Fapepi recebe arquiteto para discutir projeto inédito de economia fluvial nos rios Poti e Parnaíba

A proposta visa reconectar Teresina com seus rios urbanos por meio de ações sustentáveis, econômicas e turísticas; especialista da Universidade de Bruxelas pode se somar à iniciativa.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) recebeu, nesta sexta-feira (04), a visita do arquiteto Nilson Coelho, mestre em Planejamento Urbano, Sustentabilidade e Inovação, e especialista em arquitetura flutuante. O encontro teve como objetivo a apresentação de um projeto inovador de inserção dos rios urbanos de Teresina – em especial o Rio Poti – na dinâmica econômica, ambiental e social da cidade.

Com uma abordagem inédita no Brasil, o projeto propõe a criação de uma economia fluvial, conceito que busca integrar o rio, a floresta e as populações ribeirinhas em uma nova lógica de desenvolvimento. “É uma nova maneira de se olhar para os rios urbanos, não apenas com foco na descontaminação, mas na geração de uma economia que seja sustentável, turística e integradora”, explicou Coelho.

Foto: ASCOM FAPEPI

A proposta envolve a construção de equipamentos públicos de lazer e turismo às margens dos rios, a criação de rotas de passeio fluvial e a valorização da história e cultura ribeirinha. O projeto também prevê ações de recuperação ambiental e a implementação de um museu digital fluvial, que resgate a memória da navegabilidade e das comunidades que vivem do rio.

Segundo Nilson Coelho, a expectativa é que o Rio Poti seja o ponto de partida dessa experiência piloto. Mostrar que é possível fazer do rio um motor de desenvolvimento, que incorpore as pessoas, a natureza e a inovação.

A reunião contou com a participação do presidente da Fapepi, professor João Xavier, que demonstrou grande interesse na proposta e acatou a ideia de aplicar o projeto também ao Rio Parnaíba. Também estiveram presentes o diretor financeiro, Ernaldo Vale e a assessora, Lara Falcão, contribuindo para o debate com sugestões voltadas à integração entre sustentabilidade e inovação. “Já estamos discutindo os próximos passos. A receptividade foi surpreendente e muito positiva”, celebrou Nilson.

Outro ponto da reunião foi a articulação para a vinda ao Piauí de especialista ligado à Universidade de Bruxelas e que também participa da iniciativa. A expectativa é de que ele se reúna com o governador Rafael Fonteles e o secretário André Macêdo da Secretaria de Inteligência Artificial, Economia Digital, Ciência, Tecnologia e Inovação (SIA) para consolidar uma colaboração internacional no projeto.

A iniciativa também pretende integrar experiências desenvolvidas na Universidade de Brasília, com quem Nilson Coelho já mantém parceria, especialmente na área de governança digital aplicada ao espaço urbano e ambiental.

A ideia é conectar todas essas pontas — tecnologia, sustentabilidade, turismo, memória e economia — para que o rio volte a fazer parte da vida da cidade. O projeto não é apenas urbano, é cultural, ambiental e estratégico.

Com o apoio da Fapepi e a possível colaboração de pesquisadores internacionais, o projeto de economia fluvial promete reposicionar os rios de Teresina como eixos centrais de desenvolvimento e reconexão com a população.

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