a conduzir o participante à reflexão crítica sobre o tema.

A primeira edição do curso de formação foi realizada de forma presencial, e nesta segunda edição, será oferecida na modalidade à distância, alcançando, assim, uma quantidade maior de participantes. O curso, com total de 40h de carga horária, também contará com módulo de avaliação. Esta formação certifica em Boas Prática Clínicas (BPC) profissionais envolvidos em pesquisa clínica, independentemente do nível de escolaridade e formação profissional. Dessa forma, o curso serve não apenas na capacitação desses profissionais, como também em uma fonte de consulta na área. Vale ressaltar que os módulos são independentes entre si, não sequenciais, sendo permitido que o aluno realize sua trajetória de maneira particular, a partir de suas necessidades. O curso emite certificado de participação. No entanto, é necessário obter, no mínimo, 70% de acertos na avaliação final.

Conheça a estrutura do curso de Boas Práticas Clínicas:

  • Introdução e Glossário;
  • Histórico e Diretrizes Éticas Nacionais;
  • Regulamentação Brasileira para Pesquisa Clínica Envolvendo Seres Humanos: Contexto e Evolução;
  • Fuxo Ético-Regulatório daPesquisa Clínica no Brasil;
  • Pesquisador e Patrocinador, Papéis, Responsabilidades e Documentos Essenciais
  • Participantes de Pesquisa
  • Evento Adverso Grave

Fonte: Ascom/Fiocruz

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Embrapa realiza evento sobre projeto “Geração de tecnologias para o cultivo sustentável da cajazeira”

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A Embrapa Meio-Norte realizou na sexta-feira, dia 11 de março, uma apresentação a técnicos e produtores os resultados parciais de experimentos do projeto “Geração de tecnologias para o cultivo sustentável da cajazeira” durante dia de campo, no sítio Tuturubá, no Povoado Fonte Boqueirão, zona rural de Teresina, PI.

O evento teve início às 8h e foi dividido em cinco seções. Na primeira, contou com apresentação do pesquisador Lúcio Flávio Vasconcelos com o tema “Controle do crescimento do cajá por restrição radicular”. Esse experimento consiste em manter as cajazeiras com porte baixo para facilitar tanto a colheita como os tratos culturais, como poda e tratos fitossanitários. Na segunda seção, sobre Indução floral, quem conduziu a apresentação foi o pesquisador Eugênio Celso Emérito Araújo. Essa pesquisa, por conta da grande variabilidade do tempo da floração das cajazeiras, o que torna as colheitas mais desuniformes, visa regularizar e uniformizar a produção do cajá, trazendo a possibilidade de antecipar ou retardar sua produção. Outro resultado importante deste projeto foi a comprovação de que o hormônio vegetal etileno tem uma atuação importante no mecanismo de floração do cajá, o que traz a possibilidade de manipular a floração da cajazeira com o uso do etileno.

O pesquisador Lúcio Flávio também apresentou as informações sobre clonagem de cajá, onde foi apresentado 3 tipos de clones desenvolvidos com melhoramento genético. Um deles foi chamado clone Teresina, próprio para consumo in natura. Esse fruto é maior e apresenta uma polpa mais farta que o comum, baixa acidez e maior doçura. Outro clone é o chamado cajá ZLU, também com maior doçura e baixa acidez. E o cajá ácido, que embora não seja muito adequado para consumo direto, apresenta um grande rendimento para a fabricação de sucos.

Na quarta seção, foram apresentados os resultados parciais da tecnologia do processo de Fertirrigação e técnicas de adubação, apresentado pelo pesquisador Valdemício Ferreira de Sousa. Os resultados apresentaram um grande aumento de produtividade do cajá, com um aumento de 300% de rendimento. O evento também contou com apresentação de trabalhos relacionados ao controle de pragas e doenças, especialmente no combate à mosca-das-frutas, com armadilhas de baixo custo.

Finalizando o evento, o pesquisador Carlos César Pereira Nogueira mostrou aos participantes o funcionamento do Sistema de colheita com telas. Um dos problemas na colheita do cajá é a queda do fruto do alto da planta, o que causa rachaduras, perda de polpa e risco de contaminação. Esse sistema de colheita adiciona uma tela embaixo da cajazeira para o fruto não cair no chão, não causando danos ao cajá.

Esse projeto, é oriundo de uma parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e já apresenta resultados consistentes. O evento foi idealizado para mostrar as vantagens do sistema e estimular outros produtores a investirem na produção dessa fruteira nativa.

FAPEPI renova parceria e firma novo acordo de cooperação com a Embrapa Meio Norte

A Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária da região Meio-Norte (EMBRAPA-Meio Norte) assinaram, no segundo semestre de 2021, dois importantes convênios, uma nova parceria e uma renovação de cooperação iniciada em 2018.

O termo aditivo ao acordo de cooperação técnica referente a geração de tecnologias para o cultivo sustentável da cajazeira foi assinado no dia 25 de novembro de 2021, dando continuidade à parceria iniciada em 2018. O termo estabelece o incentivo à pesquisas e atividades que visem a criação de novas tecnologias para melhoria no cultivo do cajá no Piauí. O termo aditivo visa a prorrogação da cooperação por trinta meses, que
trata da integração de esforços entre as partes para execução de trabalhos de pesquisa
agropecuária, objetivando a geração de tecnologias para o cultivo sustentável da
cajazeira, bem como ajustes das formas do termo de cooperação.

O aditivo trouxe a inclusão de novos entes para a cooperação: O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER) e a Fazenda da Paz Comunidade Terapêutica do Piauí, instituição não-governamental.

O novo acordo de cooperação entre as instituições, intitulado “Transferência de tecnologias e inovação em fruticultura irrigada para os polos prioritários do Estado do Piauí” foi assinado em 21 de setembro de 2021, que dentre outros objetivos, visa ao compartilhamento de tecnologias e novos processos no manejo de fruticultura irrigada, com foco para os polos de produção prioritários do Piauí. O objetivo geral é adaptar e transferir tecnologias de cultivo, manejo, de produção e de agregação de valor às fruteiras tropicais para o desenvolvimento integrado sustentável com inovação no segmento da fruticultura em polos prioritários do Piauí.

“No âmbito desses polos é fundamental contextualizar que, o relacionamento, mesmo que diferenciado, dos agentes da cadeia produtiva ao lado de características específicas do conjunto de produtores e instituições de apoio são importantes para ajudar na compreensão do relativo sucesso que esses polos haverão de alcançar. Aspectos como o nível tecnológico predominante, o padrão de cooperação entre os produtores e entre estes e as instituições de apoio tecnológico etc., serão decisivos para a expansão do nível de produto e de renda na região, atuando de forma sinérgica sobre o marco da inovação tecnológica na cadeia produtiva da fruticultura irrigada no estado do Piauí”, afirmam os idealizadores do projeto.

Também são objetivos da parceria realizar um levantamento e sistematização do acervo de tecnologias já desenvolvidos para as espécies: acerola, banana, goiaba, maracujá, e uva, com possibilidades de ajuste/adaptação e utilização; a instalação de Unidades de Referência Tecnológica em campo com vistas a ajustes e adaptação de tecnologias no âmbito das espécies frutíferas: acerola, banana, goiaba, maracujá e uva; ajustar estratégias de transferência de tecnologia nos polos de fruticultura irrigada, visando o aumento da produtividade e da produção de frutas com qualidade para atendimento ao mercado consumidor nacional e regional; estruturar e instalar, junto com o setor produtivo, ações integradas de transferência de tecnologias e desenvolvimento com inovação na fruticultura, capazes de impactar positivamente o desenvolvimento regional e capacitar, simultaneamente, técnicos e agricultores multiplicadores nas principais tecnologias e estratégias para aplicação e utilização das ações integradas de transferência de tecnologias.

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FAPEPI realiza Seminário de Boas Práticas de CT&I do Nordeste

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  • Última modificação do post:23 de março de 2022
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) participou do Seminário de Boas Práticas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do Nordeste, na sexta-feira passada (18), das 08 às 13 horas, através de videoconferência. O órgão teve como representantes os professores Ciro Sá e Rizalva Cardoso, da Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DDCT). A participação da FAPEPI se deu através da apresentação de dados sobre os avanços da instituição em fomento à ciência.


A FAPEPI também apresentou seu trabalho no incentivo à tecnologia e inovação no Estado do Piauí, junto a representantes das fundações de amparo à pesquisa, que compõem o Consórcio Nordeste. Foram apresentados além do mapa estratégico da FAPEPI, os programas, problemas, atores centrais e resultados dos editais vigentes e finalizados, como Inova Piauí, Centelha, Tecnova, Peiex e outros, que estimulam a inovação no território piauiense.
Após a apresentação, a FAPEPI recebeu elogios pela visão estratégica dos programas em focar, por exemplo, em políticas baseadas em evidências e gestão por resultados. Os representantes dos Estados trocaram experiências, discutiram melhorias e tiveram como desfecho elaborar relatório final com avanços, sugestões de melhoria e prospecções de trabalhos conjuntos para fortalecimento do Estados e do Nordeste.

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CNPq lança chamada para Bolsas de Mestrado e Doutorado

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq lançou nesta segunda-feira (21), a Chamada CNPq Nº 07/2022 – APOIO À PESQUISA CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E DE INOVAÇÃO: BOLSAS DE MESTRADO E DOUTORADO. Os interessados podem submeter propostas até o dia 06 de maio de 2022.

A Chamada visa dar seguimento à diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação do CNPq, por meio de uma transição gradual do sistema de quotas de bolsas para o novo modelo de concessão, via Projetos Institucionais de pesquisa, assim, atendendo à missão precípua do CNPq de fomentar a pesquisa de excelência.

Os projetos devem ser apresentados pelos Programas de Pós-Graduação (PPGs) e devem conter, de forma global, o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. Essa Chamada visa conceder bolsas de mestrado (GM) e doutorado (GD) no País aos PPGs que dispuserem de bolsas GM e/ou GD provenientes do modelo de concessão por quotas do CNPq, com vigência a encerrar de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022 (Ciclo 2022).

Para saber mais acesse o link disponível.

Fonte: CNPq

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