A importância do mel para o Piauí vem cada vez mais sendo evidenciada. Entre janeiro e agosto de 2021, o estado foi o maior exportador do produto em todo o Brasil, conforme um levantamento do Ministério da Saúde. O estudo contabiliza números de exportação. No período, o Piauí realizou 29,1% das exportações de mel do país. Estados Unidos, Europa e Ásia e África são os maiores consumidores do produto piauiense.
O Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (Geaspi) se destaca nas pesquisas deste setor. Coordenado pela professora Juliana do Nascimento Bendini, que pesquisa há 23 anos apicultura, está localizado no campus Senador Helvídio Nunes de Barros, em Picos e realiza, desde 2015, diversos trabalhos de pesquisa e extensão.
Em execução através do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), o projeto “Monitoramento do nível de infestação de Varroa destructor em colônias de abelhas africanizadas de apiários do semiárido piauiense”, contemplado no Edital 002-2021, ressalta a preocupação da ciência com o acompanhamento da saúde das abelhas no Piauí.
“Com o intuito de se garantir os índices de produção de mel na região semiárida do Piauí, necessário se faz a realização de monitoramentos periódicos referentes à sanidade dos apiários, bem como de ações educativas para que os apicultores e apicultoras possam reconhecer os sintomas de varroatose e alertar quanto à possíveis níveis elevados de infestação pelo ácaro em seus apiários”, destaca o projeto submetido pela professora Juliana.
No estado do Piauí, a apicultura tem criado oportunidades de trabalho e renda para famílias de pequenos e médios produtores, especialmente na região semiárida. “O Piauí tem na produção e comercialização de mel uma das três maiores atividades responsáveis pelo Produto Interno Bruto do Estado. A apicultura não colabora apenas para o crescimento econômico, mas também para o desenvolvimento humano, posto que garante renda distribuída às comunidades rurais, sem desapropriá-las, nem destruir as matas”, afirmou a professora Juliana Bendini.
De acordo com a pesquisadora Juliana Bendini, a importância das abelhas para ecossistemas é imensurável, pois cerca de 87% das plantas com flores dependem dos animais para produzir frutos e sementes.
Com informações do G1-PI.