Rafael Fonteles dobra investimentos e reajusta bolsas da Fapepi e Uespi

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O governador Rafael Fonteles anunciou, nesta quinta-feira (16), o reajuste nos valores e o aumento no número de bolsas oferecidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), em sessão no Palácio de Karnark.

Governador Rafael Fonteles e Presidente da Fapepi – João Xavier. Foto/ Ascom -Governo do Piauí

Todas as bolsas passam por reajuste em seus valores, já neste mês de março. As de iniciação científica saltam de R$ 400,00 para R$ 700,00. As de Mestrado, de R$ 1.500,00 para R$ 2.100,00. Já as de Doutorado, de R$ 2.200,00 para R$ 3.100,00. Por fim, as de pós-doutorado estão sendo reajustadas de R$ 4.100,00 para R$ 5.200,00.

Em relação ao aumento de bolsas, a FAPEPI aumentará todas as modalidades de bolsas oferecidas, desde as de Iniciação Científica, com aumento de 2 bolsas; As de Mestrado aumentarão em 56; as de doutorado terão um aumento de 22 e as de pós-doutorado, por sua vez terão um acréscimo de 4. Com esta ação, a quantidade de bolsa passará de 516 para 600.

Governador Rafael Fonteles e Gestores. Foto: Ascom-Governo do Piauí.

“É um investimento que reforça o nosso compromisso com a ciência, tecnologia e inovação no Piauí. Queremos, a partir desses reajustes, contribuir ainda mais com a exploração das potencialidades do nosso estado e com a resolução de problemáticas existentes”, afirmou o governador.

Governador Rafael Fonteles, apoiadores e pesquisadores. Foto: Ascom-Governo do Piauí

“A Fapepi tem o dever de fomentar pesquisas, tecnologias e inovações que resolvam os problemas do Piauí, de forma que melhore a qualidade de vida da nossa população. Com esse reajuste e ampliação de vagas, a ciência no estado ganha ainda mais força”, disse o presidente da Fapepi, professor João Xavier.

A bolsista Idlla Holanda, mestranda em Engenharia de Materiais pelo Instituto Federal do Piauí, ressalta que o aumento das bolsas acontece como um momento crucial. “Esse reajuste serve de incentivo para novos estudantes que queiram adentrar nessa área da pesquisa, da ciência, para agregar no cenário científico do Estado, como o próprio governador falou e para nós que somos bolsistas e nessa vivência acadêmica sabemos que muitas vezes são onerosas, são dificultosas”, disse.

Idlla Holanda – Pesquisadora. Foto: Luan Rodrigues

Idlla relembra as dificuldades que um estudante enfrenta para conseguir se manter firme no caminho da ciência. “Muitas vezes nós nos custeamos, o nosso sustento, a mobilidade, alimentação, então tudo isso, é importante para esse aumento, para todos, inclusive da pesquisa em si, pois eu particularmente já tive que encaminhar amostras para fora do Estado, porque minha Instituição não supria dessa economia de ponta que pudesse caracterizar os meus materiais, então essa bolsa é importantíssima para que eu e todos os bolsistas como um todo possamos ter esse fomento, possamos realizar um bom desempenho da pesquisa com ele, e que a gente possa concluir, como também nos custear, a gente sabe que o custo de vida aumentou”, disse a pesquisadora.

Tátila é doutoranda no programa de pós-graduação de Ciência e Engenharia de Materiais pelo Instituto Federal do Piauí e Bolsista da Fapepi, a jovem também recebeu os reajustes das bolsas com bastante otimismo. “É um reajuste muito importante, vejo como uma forma de incentivar os alunos piauienses, a enxergar a ciência como um campo de pesquisa e também como um campo de trabalho, e é importante também porque demonstra o interesse do Governo em incentivar o desenvolvimento tecnológico e cientifico do nosso Estado”, disse a pesquisadora.

Tátila – Pesquisadora. Foto: Luan Rodrigues
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FAPEPI recebe equipe da Secretaria do Planejamento-SEPLAN para alinhar futuras parcerias científicas

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Nessa quarta-feira (15), o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), João Xavier da Cruz Neto, reuniu-se com a Superintendente da CEPRO Cíntia Bartz e equipe de gestores. A reunião visa firmar uma parceria com ações futuras entre a Superintendência de estudos econômicos e sociais – CEPRO, a Secretaria do Planejamento – SEPLAN e a FAPEPI.

Para a Superintendente Cíntia Bartz, parcerias como essas objetivam identificar novas possibilidades de projetos de pesquisas, aberturas de bolsas, para pesquisadores em vários níveis. “O planejamento das políticas públicas do Estado está sendo construído em cima de evidências e dados, assim há a necessidade de fomentar a pesquisa para termos uma visão de futuro clara do planejamento. Assim, iremos ter uma orientação clara de prioridades das ações e melhor direcionamento da execução dos recursos estaduais, para termos o retorno esperado e visualizarmos o impacto nos indicadores de resultado.” afirma.

Para Cíntia, a parceria e o monitoramento são essenciais para abrir novas possibilidades de interação relacionadas com a nova visão de planejamento do Estado. “Então queremos monitorar as ações de planejamento do Estado e com isso realizar projetos de pesquisas que auxiliem na produção de dados e evidências, tanto da pré-execução quanto do pós-execução. Mas, a conversa se desenvolveu com várias possibilidades de parcerias que iremos construir em conjunto e apresentar futuramente.”, conclui.

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FAPEPI recebe pesquisadores da Embrapa para dialogar sobre o Acordo de Cooperação dos Projetos de Cajazeiras

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Na última terça-feira (28), o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), João Xavier da Cruz Neto, recebeu os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Meio-Norte), Dr. Valdemício Sousa e Dr. Eugênio Araújo para apresentar como tema central os primeiros resultados da Pesquisa sobre “Geração de tecnologias para o cultivo sustentável da cajazeira”.


Para o agrônomo, pesquisador Dr. Eugênio, a conversa visa promover uma demonstração dos projetos desenvolvidos pela Embrapa Meio-Norte, em parceria com a FAPEPI.
“Hoje viemos fazer uma apresentação do andamento dos dois projetos, o Projeto CAJATEC, que é o Projeto de Desenvolvimento de Tecnologias Produtivas do Cajá e o Projeto Pro fruti que visa a transferência de tecnologias em infraestrutura, nós apresentamos um andamento onde mostramos todas as atividades que foram desenvolvidas, inclusive já com os primeiros resultados que nós já apresentamos”, afirma.
Segundo o pesquisador, o Projeto do cultivo do Cajá é mais avançado com três anos em andamento.
“Nós já fizemos atividade de divulgação da tecnologia de monitoramento em mosca das frutas que é uma praga do cajá, demonstramos aí as atividades para prevenção de doenças na cajazeira, e já estamos mostrando os primeiros resultados dos sistemas de irrigação e fertirrigação da cajazeira que triplicou a produtividade do cajá cultivado no Estado do Piauí, diz.
Além da importância para a pesquisa Dr. Eugênio ainda ressalta que, o projeto é acompanhado por estudantes de agronomia, como forma de despertar o conhecimento na prática.
“Em relação ao Projeto Pro fruti nós estamos ainda no segundo ano, mas, já temos resultados relativos a implantação dos projetos referentes a várias atividades e já executando capacitações, porque utilizamos a estratégia de capacitação simultânea e instalação. Então, quando vamos, por exemplo, instalar o sistema de irrigação, nós já chamamos os produtores os estudantes e eles acompanham as instalações junto conosco, assim fizemos recentemente no plantio das mudas de uva, onde no momento do plantio convocamos estudantes e produtores para fazerem a atividade conosco já absorvendo esses conhecimentos”, afirma.
O pesquisador Dr. Valdemício Sousa, ressalta sobre a importância do Pro fruti, projeto de transferência e tecnologia para a fruticultura dos polos presentes no Estado do Piauí.
“Projeto esse que está sobre a nossa liderança e ele acontece e está sendo instalado nos 4 principais polos de agricultura irrigada no Estado do Piauí sendo ele, Tabuleiros Litorâneos do Piauí que fica lá em Parnaíba, Platôs de Guadalupe no Município de Guadalupe, Marrecas Jenipapo em São João do Piauí, e Alto Canindé que fica em Conceição do Canindé, esse projeto prevê levar as tecnologias para os agricultores de 5 espécies frutíferas, goiaba, acerola, maracujá, uva e banana, e essas culturas, essas fruteiras estão distribuídas nos polos de acordo com a escolha feita pelos agricultores”, disse.
Segundo o pesquisador, no momento o projeto se encontra em fase de instalação para fazer o acompanhamento, as instalações, o manejo e o treinamento dos agricultores e técnicos multiplicadores em cada Polo trabalhado.

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FAPEPI recebe Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da UESPI

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  • Última modificação do post:24 de fevereiro de 2023
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Nessa sexta-feira(17), o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), João Xavier da Cruz Neto, recebeu a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da Universidade Estadual do Piauí, junto ao Prof. Dr. Rauirys Alencar para alinhar pontos importantes sobre o incentivo da UESPI através da FAPEPI.


O Professor Dr. Dr. Rauirys Alencar destaca a relevância da forte parceria entre a FAPEPI e a UESPI. “Tivemos uma conversa com a equipe da FAPEPI, Professor Xavier, Professor Pedro, a respeito dessa parceria que é sempre, muito forte entre a Universidade Estadual do Piauí, em termos de incentivo a pesquisa, a inovação tecnológica e também de apoio as pós-graduações, sobre as propostas para 2023, e a consolidação daquilo que nós já havíamos realizado, no ano passado que a gente vem já trabalhando”, afirma o professor.

Para o Professor, há algum tempo, a UESPI carrega o objetivo de trabalhar em sintonia com a Universidade , a FAPEPI e o Governo do Estado.

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Programa Centelha vence prêmio Carnaúba Valley 2022

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O Programa Centelha Piauí, cujo objetivo é estimular a criação de novos empreendimentos a partir de ideias inovadoras e disseminar a cultura do empreendedorismo inovador em todo Brasil, incentivando a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas locais, estaduais e regionais de inovação do país, foi vencedor do Prêmio Carnaúba Valley 2022 na categoria “Investimento em Startup”.

“A FAPEPI fica honrada em receber o prêmio, concorrendo com grandes iniciativas que são importantes para o Piauí como o Startup Nordeste e Inovativa Brasil, que são fomentos importantes para todas as empresas do Piauí. Esperamos que cada vez mais possamos colaborar com o ecossistema do Piauí como um todo para avançarmos nas iniciativas de inovação”, afirmou o Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FAPEPI, Ciro Gonçalves.

O programa, que é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no Piauí é executada pela Fundação CERTI e executada no Piauí pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (FAPEPI).

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FAPEPI recebe Coordenadoria Estadual da Juventude

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Foto: Luan Rodrigues
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Nessa terça-feira (14), o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), João Xavier da Cruz Neto, reuniu-se com o Coordenador Estadual da Juventude Everton Calisto e demais diretores, visando alinhar uma futura parceria e ações em prol da juventude do Estado.

Foto: Luan Rodrigues

“Estivemos aqui para uma reunião muito produtiva com a Coordenadoria Estadual da Juventude e a FAPEPI, junto ao Professor Xavier, e o Diretor Ernaldo, além de nossos diretores da Coordenadoria da juventude, no qual pudemos tratar de um assunto muito importante para a juventude piauiense que é o diagnóstico da juventude em parceria com a FAPEPI. Já iniciamos as conversas para desenvolver esse diagnóstico e consequentemente a elaboração do produto final que é o plano Estadual da juventude”, afirma Everton Calisto.

Segundo o Calisto, a FAPEPI se mostrou muito parceira para fazer o intermédio dessas mediações entre a Coordenadoria da Juventude e os demais órgãos que atuam para a elaboração desse plano e do Diagnóstico da Juventude.

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FAPEPI realiza primeira reunião de 2023 com servidores e colaboradores

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A Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI) realizou hoje, 08 de fevereiro de 2023 Às 9:30 da manhã, a primeira reunião do ano do seu corpo de funcionários juntos ao novo presidente, João Xavier da Cruz Neto. Durante a reunião, foi realizada às boas-vindas aos novos servidores e apresentadas as funções de cada diretoria da fundação, além de um retrospecto da história da fundação e orientações gerais.

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FAPEPI é finalista na edição 2022 do Prêmio Carnaúba Valley

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), representada pelo Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DDCT), Ciro Gonçalves e Sá, participará do evento de premiação do Empreendedorismo e Startups do norte do Piauí – Carnaúba Valley.

A Cerimônia é um reconhecimento aos atores de inovação que contribuem para o surgimento, desenvolvimento e consolidação de novos negócios digitais na região norte do Piauí. A cerimônia ocorrerá no dia 14 de fevereiro de 2023, às 19h.

O Programa Centelha PI, executado pela FAPEPI, concorre em uma das 13 categorias.
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Embrapa Meio-Norte realiza a VIII Jornada Científica a partir do dia 08 de novembro

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) realizará do dia 8 ao dia 10 de novembro de 2022 a oitava edição da Jornada Científica, que teve como origem a Mostra de Iniciação Científica relizada em 2014. Com o objetivo de dar oportunidade aos estagiários e bolsistas apresentarem seus trabalhos de pesquisa desenvolvidos na Embrapa Meio-Norte, a Mostra de Iniciação Científica superou as expectativas e confirmou a necessidade de sua realização no ano seguinte, com uma estrutura reformulada para o fomato de jornada científica. Desde então a Jornada Científica da Embrapa Meio-Norte é realizada anualmente com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI) e é considerada um importante evento científico inserido no calendário de eventos da Unidade.

A submissão de trabalhos é restrita a estagiários e bolsistas de graduação e pós-graduação orientadas por pesquisadores e analistas da Embrapa Meio-Norte e inscritos no evento. Os resumos simples são direcionados aos alunos que têm resultados de pesquisas no período do estágio/bolsa. Já os resumos expandidos, podem ser apresentados por alunos que não possuem resultados de pesquisa. Nesse caso, serão aceitos resumos no formato de “revisões sistemáticas e revisões bibliográficas”. Cada inscrito, segundo o pesquisador Edvaldo Sagrilo, coordenador da Jornada, pode apresentar até dois resumos.

Nos anos de 2020 e 2021, as Jornadas Científicas foram realizadas de forma remota, devido a necessidade de isolamento social decorrente da pandemia de covid-19. Já na edição de 2022, o evento acontecerá de forma híbrida, com mesas redondas e palestras apresentadas virtualmente. Já a apresentação dos trabalhos pelos estudantes será presencial, no auditório central da Unidade, com a participação de público para interação. Os estudantes deverão também gravar um vídeo, de curta duração, com a síntese da apresentação. Os vídeos serão veiculados nas redes sociais da Embrapa Meio-Norte.

Confira a programação:

Links para acesso à programação:

Dia 8 – MANHÃ: https://www.youtube.com/watch?v=_3irycH9qu4

Dia 9 – MANHÃ: https://www.youtube.com/watch?v=nNSFV2l4tqc

Dia 10 – MANHÃ: https://www.youtube.com/watch?v=Dq2p76c1940

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Pesquisa amparada pela FAPEPI analisa dinâmicas conjugais e familiares em contexto de crise financeira

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A vida nas modernas sociedades capitalistas é atravessada por diversos valores impostos que incidem sobre a vida das pessoas, desde as relações de trabalho até as relações familiares e conjugais. Os imperativos da competitividade e individualismo, por exemplo, não se limitam à esfera econômica, pois também atuam na subjetividade do ser. O ser humano, que é social por natureza, ao se ver inserido em um sistema de vida em que o mote é a busca pelo capital, irá apresentar ideias, anseios, expectativas e medos diferentes de um ser humano que cresceu em uma sociedade tribal, ou outro tipo de sociedade, por exemplo.

Em sociedades geridas por estados capitalistas, a população se encontra dividida de acordo com a sua função na produção e classificada de acordo com o número de salários mínimos de sua renda. Pertencer ao grupo social que necessita vender sua força de trabalho no mercado por salário para sobreviver significa ter de lidar com o desafio diário de manter-se com a renda que lhe é designada, o que muitas vezes é insuficiente, especialmente entre as classes C, D e E, que vivem com 2 a 10 salários mínimos. Isso reflete em uma constante busca para fugir do desemprego e da pobreza, sofrendo constante pressão econômica. Por esse motivo, se torna necessário a realização de ajustes no estilo de vida das famílias, de modo a conter gastos e priorizar o que for realmente necessário; tarefa que pode acarretar muitos conflitos à dinâmica familiar, especialmente em contextos de crise econômica.

No contexto da atual crise econômica brasileira, onde as taxas de desemprego se encontram altas, abarcando mais de 10 milhões de indivíduos, alta inflação no preço dos combustíveis e alimentos e praticamente metade da população está em situação de insegurança alimentar, o estado da saúde mental da população trabalhadora do país evidentemente sofre as consequências dessa pressão econômica. Frente a isso, pesquisas na área de psicologia social como a da professora Sandra Elisa de Assis Freire são muito importantes para trazer uma maior compreensão deste fenômeno e assim contribuir para a redução do sofrimento mental dos brasileiros e promover melhor qualidade de vida.

Sua pesquisa, intitulada “Pressão Econômica, Casamento e Prática parental: como se encontra a dinâmica familiar no contexto da crise financeira?” tem o objetivo de elaborar e reunir evidências de validade e precisão da Escala de Pressão Econômica, tendo por base os indicadores de pressão econômica propostos no modelo de Estresse Familiar elaborado por Conger e Elder e a influência da pressão econômica sobre o conflito conjugal e problemas disciplinares dos filhos, como também ampliar o modelo para incluir outras variáveis que possam trazer soluções no enfrentamento da pressão econômica. O trabalho obteve financiamento da FAPEPI através do Edital Nº 007/2018 – PROGRAMA PRIMEIROS PROJETOS (PPP).

O Modelo de Estresse Familiar (FSM – Family Stress Model) foi desenvolvido em 1994 pelos pesquisadores Conger e Elder na tentativa de explicar como os problemas financeiros influenciavam as famílias no cenário de uma grave recessão econômica agrícola que atingiu o estado de Iowa, EUA, durante a década de 1980. O modelo propõe que as dificuldades econômicas levam à pressão econômica na dinâmica familiar. O termo pressão econômica refere-se à avaliação subjetiva que a pessoa faz de sua situação financeira, por exemplo quando não está conseguindo pagar as contas e cumprir com as responsabilidades financeiras, o que pode ocasionar estresse e conflitos. 

De acordo com a professora e pesquisadora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Piauí (Campus Parnaíba), com essa pressão econômica, a relação conjugal é uma das áreas mais afetadas, tendo sido associada à instabilidade marital, aumento de conflitos, padrões de comunicação negativos e menor qualidade de relacionamento. De acordo com o Modelo de Estresse Familiar, as desacelerações macroeconômicas, como inflações e recessões, que produzem altos níveis e longos períodos de desemprego, combinadas com redes de segurança social limitadas que não têm capacidade de proteger adequadamente as famílias vulneráveis, criam dificuldades generalizadas para os indivíduos e suas famílias. 

O Modelo de Estresse Familiar propõe que a pressão econômica pode ser medida por meio de indicadores como: a impossibilidade de satisfazer a algumas necessidades básicas, como é o caso da alimentação e compra de roupas; incapacidade de pagar as despesas, e a necessidade de fazer reduções e ajustes em aspectos essenciais, como é o caso do cuidado com a saúde. O modelo sugere que dificuldades no âmbito financeiro desencadeiam uma pressão de caráter subjetivo no meio familiar/conjugal e ainda prevê que, no caso de um aumento no nível da pressão econômica, os pais correm maior risco de apresentar sofrimento emocional (ex. depressão, ansiedade, raiva) e problemas comportamentais (ex. uso de substâncias). Este modelo tem sido testado em vários países que apresentam realidades econômicas e culturais distintas, e os resultados dos achados dessas pesquisas têm convergido para a semelhança dos resultados observados no estudo original.  

Desta forma, indivíduos em famílias com dificuldades econômicas também experimentam sofrimento emocional, raiva e frustração, que afetam suas relações familiares. Estudos recentes também mostram que as crianças que crescem em condições de dificuldades econômicas estão em maior risco de apresentar problemas comportamentais, diminuição na competência social e habilidades cognitivas mais baixas. 

Resultados de estudos recentes sobre o impacto da crise econômica sobre a saúde mental de indivíduos salientaram alguns aspectos que merecem atenção: ocorre o aumento de problemas de saúde mental em tempos de crise; o medo do desemprego, de perder casa ou não conseguir sustentá-la com as condições essenciais para a família. A redução de benefícios sociais, entre outros, acarreta um enorme stress nos indivíduos e nas famílias, o que pode conduzi-los a diversos problemas de saúde mental, tais como depressão, ansiedade, suicídio, entre outros.

A pesquisa durou 2 anos e contou com a participação de 369 pessoas, sendo a maioria do sexo feminino (65%) e 33,6% do sexo masculino, com média de idade de 36,5 anos. No que diz respeito à ocupação, 52% dos participantes informaram ter emprego fixo, 22,5% trabalham por conta própria e 14,6% declararam estar desempregados. Dentre outras informações, foi perguntado sobre alterações no rendimento da família no último ano, em que 36,9% afirmaram que o valor da renda diminuiu; para 37,9% dos participantes o valor manteve-se e para 22,8% dos participantes o valor aumentou. Ainda 60,2% dos participantes declararam que têm ou tiveram o nome negativado, e 79,9% afirmaram que a situação econômica do país afetou sua situação financeira, principalmente na área de desemprego e poder de compra.

A professora conta que este estudo forneceu diversos resultados exploratórios e com eles foi possível identificar uma estrutura de duas dimensões, diferente do que foi teoricamente preconizado por Conger e Elder (1994), cuja teoria destaca a pressão econômica composta por três dimensões, a saber: perda de renda, trabalho instável ou status de estar desempregado e endividamento. Enquanto que empiricamente no decorrer do trabalho a pressão econômica foi explicada por duas dimensões, de modo que a perda de renda exerce um papel conjunto com o trabalho instável e com o endividamento, e isso se mostrou coerente com os aspectos teóricos abordados.

Observou-se que o agrupamento dos itens nos fatores da Escala de Pressão Econômica permitiu a definição destes em 2 grupos. O fator 1 denominado “perda de renda e trabalho instável” corresponde à instabilidade financeira provocada por um trabalho que não garante seguramente uma renda fixa, levando as pessoas a vivenciar condições econômicas difíceis e gerando uma vulnerabilidade emocional, dessa forma as pessoas passam a procurar soluções para não ter dificuldades financeiras e não ficarem desempregadas. O fator 2 “perda de renda e endividamento” representa as mudanças financeiras negativas em forma de perda de renda que geram recursos limitados levando as pessoas a acumular dívidas que comprometem o orçamento familiar.

“A partir dos resultados preliminares, foi possível verificar que a pressão econômica foi preditora de sintomas de sofrimento emocional (estresse, ansiedade e depressão) entre os cônjuges, algo congruente com os resultados encontrados em estudos prévios que utilizaram o Modelo de Estresse Familiar. Uma possível explicação para tal resultado pode estar relacionada com a renda familiar da maioria das pessoas; 65,4% indicaram que sua renda familiar se encontrava entre 2 e 10 salários mínimos, em que – 35,0% disse sustentar a família entre 2 e 4 salários mínimos e 30,4% entre 4 e 10 salários mínimos; enquanto 28,3% sustentam suas famílias com até dois salários mínimos. Destas, 50,8% afirmou que a situação econômica do país afetou sua situação financeira e 41,7% disse que já esteve com o nome negativado no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou Serasa. Os resultados também permitiram confirmar a correlação entre a pressão econômica e os conflitos na relação entre os casais”, conta a professora.

Frente aos efeitos nocivos das crises econômicas na dinâmica familiar e conjugal, as características individuais e os recursos que cada um possui no sistema familiar podem contribuir para desenvolver um enfrentamento positivo frente a crise. Estudos recentes indicam que atitudes positivas no enfrentamento dessa crise,contribui para o bem-estar do casal e dos filhos. Por exemplo, Taylor, Larsen-Strife, Conger, Widaman e Cutrona (2010) em seus trabalhos, identificaram que as mães otimistas demonstraram maior resistência ao impacto negativo do estresse econômico. Em termos de parentalidade, Brody, Murry, Kim e Brown (2002) descobriram que as mães com altos níveis de autoestima, juntamente com uma visão mais otimista da vida, eram mais propensas a exibir uma maternidade promotora de competências. Nessa mesma direção, Castro-Schilo et al. (2013) descobriram que as mães e os pais otimistas apresentavam uma parentalidade mais positiva, que estava associada à competência social de seus filhos. Estratégias semelhantes podem contribuir para uma melhor dinâmica entre casais, como conta a professora Sandra:

Pesquisas recentes apontam que a maneira como o casal maneja os recursos financeiros interfere na qualidade de seu relacionamento e tem implicações na qualidade de vida das famílias. Desta forma, se o casal mantém um constante diálogo sobre a distribuição da renda e um gerenciamento compartilhado do dinheiro, tais aspectos podem contribuir para o aumento da afetividade e intimidade conjugal, como também no aumento do nível de intimidade financeira e consequentemente estes aspectos podem contribuir de forma efetiva na adoção de estratégias positivas no enfrentamento da crise econômica”, finaliza a professora.   

Além de uma gestão racional dos recursos financeiros, estes trabalhos mostram que o enfrentamento à pressão econômica também necessitam de medidas que vão além da renda em si, como o diálogo familiar e conjugal e inteligência emocional, que é indispensável para a resiliência em tempos de crise.

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