Com apoio da Fapepi, evento reúne concertos, debates e formação acadêmica em torno do violão em Teresina.

Com sons que vão do erudito ao popular, teve início nesta quarta-feira (21) o II Encontro de Violões da Universidade Federal do Piauí (Ufpi). O evento, que segue até sexta-feira (23), é promovido pelo Sonora – Núcleo de Estudos sobre Ensino, Formação e Práticas Musicais da universidade, e contou com apoio financeiro da Fapepi por meio do edital 2025 do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos, de Divulgação Científica e Tecnológica.

A solenidade de abertura contou com a presença de representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí, incluindo o diretor administrativo-financeiro da instituição, Ernaldo Vale, mostrando o compromisso da fundação com o fortalecimento de iniciativas regionais no campo científico, cultural e educacional.

Com programação gratuita, o encontro oferece uma rica variedade de concertos reunindo músicos, estudantes, pesquisadores e amantes do violão em um ambiente de intercâmbio de experiências e saberes.

Fomento que dá vida à cultura

Durante seu discurso de abertura, o professor e coordenador do evento, Edson Figueiredo, enfatizou o papel da Fapepi na realização do encontro. “Esse evento só foi possível graças ao apoio da Fapepi e tem um valor muito importante porque, como esse é um evento regional, a gente tem uma certa dificuldade de fazer um evento nacional. As passagens para cá são muito caras e os grandes editais, como os da CAPES e do CNPq, normalmente financiam eventos de grande porte”, explicou.

Figueiredo apontou que o apoio da Fapepi tem permitido manter viva uma cena regional importante, que carece de recursos e visibilidade nos circuitos maiores. Destacando que os eventos menores também são fundamentais para os movimentos locais, mas que só tem acontecido graças ao apoio das agências de fomento locais.

Teresina, polo do violão instrumental

Para além das dificuldades logísticas, o professor destacou a força da cena musical teresinense, especialmente voltada ao violão. “Teresina virou um polo nacional do violão. O instrumento é muito forte aqui, especialmente o violão instrumental. A gente tem outros festivais que trazem grandes nomes, e esse aqui tem uma particularidade: também oferece programação acadêmica”, afirmou.

O evento contempla tanto o público geral, com apresentações artísticas, quanto a comunidade universitária e musical, com debates e atividades formativas. “Temos alunos, professores, pesquisadores. Trabalhamos com pesquisa, damos visibilidade às investigações sobre o violão e sua didática. Esse evento é necessário para a cidade, fortalece um movimento que já existe”, disse Figueiredo.

Cultura e ciência lado a lado

O Encontro de Violões da UFPI é um exemplo de como a união entre cultura, ciência e políticas públicas de fomento pode gerar impacto social e acadêmico. Para a Fapepi, iniciativas como essa estão alinhadas ao propósito do edital, que visa dar suporte a eventos capazes de impulsionar a divulgação científica e a valorização dos saberes regionais.

A programação do evento segue até sexta-feira (23), com atividades abertas ao público e apresentações musicais. A expectativa é que o encontro fortaleça ainda mais Teresina no mapa nacional da música instrumental.