O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) divulga Edital do Programa SEBRAE Startup Nordeste. Serão selecionadas em todo o estado do Piauí até 200 startups que passarão por uma pré-aceleração e a partir disso serão selecionadas 20 startups com até 2 sócios para cada startup. A bolsa mensal será de R$ 6.000,00 durante o período de 6 meses. O objetivo do incentivo é para que se mantenham focados no desenvolvimento de seus negócios.
Durante o mês de maio, ocorrerá o lançamento do edital em todas as regionais do Sebrae e LIVES para tirar as dúvidas dos interessados e participantes. Fique ligado!
Segunda edição do programa vai investir recursos não reembolsáveis em ideias empreendedoras do Piauí
Foram abertas nesta sexta-feira as inscrições da segunda edição do Centelha, programa que estimula ideias empreendedoras e inovadoras por meio de injeção de recursos, capacitação e suporte para os futuros empresários do Piauí. O lançamento do Centelha 2 aconteceu no auditório da Sasc e teve a presença do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), Antônio Cardoso de Amaral, do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, entre outras autoridades.
Ao todo, serão investidos R$ 5,2 milhões para 61 ideias inovadoras no Piauí, sendo que cada projeto receberá até R$ 53 mil para investir na empresa, e cada futuro empreendedor terá direito a uma bolsa de até R$ 26 mil durante 12 meses, que é o período de execução do programa. Ao todo, o Centelha arcará com 95% do investimento, cabendo ao candidato apenas 5% do valor).
As inscrições para o Centelha podem ser feitas até dia 09 de junho, às 13h, por meio do site do programa Centelha, onde o candidato também pode baixar o edital com todas as informações. O programa tem três etapas e para fazer a inscrição não é necessário o candidato ter CNPJ. “O futuro empreendedor só precisará abrir uma empresa caso seja selecionado”, explica Amaral.
A primeira edição do programa foi lançada em 2020. Das 276 ideias empreendedoras inscritas no Piauí, 23 foram selecionadas, sendo que 20 deram continuidade ao projeto e receberam, cada uma, até R$ 60 mil, além de mentorias e suporte. Várias dessas ideais já viraram empresas piauienses e entraram no mercado, gerando emprego e renda.
Uma dos cases de sucesso do Centelha 1 é a empresa piauiense Mandala do Sabor, que usou recursos do programa para desenvolver o produto o lança-lo no mercado. A empresa expôs os produtos no evento para o público presente.
Antônio Cardoso do Amaral ressaltou que o programa é uma grande oportunidade para quem quer abrir sua empresa, mas não tem recursos ou crédito. Ele citou que só foi possível a realização do Centelha graças a parcerias com diversos órgãos e entidades. “Todos os órgãos e instituições são fundamentais para o sucesso do programa. Além do Ministério, temos a Finep, a Sudene, a Fundação CERTI e CNPq”, afirmou o presidente.
Representando a governadora Regina Sousa, o presidente da Agência da Tecnologia da Informação do Piauí (ATI), Antônio Torres, destacou a importância dos entes Estado, Município e União para o desenvolvimento do programa. “É esse o papel do poder público. Trabalhar em prol do cidadão”, frisou.
O ministro Paulo Alvim frisou que o Centelha 2 é um exemplo prático de que a iniciativa virou um programa de Estado. “ Com o lançamento da primeira edição do Centelha em 2019 e o sucesso do programa, decidimos então lançar novas edições, transformando-o em uma política de Estado. Então, vamos dar sequência e nos próximos anos teremos o Centelha 3, Centelha 4 e assim por diante”, anunciou o ministro.
O Centelha é uma realização do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), da Fundação CERTI e da Sudene.
Estiveram presentes ainda no evento, entre outras autoridades, Marcelo Camargo, superintendente da Área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Finep, Marcos Pinto, diretor de Empreendedorismo Inovador do MCTI e Ciro Sá, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FAPEPI.
O Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores Alfabetizadores em Portugal – Alfabetização Baseada na Ciência (ABC) está com inscrições abertas até o dia 20 de maio. Conforme o Edital nº 17/2022, a parceria entre a CAPES e a Secretaria de Alfabetização (Sealf) do Ministério da Educação (MEC) oferece cem vagas para o aperfeiçoamento de professores das redes públicas de educação básica que trabalham com alfabetização.
Para participar, os interessados devem atualizar seus currículos na Plataforma CAPES de Educação Básica até 06 de maio. As candidaturas são feitas pelo Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes), até dia 20 do mesmo mês. Os professores têm até 06 de julho para concluir o curso on-line ABC e o resultado final será divulgado até o dia 10 de agosto. A viagem para Portugal deve ocorrer entre 28 e 30 de outubro.
O curso terá seis semanas de duração, carga de 240 horas, e acontecerá entre os meses de novembro e dezembro desse ano. As aulas, presenciais, serão dadas em parceria com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, naquela cidade. Já as atividades práticas e visitas às escolas serão acompanhadas pelo Centro de Investigação e Intervenção na Leitura (CiiL) do Instituto Politécnico do Porto (IPP).
Programa A ação faz parte da parceria entre a CAPES e a Sealf, no âmbito do Programa Tempo de Aprender, Eixo I – Formação continuada de profissionais da alfabetização. Além disso, conta com a cooperação de duas instituições portuguesas: Universidade do Porto e Instituto Politécnico do Porto. O edital complementa outras iniciativas incentivadas pela CAPES: o Projeto ABC, curso on-line que conta com 245 mil inscritos, e a publicação dos Manuais ABC e ABC na Prática, disponíveis, gratuitamente, no site do MEC.
A CAPES divulgou o Edital nº 21/2022, com as orientações para a apresentação de propostas ao Programa CAPES/DAAD – Probral. A parceria com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) vai selecionar até 30 projetos de pesquisa conjuntos entre o Brasil e a Alemanha, em todas as áreas do conhecimento. O documento foi publicado no Diário oficial da União (DOU) no dia 18 de abril.
As propostas devem ser apresentadas simultaneamente à CAPES e ao DAAD, até o dia 31 de maio. A solicitação de cadastramento de IES do Brasil e do exterior no Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes) só poderá ser feita até o dia 24 do mesmo mês. O resultado será divulgado até o início de dezembro de 2022 e as atividades começam em janeiro de 2023. As bolsas serão implementadas em março e setembro de cada ano.
Com a iniciativa, a parceria pretende intensificar a cooperação entre programas de pós-graduação de instituições de ensino superior (IES) brasileiras e alemãs para desenvolver e publicar pesquisas de alto impacto acadêmico, criando redes de pesquisa e de colaboração internacional. Além disso, incentiva o intercâmbio científico entre grupos de pesquisa dos dois países e apoia a mobilidade de professores e pesquisadores em nível de pós-doutorado e alunos em nível de doutorado.
O valor investido será de até R$ 42.406.106,40 ao longo de quatro anos – tempo máximo de duração dos projetos. Durante esse período, estes receberão até 12 bolsas no exterior, além de recursos para auxílio de custeio e missões de trabalho.
FAPEPI também participa do programa, que irá aplicar R$ 5,2 milhões no desenvolvimento de novos negócios
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) vai lançar, na próxima sexta-feira (29), em parceria com o Governo Federal, a segunda edição do Centelha, programa de investimento de R$ 5,2 milhões para estimular a criação de novos negócios inovadores no Piauí. Além da disponibilizar recursos, o Centelha também promove capacitação e suporte para os empreendedores.
A primeira edição do programa foi lançada em 2020. Das 276 ideias empreendedoras inscritas, 23 foram selecionadas e receberam cada uma até R$ 60 mil, além de mentorias e suporte. Várias dessas empresas entraram no mercado e já estão faturando. Ao todo, foram liberados R$ 1,2 milhões em recursos.
O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FAPEPI, Ciro Sá, explica que o programa é muito importante porque o investimento é quase todo do poder público. No caso do Centelha, a empresa entra apenas com uma contrapartida de 5% do valor recebido. Ou seja, no máximo R$ 2,6 mil. “Não é raro que futuros empreendedores desistam de lançar sua ideia no mercado por falta de recursos. E o dinheiro do Centelha não é empréstimo, mas sim, investimento que será aplicado na ideia empreendedora. E a criação de um novo negócio gera desenvolvimento para o Estado, pois fomenta a economia, gera emprego e renda”, diz o diretor.
Na segunda edição, uma novidade: além do investimento no projeto, os empreendedores receberão também uma bolsa do programa, no valor de até R$ 26 mil em 12 meses. “É como se fosse uma remuneração paga pelo Governo para o empresário investir em sua ideia”, compara Ciro Sá.
A empresa Mutiveículos.com, de Picos, uma plataforma on-line que vende carros usados vistoriados, foi uma das participantes da primeira edição do Centelha e já está faturando. Os sócios Felipe Moura e Thiago Bonfim não tinham recursos para levar a ideia adiante, mas após o investimento e capacitação do programa, a empresa está inclusive gerando emprego.
“A ideia estava em andamento, mas se aperfeiçoou por meio do projeto. Além dos recursos, as consultorias nos ajudaram a entender o mercado. O programa encoraja muito quem quer empreender, visto que 80% dos empresários do Brasil não têm capital para começar o negócio”, afirma Felipe.
Muitas vezes o projeto já está pronto, falta apenas alguém para investir. É o caso de alimentos saudáveis feitos a partir do coco babaçu, derivado de estudos desenvolvidos pela nutricionista Lindalva de Moura Rocha, do Piauí. Ela usou os recursos do Centelha para levar seus produtos ao mercado e assim criou a empresa EcoBfit.
“O programa me permitiu captar recursos para comprar insumos e abrir meu próprio negócio. Também fiz bastante mentorias e muito network, que foram necessários para o sucesso da empresa”, afirma Lindalva. A EcoBfit também mantém o dinheiro circulando no Piauí, já que a matéria-prima é local.
A parceria da Fapepi, por meio do Centelha, inclui o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), a Fundação CERTI e a Sudene.
A segunda edição do Centelha vai liberar recursos para até 61 ideias empreendedoras. Cada um dos projetos selecionados receberá até R$ 53 mil para desenvolver o modelo de negócio e até R$ 26 mil em bolsas e nove meses de capacitação. O prazo de execução dos projetos será de 12 meses, após a data da contratação.
Podem submeter propostas, pessoas maiores de 18 anos ou maiores de 16, se emancipadas. Desta vez, o edital permite a participação de servidores públicos, desde que não haja choque com a legislação da instituição empregadora.
O investimento global para a segunda edição do Centelha Piauí será de R$ 5,2 milhões, sendo R$ 2 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (concedidos através da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep), R$ 1 milhão da FAPEPI, R$ 586 mil da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e R$ 1,586 milhão em bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A Embrapa Meio Norte, em parceria com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER e a Fazenda da Paz realizou o Curso de Processamento Agroindustrial do Cajá, que foi executado em duas etapas, sendo a primeira nos dias 31 de março e 01 de abril e a segunda, nos dias 07 e 08 de abril, na Comunidade Terapêutica Nova Esperança – Fundação da Paz.
A capacitação tem como público os internos da Comunidade Terapêutica Nova Esperança (Fazenda da Paz), moradores da comunidade, alunos da Escola Família Agrícola (EFA) do povoado Soinho (Teresina) e técnicos da Emater.
O curso é uma realização da Embrapa Meio-Norte, da Emater e da Fazenda da Paz e é uma das atividades do projeto “Geração de tecnologias para o cultivo sustentável da cajazeira” financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI).
O objetivo do curso foi promover a formação de multiplicadores em boas práticas no processamento do cajá, fruto encontrado facilmente na região e comercializado principalmente na forma de polpa, sorvetes e sucos.
Durante a capacitação, os participantes foram orientados sobre produção de polpa, geleia de cajá com e sem pimenta, iogurte saborizado com polpa de cajá e sorvete. As aulas foram ministradas por Márcia Ferreira Damasceno, extensionista e nutricionista da Emater, que também orientou sobre as práticas do processo de fabricação.
Foram também apresentadas informações sobre empreendedorismo e negócios, associativismo e impacto ambiental no âmbito do processamento do cajá. Essa parte foi ministrada por Geyson Coutinho Moura, extensionista da Emater.
Na última sexta-feira, dia 8 de abril, no final do curso, houve degustação dos produtos elaborados durante a capacitação.
O Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC (unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI) abriu as inscrições para o 1°Processo Seletivo 2022 para os cursos de Mestrado e Doutorado (stricto sensu) do Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional do LNCC. As inscrições podem ser realizadas até 18 de abril, para matrículas em junho e setembro de 2022.
O Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional do LNCC visa prover uma formação multidisciplinar em Ciências Exatas, Ciências da Computação e Ciências da Vida a graduados em Matemática, Física, Química, Engenharias, Computação, Biologia, Economia ou outras áreas afins. Para ingresso no Programa de Mestrado, o candidato deve ter concluído um curso de graduação em uma das referidas áreas. E para ingresso no Programa de Doutorado, o candidato deve ter concluído um curso de mestrado stricto sensu em uma das áreas citadas.
Criado em 2000, tem conceito 6 desde a avaliação 2007-2009 e foi o primeiro programa da área interdisciplinar a obter esse alto conceito junto à Área Interdisciplinar da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES (órgão do Governo Federal, vinculado ao Ministério da Educação – MEC).
Interessados no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Emergências Climáticas têm mais um mês para submeter os projetos pelo sistema de inscrições da CAPES (Sicapes). As propostas podem ser apresentadas até 03 de maio. O Edital nº 15/2022, prevê um investimento de até R$4,2 milhões em, no máximo, 12 propostas. Os trabalhos devem oferecer soluções para as regiões atingidas por enchentes e deslizamentos ocorridos no País desde 2021.
O Programa contribui para a formação de pessoal qualificado, com linhas de pesquisas voltadas a assuntos como conservação da biodiversidade, políticas públicas preventivas e assistenciais, impactos sobre a organização social e a saúde pública, entre outros. Serão concedidas até 72 bolsas, sendo 36 de pós-doutorado, 24 de mestrado e 12 de doutorado.
A produção de cajá (Spondias mombin L.), fruto também conhecido como taperebá, começa a ganhar força. No Piauí, um sistema de produção construído com um pacote tecnológico da Embrapa apresenta resultados animadores. Em um dos experimentos, em Teresina, a produção, em seis hectares, saltou de 3,4 toneladas em 2021 para 8,1 toneladas até o dia 21 de março deste ano. “Eu acredito que vamos colher entre 15 e 20 toneladas nesta safra”, prevê o produtor João José Neto, parceiro do projeto no sítio Tuturubá, na zona rural norte, a 26,7 quilômetros do centro da capital piauiense. A colheita de cajá no Norte e no Nordeste vai até maio.
Aumento de produção poderia abastercer a indústria de suco do Piauí que hoje compra cajá de outros estados.Foto: Ronaldo Rosa
O sítio de JJ Neto, como é mais conhecido o engenheiro civil aposentado de 77 anos, começou o plantio de cajazeiras em 2013. A primeira colheita aconteceu em 2017, com uma produção de quase uma tonelada. Com as tecnologias da Embrapa sendo calibradas a partir de setembro de 2020, o otimismo tomou conta do produtor. “A decisão de plantar cajá veio por acaso, por sugestão de um ex-empregado. Agora, com a alta produtividade, o meu pensamento é transformar a propriedade em uma agroindústria, aproveitando também os cultivos de caju, acerola e manga,” revela José Neto. Já existe uma produção de polpa de cajá no local, elaborada de forma caseira, vendida a R$ 5,00 o pacote de 500 gramas e a R$ 8,00 a embalagem de um quilo.
A excelente performance produtiva, segundo o produtor, é atribuída à fertiirrigação aplicada no pomar. O trabalho executado pelo pesquisador Valdemício Ferreira de Sousa na área obedeceu os critérios técnicos com dosagens de nitrogênio, fósforo e potássio, via água de irrigação e com frequência de aplicação de 20 dias. “Cada experimento é composto por 108 plantas úteis de cajazeira plantadas no espaçamento de dez metros por dez metros, em uma área total de 3,20 hectares dos dois experimentos”, relata o pesquisador.
Telado garante a colheita
No município de Água Branca, a 97 quilômetros ao centro-norte de Teresina, outro parceiro do projeto também se destaca. O produtor e engenheiro-agrônomo Júlio César Lopes da Costa, de 44 anos, vem apoiando o trabalho produzindo clones de cajazeiras de qualidade superior e num experimento com telados. Neste, ele está conseguindo uma colheita de 100% da produção. “Sem as telas, a quebra na colheita era de 40%”, revelou.
Foto: Embrapa Meio-Norte
Outro dado animador do sítio Sambaíba, que fica a apenas três quilômetros do centro do município, é que o tempo de colheita é reduzido em pelo menos uma hora e trinta minutos em fileiras de 20 plantas. O telado no Sambaíba tem 4,5 metros de largura por 100 metros de comprimento entre as fileiras de plantas, suspenso e amarrado aos troncos das árvores. No Sul do Brasil, o uso de telas, cobrindo as plantas, é para proteger principalmente os parreirais da ação dos pássaros e das chuvas de granizo.
O histórico de produção de cajá de Costa é considerado muito bom. Também em seis hectares e trabalhando de forma empírica, ele registrou os números dos últimos quatro anos, a produção que em 2018 era de oito toneladas mais do que dobrou em 2021 alcançando 18 toneladas, e até o dia 21 de março de 2022 o produtor já tinha colhido 15 toneladas. Toda a produção é vendida a duas agroindústrias do município de Água Branca (PI), a R$ 1,70 o quilo.
A modelagem do sistema de produção de cajá está sendo feita por uma equipe de sete pesquisadores da Embrapa Meio-Norte (PI), com ações como a seleção de clones, manejo de irrigação na fase reprodutiva da cajazeira, identificação de pragas e doenças, definição da forma de colheita, avaliação da restrição radicular da planta, avaliação da desfolha na indução floral e estabelecimento de doses de nitrogênio, fósforo e potássio para a produção. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), vinculada ao Governo do Estado, com orçamento de R$ 400 mil, o projeto segue até 2024, de acordo com o pesquisador Eugênio Emérito Araújo, que coordena os trabalhos.
Aumento gradual da produção até o oitavo ano
Foto: Fernando Sinimbu
Um estudo dos pesquisadores do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) José Severino de Lira Júnior e João Emmanuel Fernandes Bezerra e do pesquisador da Embrapa Ildo Eliezer Lederman, já aposentado, demonstrou que as cajazeiras enxertadas iniciam a produção a partir do quarto ano após o plantio. Segundo o trabalho, em condições favoráveis de cultivo, cada planta pode produzir cerca de 40 kg, totalizando aproximadamente 6,2 toneladas de frutos por hectare, adotando o espaçamento de oito metros por oito metros. De acordo com o estudo, nos anos posteriores a produção aumenta gradativamente, estabilizando-se a partir do oitavo ano.
Mais de 90% da matéria-prima vem de outros estados
Foto: Embrapa Meio-Norte
O mercado de polpa de frutas no Piauí acena com empolgação para o projeto. “Foi uma grande ideia, pois cerca de 90% do cajá demandado pelas indústrias de polpa de frutas vem de fora. É um produto de aceitação popular grande, mas que às vezes esbarra no valor”, comenta o agroindustrial Marcio Leonardo Ribeiro Teixeira, gerente da empresa Fruta Polpa, de Teresina.
Com uma produção maior, no entender dele, a melhor oferta de matéria-prima a indústria poderia melhorar a qualidade da polpa. A empresa processa hoje entre 620 a 650 toneladas de polpa por mês. Desse total, 13% são de polpa de cajá. A produção é vendida também para os estados do Maranhão, Ceará, Pará, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. Teixeira conta que a Polpa Fruta compra matéria-prima principalmente do Estado da Bahia. Em Teresina, o pacote de 500 gramas de polpa de cajá é vencido nos supermercados com preços que variam de R$ 5,40 a R$ 8,30. O Piauí tem hoje dez agroindústrias processando polpas de frutas.
Cajá é fonte de vitaminas
Foto: Ronaldo Rosa
Rica em sais minerais, como o fósforo, ferro e cálcio, a cajá é uma grande fonte de vitaminas A, B e C e de fibras, que aumentam a sensação de saciedade e têm poucas calorias. Além de o estado in natura, ela é também consumida como suco, sorvete, licores, vinho, geleia e na caipirinha.
A cajazeira (Spondias mombin L.) é originária da América Tropical. Tem folhas verdes e se adapta bem ao clima quente, alcançando uma altura de até 30 metros. O diâmetro do caule chega a 120 centímetros. “O ideal seria que a árvore alcançasse entre seis e oito metros de altura, o que facilitaria muito a colheita e os tratos culturais,” declara o pesquisador Eugênio Emérito Araújo. Por esse motivo, uma das ações do projeto é desenvolver cajazeiras de menor porte.
Araújo explica que o gênero Spondias, pertencente à família Anacardiaceae, possui 18 espécies distribuídas nos neotrópicos, Ásia e Oceania. No Nordeste brasileiro, segundo a literatura especializada, destacam-se as espécies: Spondias mombin L. (cajazeira), Spondias purpurea L. (cirigueleira), Spondias cytherea Sonn. (cajaraneira), Spondias tuberosa Arr. Câm. (umbuzeiro) e Spondias spp. (umbu-cajá e umbuguela). “Todas elas são árvores frutíferas tropicais largamente exploradas, no extrativismo como a cajazeira e o umbuzeiro, em pomares domésticos e em plantios desorganizados conduzidos empiricamente como a cajaraneira, a cirigueleira, a umbu guela e o umbu-cajá. O pesquisador ressalta que essas espécies são plantas em domesticação que produzem frutos do tipo drupa de boa aparência, qualidade nutritiva, aroma e sabor agradáveis, ou seja, com bom potencial de comercialização.
Com destaque para a Bahia, que também usa a cajazeira no sombreamento das plantações de cacau, todos os estados nordestinos produzem cajá. A comercialização é feita em feiras livres, ao preço de R$ 3,00 o litro. Mas o fruto ganha espaço mesmo é na indústria de processamento de polpas. No Sudeste, São Paulo é um produtor de pequeno porte, como o Rio Grande do Sul. também produzem, mas em pequena escala. A colheita ainda é feita manualmente, com a coleta dos frutos maduros caídos. Não há registros oficiais de produção e nem de exportação de cajá in natura e seus derivados.
No próximo dia 02 de abril (sábado) acontece em todo o Brasil um grande encontro de colegas no ecossistema de inovação. Esse encontro de todas as redes terá hubs presenciais em todas as 27 capitais e em outras cidades em todo o país.
Em Teresina o encontro tem o apoio da FAPEPI e acontecerá no Sebraelab, das 10h00 às 12h00. Também será comemorado os 5 anos do Open Innovation BR.
O objetivo maior será revermos colegas e conhecermos mais gente que atua no ambiente de inovação. O encontro inclui conversas sobre como trabalhar em rede, inclusive reunindo redes e inciativas já existentes.
Temas das conversas:
1 – Organização Social CajuinaTech e as perspectivas para 2022 – Ricardo Dantas;
2 – Fadex: Inovação e transferencia de tecnologia – Thiago Ravel;
3 – Polo de inovação do Piauí – Anderson Lobo;
4 – O papel do Sebrae no ecossistema de inovação do Piauí – Samuel Moraes
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