CNPq e MCTI lançam chamadas para concessão de bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) e de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT)

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) lançam chamadas para concessão de bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) e de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT). Juntas, as chamadas viabilizam cerca de R$ 300 milhões em investimento total para pagamento das bolsas, ao longo de suas vigências.

 O prazo para submissão de propostas vai até o dia 7 de julho de 2022. O resultado final deve ser divulgado em fevereiro de 2023.

Bolsas PQ

Bolsas de mais alto nível do CNPq, destinada a pesquisadores de destaque em suas áreas. Atualmente, são cerca de 15 mil bolsistas.

Essa modalidade é composta de duas categorias: 1 e 2.

Para estar apto a receber Bolsa na Categoria 1, é preciso ter obtido título de doutor ou livre docente até o ano de 2014. Para a Categoria 2, ter obtido título de doutor ou livre docente até o ano de 2019.

Os critérios de avaliação são definidos por cada Comitê de Assessoramento (CA), que julgará as propostas.

Acesse a chamada na íntegra.

Bolsas DT

As Bolsas são destinadas a pesquisadores que se destaquem entre seus pares, valorizando sua produção em desenvolvimento tecnológico e inovação. São cerca de 800 bolsas anuais nessa modalidade.

As Áreas Tecnológicas abordadas nessa Chamada são:

Tecnologias Médicas e da Saúde;

Tecnologias Agrárias, Biotecnologia;

Meio Ambiente e Sustentabilidade;

Tecnologias Sociais e Educacionais;

Tecnologias Digitais;

Tecnologias de Materiais;

Tecnologias de Produção Industrial e de Serviços;

Energia.

Também concedidas em duas categorias, as Bolsas DT de Categoria 1 são destinadas a pesquisadores(as) que possuem oito anos, no mínimo, de doutorado, por ocasião da implementação da bolsa ou pelo menos 10 anos de experiência em atividades de desenvolvimento tecnológico e em atividades de extensão inovadora e de transferência de tecnologia.

Para as de Categoria 2, os (as) pesquisadores (as) devem possuir três anos, no mínimo, de doutorado por ocasião da implementação da bolsa ou pelo menos cinco anos de experiência em atividades de desenvolvimento tecnológico e em atividades de extensão inovadora e de transferência de tecnologia.

Acesse a chamada na íntegra e os critérios para submissão de proposta

Fonte: CNPq

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CAPES lança Edital sobre mudanças climáticas

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) lançou o Edital nº 25/2022 do Programa CAPES/CLIMAT-AMSUD. O documento é  fruto da cooperação entre Brasil, França, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai.

O Programa  CAPES/CLIMAT-AMSUD tem por objetivo promover a colaboração na área de estudos sobre o clima e encorajar cooperações educacionais e científicas na América do Sul, além de incentivar a participação de jovens cientistas, assim, formando e dando continuidade a redes internacionais.

O período para apresentação de projetos conjuntos prevê dois prazos: até 17 de maio pelo site internacional do programa e até 1º de junho pelo Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes).

O edital estabelece o financiamento, pela CAPES, de até cinco propostas, no valor máximo de R$2.301.902,18 para cada projeto. Esse montante compreende R$120 mil para missões de trabalho e um limite de duas bolsas no exterior — de pós-doutorado ou doutorado-sanduíche, com duração de quatro a dez meses, em ambos os casos.

Cada projeto terá vigência de até dois anos e deverá ter a participação de pelo menos dois países sul-americanos e de uma equipe de cientistas franceses. A CAPES é responsável pelo investimento nas equipes brasileiras.

A divulgação do resultado está prevista para dezembro deste ano e o início das atividades deve ocorrer em janeiro de 2023, dois meses antes da vigência das bolsas (março de 2023).

Para mais informações acesse o link do programa.

Fonte: CCS / CAPES

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CNPq prorroga edital para bolsas de Mestrado e Doutorado até 20 de maio

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) prorroga prazo para inscrições na Chamada CNPq Nº 07/2022 até o dia 20 de maio. A chamada tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

As propostas devem observar as condições específicas estabelecidas no regulamento, anexado à Chamada Pública, que determina os requisitos relativos ao proponente, cronograma, recursos financeiros a serem aplicados nas propostas aprovadas, origem dos recursos, itens financiáveis, prazo para execução dos projetos, critérios de elegibilidade, critérios e parâmetros objetivos de julgamento e demais informações necessárias.

Podem participar todos os Programas que possuem bolsas vincendas entre 1ª de janeiro e 21 de dezembro de 2022, provenientes do antigo modelo de quotas.

No Piauí, três Programas de Pós-Graduação (PPG) poderão participar desta chamada, conforme lista divulgada pelo CNPq:

Zootecnia Tropical – Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Química – Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Matemática – Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Para mais informações acesse o link.

Fonte: CNPq

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Fapepi pretende aumentar em 30% a produtividade no campo com a qualificação

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) está investindo R$ 3 milhões para qualificar produtores agrícolas do Piauí com o objetivo de aumentar em até 30% a produtividade no campo. A capacitação foi solicitada pela Câmara Setorial de Fruticultura do Estado do Piauí, que busca fortalecer a economia na área rural do estado, gerando desenvolvimento.

A qualificação, iniciada em setembro do ano passado, está sendo feita em quatro polos agrícolas do Piauí: Tabuleiros Litorâneos do Piauí (Parnaíba); no Perímetro Irrigado dos Platôs de Guadalupe (Guadalupe); Polo Marrecas – Jenipapo (São João do Piauí); e Polo Alto Canindé – Barragem Joaquim Mendes (Conceição do Canindé). Cerca de 20 propriedades serão beneficiadas, com um alcance direto de pelo menos 200 agricultores.

A capacitação, que vai durar três anos, está sendo feita por meio de transferência de tecnologia da Embrapa Meio Norte, que conta com 26 pesquisadores envolvidos, coordenados pelo engenheiro agrônomo Valdemício Ferreira de Sousa.  Serão beneficiadas as culturas de acerola, goiaba, banana, maracujá e uva.

Além de treinamento, o projeto também estabelece estratégias para a comercialização da produção, de forma a aumentar o valor dos produtos. “Temos a meta de aumentar a produtividade, mas é fundamental que esse aumento da produção se transforme em renda por meio de um mercado consumidor. De nada adiantar ter mais produção se ela não for comercializada”, afirma Valdemício.

O presidente da FAPEPI, Antônio Cardoso do Amaral, explica que o projeto é importante para o desenvolvimento do Estado, devido ao grande número de piauienses que moram na zona rural e que contam com a agricultura com sua única ou principal fonte de renda. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 670 mil pessoas trabalham na zona rural do Piauí. “Fortalecendo a produção e gerando riqueza no campo, ajudamos a reduzir a pobreza, trazendo qualidade de vida aos nossos agricultores. Investir em pesquisa e ciência é isso: transformar conhecimento em dinheiro para o povo”, frisa Amaral.

Fonte: Parlamento Piauí

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MCTI/CNPq anuncia chamamento de R$ 150 milhões para apoio à fixação de jovens doutores no Brasil

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Uma importante medida para ajudar a manter jovens doutores no país foi anunciada, na quinta-feira (5), pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Alvim, e pelo presidente do CNPq/MCTI, professor Evaldo Vilela. Trata-se do Chamamento Público para Participação do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil. Ao todo serão investidos R$ 150 milhões, sendo R$ 100 milhões provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 50 milhões das Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados. Serão oferecidas mil bolsas para todas as áreas do conhecimento para financiamento no prazo de 24 meses.

Foto: Reprodução / MCTI

O objetivo do Programa é criar condições favoráveis para que jovens doutores possam prosseguir com suas atividades de pesquisa junto a grupos e redes no país; contribuir para a retenção de jovens doutores em Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) e empresas, em áreas consideradas de vanguarda científico-tecnológica e/ou em temas estratégicos para as regiões e para o país. O Chamamento visa implementar o programa por meio do estímulo à realização de ações comuns e complementares entre o CNPq/MCTI e o Confap, por meio as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), impulsionando a utilização de recursos de forma descentralizada e flexível para o fortalecimento e a expansão dos grupos de pesquisa das várias unidades federativas do Brasil. A submissão de propostas será iniciada no dia 10 de maio, quando a íntegra do Chamamento estará disponível na página do CNPq/MCTI na internet.

“Com a normalidade que passamos a viver em 2022, considero que os compromissos assumidos com a comunidade científica em 2019 estão cumpridos. Esse resgate da atividade de fomento do CNPq é fundamental para a fixação de cérebros num país que precisa de mais ciência, de mais tecnologia. Só assim teremos um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável”, declarou Paulo Alvim.

Para o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, a medida é extremamente importante para enfrentar a questão da diáspora. “Temos no Brasil muitos doutores com talento e muita capacidade. E que precisam de uma posição para dar continuidade às suas carreiras. Considero que esse chamamento contribui para ampliar a empregabilidade desses jovens doutores”, afirmou.

O secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, destacou que o chamamento só foi possível por conta da liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). “Os recursos do FNDCT trouxeram um alento para a comunidade científica. Só em 2022 vamos liberar cerca de 80 chamadas públicas. Essas chamadas colocam recursos para projetos de pesquisa e outros fins não só para o CNPq, mas também para a FINEP”, adiantou.

O chamamento visa convidar as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) estaduais a aderirem ao Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil. A iniciativa irá selecionar propostas de FAPs para a implementação do Programa nos estados, via Chamadas Públicas, visando à seleção de projetos de pesquisa científica e tecnológica, por meio da concessão de bolsas e auxílios para jovens doutores em todas as áreas do conhecimento.

Serão aportados, por parte do CNPq/MCTI, o montante de R$ 100 milhões no referido programa. Esse aporte corresponde a aproximadamente mil bolsas de pós-doutorado, pelo período de 24 meses.

Cada FAP deverá aportar uma contrapartida mínima de R$ 50 mil por bolsa apoiada, destinada ao desenvolvimento do projeto. Dessa forma, o montante de contrapartida poderá chegar a R$ 50 milhões no total. As FAPs que pretendem participar dessa ação deverão submeter sua proposta até o dia 25 de maio de 2022.

Fonte: MCTI

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CAPES lança edital para para intercâmbio na Alemanha

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A CAPES divulgou o Edital nº 21/2022, com as orientações para a apresentação de propostas ao Programa CAPES/DAAD – Probral. A parceria com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) vai selecionar até 30 projetos de pesquisa conjuntos entre o Brasil e a Alemanha, em todas as áreas do conhecimento. O documento foi publicado no Diário oficial da União (DOU) no dia 18 de abril.

As propostas devem ser apresentadas simultaneamente à CAPES e ao DAAD, até o dia 31 de maio. A solicitação de cadastramento de IES do Brasil e do exterior no Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes) só poderá ser feita até o dia 24 do mesmo mês. O resultado será divulgado até o início de dezembro de 2022 e as atividades começam em janeiro de 2023. As bolsas serão implementadas em março e setembro de cada ano.

Com a iniciativa, a parceria pretende intensificar a cooperação entre programas de pós-graduação de instituições de ensino superior (IES) brasileiras e alemãs para desenvolver e publicar pesquisas de alto impacto acadêmico, criando redes de pesquisa e de colaboração internacional. Além disso, incentiva o intercâmbio científico entre grupos de pesquisa dos dois países e apoia a mobilidade de professores e pesquisadores em nível de pós-doutorado e alunos em nível de doutorado.

O valor investido será de até R$ 42.406.106,40 ao longo de quatro anos – tempo máximo de duração dos projetos. Durante esse período, estes receberão até 12 bolsas no exterior, além de recursos para auxílio de custeio e missões de trabalho.

Fontes: Redação – CCS/CAPES

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LNCC abre inscrições para cursos de Mestrado e Doutorado Stricto sensu

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O Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC (unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI) abriu as inscrições para o 1°Processo Seletivo 2022 para os cursos de Mestrado e Doutorado (stricto sensu) do Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional do LNCC. As inscrições podem ser realizadas até 18 de abril, para matrículas em junho e setembro de 2022.

O Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional do LNCC visa prover uma formação multidisciplinar em Ciências Exatas, Ciências da Computação e Ciências da Vida a graduados em Matemática, Física, Química, Engenharias, Computação, Biologia, Economia ou outras áreas afins. Para ingresso no Programa de Mestrado, o candidato deve ter concluído um curso de graduação em uma das referidas áreas. E para ingresso no Programa de Doutorado, o candidato deve ter concluído um curso de mestrado stricto sensu em uma das áreas citadas.

Criado em 2000, tem conceito 6 desde a avaliação 2007-2009 e foi o primeiro programa da área interdisciplinar a obter esse alto conceito junto à Área Interdisciplinar da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES (órgão do Governo Federal, vinculado ao Ministério da Educação – MEC).

Informações e inscrições, acesse o endereço.

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CAPES lança edital do PDPG – Emergências climáticas

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Interessados no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Emergências Climáticas têm mais um mês para submeter os projetos pelo sistema de inscrições da CAPES (Sicapes). As propostas podem ser apresentadas até 03 de maio. O Edital nº 15/2022, prevê um investimento de até R$4,2 milhões em, no máximo, 12 propostas. Os trabalhos devem oferecer soluções para as regiões atingidas por enchentes e deslizamentos ocorridos no País desde 2021.

O Programa contribui para a formação de pessoal qualificado, com linhas de pesquisas voltadas a assuntos como conservação da biodiversidade, políticas públicas preventivas e assistenciais, impactos sobre a organização social e a saúde pública, entre outros. Serão concedidas até 72 bolsas, sendo 36 de pós-doutorado, 24 de mestrado e 12 de doutorado.

O PDPG Emergências Climáticas é a primeira seleção do Programa Emergencial de Prevenção e Enfrentamento de Desastres Relacionados a Emergências Climáticas, Eventos Extremos e Acidentes Ambientais, criado em março deste ano. Com a iniciativa, a CAPES pretende promover a troca de conhecimento entre a academia e o poder público. A Fundação quer estimular o desenvolvimento de produtos, serviços, tecnologias, materiais didáticos e mecanismos que ajudem a solucionar problemas relacionados aos desastres.

A divulgação do resultado final está prevista para ocorrer a partir de 26 de julho.

Fonte: Redação – CCS/CAPES

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Tecnologias aumentam produção de cajá no Nordeste em até cinco vezes

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A produção de cajá (Spondias mombin L.), fruto também conhecido como taperebá, começa a ganhar força. No Piauí, um sistema de produção construído com um pacote tecnológico da Embrapa apresenta resultados animadores. Em um dos experimentos, em Teresina, a produção, em seis hectares, saltou de 3,4 toneladas em 2021 para 8,1 toneladas até o dia 21 de março deste ano. “Eu acredito que vamos colher entre 15 e 20 toneladas nesta safra”, prevê o produtor João José Neto, parceiro do projeto no sítio Tuturubá, na zona rural norte, a 26,7 quilômetros do centro da capital piauiense. A colheita de cajá no Norte e no Nordeste vai até maio.

Aumento de produção poderia abastercer a indústria de suco do Piauí
que hoje compra cajá de outros estados. Foto: Ronaldo Rosa

O sítio de JJ Neto, como é mais conhecido o engenheiro civil aposentado de 77 anos, começou o plantio de cajazeiras em 2013. A primeira colheita aconteceu em 2017, com uma produção de quase uma tonelada. Com as tecnologias da Embrapa sendo calibradas a partir de setembro de 2020, o otimismo tomou conta do produtor. “A decisão de plantar cajá veio por acaso, por sugestão de um ex-empregado. Agora, com a alta produtividade, o meu pensamento é transformar a propriedade em uma agroindústria, aproveitando também os cultivos de caju, acerola e manga,” revela José Neto. Já existe uma produção de polpa de cajá no local, elaborada de forma caseira, vendida a R$ 5,00 o pacote de 500 gramas e a R$ 8,00 a embalagem de um quilo.

A excelente performance produtiva, segundo o produtor, é atribuída à fertiirrigação aplicada no pomar. O trabalho executado pelo pesquisador Valdemício Ferreira de Sousa na área obedeceu os critérios técnicos com dosagens de nitrogênio, fósforo e potássio, via água de irrigação e com frequência de aplicação de 20 dias. “Cada experimento é composto por 108 plantas úteis de cajazeira plantadas no espaçamento de dez metros por dez metros, em uma área total de 3,20 hectares dos dois experimentos”, relata o pesquisador.

Telado garante a colheita

No município de Água Branca, a 97 quilômetros ao centro-norte de Teresina, outro parceiro do projeto também se destaca. O produtor e engenheiro-agrônomo Júlio César Lopes da Costa, de 44 anos, vem apoiando o trabalho produzindo clones de cajazeiras de qualidade superior e num experimento com telados. Neste, ele está conseguindo uma colheita de 100% da produção. “Sem as telas, a quebra na colheita era de 40%”, revelou.

Foto: Embrapa Meio-Norte

Outro dado animador do sítio Sambaíba, que fica a apenas três quilômetros do centro do município, é que o tempo de colheita é reduzido em pelo menos uma hora e trinta minutos em fileiras de 20 plantas. O telado no Sambaíba tem 4,5 metros de largura por 100 metros de comprimento entre as fileiras de plantas, suspenso e amarrado aos troncos das árvores. No Sul do Brasil, o uso de telas, cobrindo as plantas, é para proteger principalmente os parreirais da ação dos pássaros e das chuvas de granizo.

O histórico de produção de cajá de Costa é considerado muito bom. Também em seis hectares e trabalhando de forma empírica, ele registrou os números dos últimos quatro anos, a produção que em 2018 era de oito toneladas mais do que dobrou em 2021 alcançando 18 toneladas, e até o dia 21 de março de 2022 o produtor já tinha colhido 15 toneladas. Toda a produção é vendida a duas agroindústrias do município de Água Branca (PI), a R$ 1,70 o quilo.

A modelagem do sistema de produção de cajá está sendo feita por uma equipe de sete pesquisadores da Embrapa Meio-Norte (PI), com ações como a seleção de clones, manejo de irrigação na fase reprodutiva da cajazeira, identificação de pragas e doenças, definição da forma de colheita, avaliação da restrição radicular da planta, avaliação da desfolha na indução floral e estabelecimento de doses de nitrogênio, fósforo e potássio para a produção. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), vinculada ao Governo do Estado, com orçamento de R$ 400 mil, o projeto segue até 2024, de acordo com o pesquisador Eugênio Emérito Araújo, que coordena os trabalhos.

Aumento gradual da produção até o oitavo ano

Foto: Fernando Sinimbu

Um estudo dos pesquisadores do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) José Severino de Lira Júnior e João Emmanuel Fernandes Bezerra e do pesquisador da Embrapa Ildo Eliezer Lederman, já aposentado, demonstrou que as cajazeiras enxertadas iniciam a produção a partir do quarto ano após o plantio. Segundo o trabalho, em condições favoráveis de cultivo, cada planta pode produzir cerca de 40 kg, totalizando aproximadamente 6,2 toneladas de frutos por hectare, adotando o espaçamento de oito metros por oito metros. De acordo com o estudo, nos anos posteriores a produção aumenta gradativamente, estabilizando-se a partir do oitavo ano.

Mais de 90% da matéria-prima vem de outros estados

Foto: Embrapa Meio-Norte

O mercado de polpa de frutas no Piauí acena com empolgação para o projeto. “Foi uma grande ideia, pois cerca de 90% do cajá demandado pelas indústrias de polpa de frutas vem de fora. É um produto de aceitação popular grande, mas que às vezes esbarra no valor”, comenta o agroindustrial Marcio Leonardo Ribeiro Teixeira, gerente da empresa Fruta Polpa, de Teresina.

Com uma produção maior, no entender dele, a melhor oferta de matéria-prima a indústria poderia melhorar a qualidade da polpa. A empresa processa hoje entre 620 a 650 toneladas de polpa por mês. Desse total, 13% são de polpa de cajá. A produção é vendida também para os estados do Maranhão, Ceará, Pará, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. Teixeira conta que a Polpa Fruta compra matéria-prima principalmente do Estado da Bahia. Em Teresina, o pacote de 500 gramas de polpa de cajá é vencido nos supermercados com preços que variam de R$ 5,40 a R$ 8,30. O Piauí tem hoje dez agroindústrias processando polpas de frutas.

Cajá é fonte de vitaminas

Foto: Ronaldo Rosa

Rica em sais minerais, como o fósforo, ferro e cálcio, a cajá é uma grande fonte de vitaminas A, B e C e de fibras, que aumentam a sensação de saciedade e têm poucas calorias. Além de o estado in natura, ela é também consumida como suco, sorvete, licores, vinho, geleia e na caipirinha.

A cajazeira (Spondias mombin L.) é originária da América Tropical. Tem folhas verdes e se adapta bem ao clima quente, alcançando uma altura de até 30 metros. O diâmetro do caule chega a 120 centímetros. “O ideal seria que a árvore alcançasse entre seis e oito metros de altura, o que facilitaria muito a colheita e os tratos culturais,” declara o pesquisador Eugênio Emérito Araújo. Por esse motivo, uma das ações do projeto é desenvolver cajazeiras de menor porte.

Araújo explica que o gênero Spondias, pertencente à família Anacardiaceae, possui 18 espécies distribuídas nos neotrópicos, Ásia e Oceania. No Nordeste brasileiro, segundo a literatura especializada, destacam-se as espécies: Spondias mombin L. (cajazeira), Spondias purpurea L. (cirigueleira), Spondias cytherea Sonn. (cajaraneira), Spondias tuberosa Arr. Câm. (umbuzeiro) e Spondias spp. (umbu-cajá e umbuguela).  “Todas elas são árvores frutíferas tropicais largamente exploradas, no extrativismo como a cajazeira e o umbuzeiro, em pomares domésticos e em plantios desorganizados conduzidos empiricamente como a cajaraneira, a cirigueleira, a umbu guela e o umbu-cajá. O pesquisador ressalta que essas espécies são plantas em domesticação que produzem frutos do tipo drupa de boa aparência, qualidade nutritiva, aroma e sabor agradáveis, ou seja, com bom potencial de comercialização.

Com destaque para a Bahia, que também usa a cajazeira no sombreamento das plantações de cacau, todos os estados nordestinos produzem cajá. A comercialização é feita em feiras livres, ao preço de R$ 3,00 o litro. Mas o fruto ganha espaço mesmo é na indústria de processamento de polpas. No Sudeste, São Paulo é um produtor de pequeno porte, como o Rio Grande do Sul. também produzem, mas em pequena escala. A colheita ainda é feita manualmente, com a coleta dos frutos maduros caídos. Não há registros oficiais de produção e nem de exportação de cajá in natura e seus derivados.

Fonte: Fernando Sinimbu/Embrapa Meio-Norte

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Fiocruz abre inscrições para a 2º edição do curso de Boas Práticas Clínicas

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abre inscrições para a 2º edição do curso de Boas Práticas Clínicas. A formação, online e gratuita, foi revista, atualizada e já está disponível para acesso no Campus Virtual Fiocruz. O objetivo da chamada é apresentar melhores padrões para a condução de projetos, assim como disseminar e fortalecer o respeito pleno aos direitos dos participantes de uma pesquisa. A primeira edição formou cerca de 9 mil participantes das quatro regiões brasileiras e de outros 22 diferentes países, incluindo Estados Unidos, Afeganistão, Peru, Espanha, entre outros. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 30 de dezembro de 2022.

O curso deverá compartilhar com os alunos um arcabouço histórico-ético-regulatório da pesquisa clínica nacional, além de apresentar o papel de seus atores e manejo de eventos adversos. O curso está organizado em sete módulos independentes e que abordam conteúdos essenciais para as boas práticas clínicas. Estratégias de exemplificação de casos e problematização de situações pertinentes às atividades cotidianas são exploradas na formação de modo a conduzir o participante à reflexão crítica sobre o tema.

A primeira edição do curso de formação foi realizada de forma presencial, e nesta segunda edição, será oferecida na modalidade à distância, alcançando, assim, uma quantidade maior de participantes. O curso, com total de 40h de carga horária, também contará com módulo de avaliação. Esta formação certifica em Boas Prática Clínicas (BPC) profissionais envolvidos em pesquisa clínica, independentemente do nível de escolaridade e formação profissional. Dessa forma, o curso serve não apenas na capacitação desses profissionais, como também em uma fonte de consulta na área. Vale ressaltar que os módulos são independentes entre si, não sequenciais, sendo permitido que o aluno realize sua trajetória de maneira particular, a partir de suas necessidades. O curso emite certificado de participação. No entanto, é necessário obter, no mínimo, 70% de acertos na avaliação final.

Conheça a estrutura do curso de Boas Práticas Clínicas:

  • Introdução e Glossário;
  • Histórico e Diretrizes Éticas Nacionais;
  • Regulamentação Brasileira para Pesquisa Clínica Envolvendo Seres Humanos: Contexto e Evolução;
  • Fuxo Ético-Regulatório daPesquisa Clínica no Brasil;
  • Pesquisador e Patrocinador, Papéis, Responsabilidades e Documentos Essenciais
  • Participantes de Pesquisa
  • Evento Adverso Grave

Fonte: Ascom/Fiocruz

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