Professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Rômulo Vieira e Ney Rômulo, estiveram em visita à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) nesta quarta-feira (07), para alinhar e informar sobre os avanços do projeto de bioprospecção voltado para a produção in vitro de embriões de ovinos e caprinos. A iniciativa, que visa impulsionar a eficiência reprodutiva desses animais no estado, tem despertado grande interesse pela sua relevância tanto para a ciência quanto para o desenvolvimento sustentável da pecuária local.
O projeto, que conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da FAPEPI, está sendo desenvolvido na UFPI e tem como objetivo principal utilizar técnicas inovadoras para multiplicar os rebanhos de forma eficiente e sustentável. Uma das principais estratégias adotadas é a utilização de sêmen congelado para a produção de embriões in vitro de ovinos e caprinos.
A pesquisa destaca-se por sua ineditismo e potencial transformador na atividade pecuária do Piauí. Até então, a reprodução desses animais enfrentava desafios significativos, limitando a expansão dos rebanhos e a produtividade. No entanto, com a aplicação dessa nova tecnologia, espera-se uma mudança drástica nesse cenário.
Com a nova tecnologia cabras que anteriormente produziam três crias a cada dois anos, passam a produzir 240 crias no mesmo período de tempo. Esse aumento exponencial na taxa de reprodução promete revolucionar a pecuária caprina e ovina, contribuindo não apenas para o crescimento dos rebanhos, mas também para a economia local e a segurança alimentar.
Durante a visita à FAPEPI, os professores Rômulo Vieira e Ney Rômulo compartilharam as perspectivas para os próximos meses e para próximo ano, enfatizando o compromisso em alcançar resultados significativos e promover o avanço científico no estado. Além disso, destacaram a expectativa de gerar 12 patentes diretas provenientes desse projeto, além de inúmeros artigos científicos que contribuirão para o compartilhamento do conhecimento e a disseminação das técnicas desenvolvidas.
“Nós temos uma meta final de produzirmos pelo menos uns dez mil embriões. Desses embriões uma parte será avaliada in vitro no laboratório e nossa outra perspectiva é que a outra parte seja avaliada in vivo junto com parcerias com agricultores, criadores de ovinos e caprinos do estado do Piauí”, destacou o professor Ney Rômulo.
O estudo que segue para seu terceiro ano de execução, representa um marco para a pecuária piauiense ao contribuir não somente para o desenvolvimento sustentável, mas também para a preservação de raças raras e a geração de renda para os produtores locais.
A parceria entre a UFPI, a FAPEPI e a CAPES demonstra o compromisso conjunto com a pesquisa científica e a inovação, colocando o Piauí no mapa das iniciativas pioneiras no campo da reprodução animal. Com o sucesso desse projeto, espera-se não apenas melhorar a produtividade dos rebanhos locais, mas também consolidar o estado como um polo de excelência em biotecnologia aplicada à pecuária, gerando impactos positivos para toda a comunidade.