Com o intuito de incentivar a popularização da ciência bem como aproximar a sociedade do conhecimento científico, aconteceu nesta quinta-feira (24) na Praça Rio Branco em Teresina, o “Ciência na Praça”, uma das atividades que integram a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Com a participação de vários parceiros e colaboradores como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), Ufpi, Uespi, Ifpi, Univasf, UFDPAR, Águas de Teresina, Equatorial, Fiocruz, OAB Piauí, Seduc, Sebrae, CREA, Investe Piau, Embrapa, Sia, entre outras. O evento visa incentivar o debate sobre a importância da ciência como ferramenta de inovação, inclusão social e desenvolvimento sustentável.
Para o presidente da Fapepi, professor João Xavier, a Fundação vê o “Ciência na Praça” como uma oportunidade única de apresentar os avanços científicos e tecnológicos diretamente à sociedade, tornando o conhecimento uma ferramenta de transformação na vida de todos.
Este ano, a SNCT trouxe como tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, focando na biodiversidade brasileira e nos saberes tradicionais, destacando o potencial das tecnologias sociais para a transformação do país e a construção de um futuro mais sustentável. Uma forma de mobilizar a população para refletir sobre as riquezas naturais do Brasil e o papel da ciência na preservação dos biomas e no enfrentamento dos desafios socioambientais.
Como parte das atividades de popularização do conhecimento cientifico da 21ª SNCT, o Ciência na Praça também foi uma oportunidade para que estudantes de várias idades e níveis de ensino interagissem diretamente com o universo da ciência. Como afirma, a estudante do Liceu Piauiense, Clara Thaemillly:
“Estou achando muito legal porque envolve várias áreas do conhecimento como química e biologia. Na primeira barraquinha onde fomos estava falando sobre flagelos, bactérias, fungos e muitas outras coisas. Em outra, ouvimos sobre o petróleo que é muito importante para a economia do Brasil e do mundo. Cada estande aqui contribui para nosso conhecimento e dá para aprender bastante”.
Iniciativas como esta são fundamentais para mostrar como a ciência está presente no cotidiano da sociedade e de que forma contribui para a transformação social, sustentável e tecnológica.
“Hoje nós temos cerca de 70 trabalhos que estão sendo mostrados e na faixa de 500 pessoas inscritas como expositores para mostrar à população os benefícios que essa tecnologia, essa ciência, essa pesquisa traz para a sociedade. Desde o celular que usamos, um exame de imagem que a gente pode fazer e dar o diagnóstico de uma doença, o medicamento que a pessoa toma que é desenvolvido dentro das universidades e institutos. Então, estamos aqui para mostrar à população os conhecimentos que são produzidos dentro das universidades e institutos de pesquisa”, destacou a professora Carla Rodarte, uma das organizadoras da SNCT no Piauí.
A Praça Rio Branco virou um grande laboratório a céu aberto, com demonstrações de experimentos e tecnologias que estimulam o interesse pela ciência, tornando-a mais acessível e envolvente aos visitantes.
“Hoje a gente trouxe o nosso projeto de extensão que é o HERQUIEDUCA, um projeto de educação ambiental em que trazemos animais que são mitificados pela sociedade como sapos, rã, perereca, serpentes e morcegos e tentamos mostrar às pessoas a importância desses animais para natureza e para a ecologia”, enfatizou a estudante de biologia, Rafaela Rodrigues.
Ao ter contato direto com as inovações e projetos desenvolvidos pelas instituições de ensino e pesquisa, o público em geral consegue compreender melhor a importância do conhecimento científico na solução de problemas locais e globais. Como descreve a estudante de Química, Yasmin de Carvalho.
“O nosso projeto é o bioplástico de macaxeira, uma raiz rica em amido e muito cultivada no Brasil. A partir do amido da macaxeira a gente tira o bioplástico, uma alternativa sustentável para substituir o plástico convencional, feito de petróleo e muito prejudicial ao meio ambiente”.
A programação do Ciência na Praça incluiu atividades interativas criando um espaço de aprendizado que vai além das salas de aula e laboratórios, permitindo também que a população se sinta parte desse movimento.
“Nosso projeto de extensão visa divulgar os crustáceos. Aqui no Piauí trabalhamos tanto os de água doce quanto de água salgada. Acredito que seja importante divulgar esses animais para além do pensamento culinário, falando sobre a importância deles para o ecossistema porque eles são muito mais que alimento, estes animais desempenham um papel fundamental para manutenção do ambiente aquático”, destacou o estudante de biologia, Riton Sousa.
A realização do Ciência na Praça em Teresina criou um ambiente de cooperação e aprendizado mútuo entre comunidade acadêmica, estudantes da rede pública e sociedade em geral. Reforçando a importância da SNCT na democratização do conhecimento científico e no estímulo ao desenvolvimento de soluções para os desafios do país, especialmente em áreas como a preservação ambiental, a saúde pública e a inclusão social.