A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), recebeu a visita do médico nefrologista José Napoleão, responsável por liderar o projeto de um equipamento para uso em UTIs e unidades de emergência para tratar pacientes com Sepse, uma infecção grave que lesa os vasos sanguíneos, provoca extravasamento de líquidos e proteínas para fora do sistema circulatório e resulta na falência múltipla dos órgãos.

Assessor da FAPEPI, Ciro Sá, seguido do médico nefrologista, José Napoleão e do presidente da Fundação, João Xavier.

A proposta da cama hospitalar de imersão a seco é diminuir o número de dias que os pacientes ficam internados na UTI, como também reduzir a mortalidade pela Sepse. Segundo o nefrologista, no Brasil atualmente existe uma incidência de 670 mil casos de pacientes com Sepse por ano e a taxa de mortalidade em torno de 230 mil pessoas. Com o desenvolvimento do equipamento, o objetivo é reduzir a mortalidade em aproximadamente 30%.

O equipamento oferece uma nova linha de ação no enfrentamento da Sepse e apresenta como benefícios: a prevenção de escaras e da trombose venosa, assim como a melhora significativa na fisioterapia respiratória e na mobilidade física precoce por meio de terapia em esteira aquática. A cama hospitalar também pode ajudar no controle da temperatura e no alívio das dores.

O projeto que se encontra em fase de preparo para construção de Protótipos e Prova de Conceitos, busca obter apoio estrutural e econômico para participar do Programa Aliança SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) com a participação da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), fortalecendo, deste modo, a sedimentação desta Instituição na vanguarda da Inovação e Desenvolvimento Tecnológico no estado do Piauí.

Na última quinta-feira (23), durante reunião com o presidente da FAPEPI, João Xavier, o assessor da Fundação, Ciro Sá e a diretora de desenvolvimento científico e tecnológico, Eliciana Vieira, o nefrologista, José Napoleão, compartilhou detalhes do andamento do projeto e solicitou o apoio da instituição para essa ideia inédita.

“Estamos aqui em busca de desenvolver esse equipamento e temos que construir os protótipos. O documento está patenteado nos Estados Unidos e já temos o registro da solicitação de patente aqui no Brasil, estamos aguardando o resultado. Na FAPEPI buscamos o apoio do Governo do Estado através desse órgão e estamos também participando de um processo de aceleração de startups na Investe Piauí, um programa do governo do estado em parceria com a MIT. Estamos nessa busca de conseguir sucesso para o desenvolvimento dessa tecnologia em benefício da nossa sociedade e de todas as pessoas do mundo inteiro”, enfatizou o líder do projeto, José Napoleão.

O projeto da cama hospitalar de imersão a seco promete revolucionar a medicina brasileira e internacional. O equipamento além de salvar vidas, oferece uma terapia mais direcionada e intensiva no combate a Sepse, como também pode contribuir para a redução dos custos com UTI.

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  • Última modificação do post:27 de novembro de 2023