Na manhã desta quinta-feira (30), foi realizada a cerimônia de lançamento do Programa de Qualificação para a Exportação (Peiex) que tem por objetivo fomentar a exportação internacional de produtos locais, além da instalação do núcleo operacional da instituição em Teresina.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua na promoção de produtos e serviços brasileiros no exterior, além de atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A instituição tem como missão o desenvolvimento de competitividade das empresas brasileiras no exterior, e consequentemente internacionalizar os negócios e  atrair Investimentos Estrangeiros Diretos.

O evento contou com a participação do Diretor de Gestão Corporativa da Apex-Brasil, Edervaldo Teixeira, que esteve também em reunião na tarde desta quarta-feira (29) na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), com diretores da Fundação e parceiros locais para discutir o cenário de exportação no Piauí.

Na região, o Peiex será executado por meio de uma parceria da Apex-Brasil com a Fapepi, pelos próximos 24 meses. Além da própria capital do estado, o Núcleo de Teresina vai capacitar empresas da região metropolitana, com possibilidade de expansão para as cidades do Polo de Bom Jesus, Campo Maior, Floriano, Parnaíba e Picos. 

Ciro Sá, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Fapepi (DDCT-Fapepi), conta um pouco sobre a necessidade e importância de programas de desenvolvimento desse porte para o Estado do Piauí. 

“Esse programa tem a intenção de qualificar 50 empresas para estarem capacitadas para exportarem seus produtos. Atualmente, existem 55 empresas cadastradas como exportadoras no estado, e agora, por conta do programa Peiex, 50 empresas também poderão disputar esse mercado, praticamente dobrando o número atual de empresas exportadoras. Isso é de grande importância, porque vai impactar pequenas, médias e grandes empresas locais que têm seus produtos de qualidade produzidos no Piauí, agora terão capacidade para exportarem através do fomento gerado a partir do Programa Peiex”, conta Ciro.

Edervaldo Teixeira conta como a Apex-Brasil ajuda no processo de exportação e desenvolvimento do setor empresarial brasileiro. “Não é fácil a empresa entrar no mercado internacional para exportar, mas é possível, desde que cumpra alguns requisitos. E esses requisitos são desenvolvidos a partir desse programa de qualificação onde é apresentado para a empresa, para que no final do programa, com duração de dois anos, com certeza ela esteja qualificada para entrar com seus produtos no mercado internacional”, finaliza Edervaldo.

Durante o lançamento foi apresentado o estudo “Piauí – Perfil e Oportunidades de Exportações e Investimentos”, documento produzido com exclusividade pela Apex-Brasil e que traz panorama geral da economia do estado e identifica o seu potencial exportador.

Estudo de oportunidades

O estudo de oportunidades produzido pela Apex-Brasil tem o intuito de contribuir para o processo de formulação de políticas públicas para o comércio exterior do estado e fornecer insumos para os processos de tomada de decisão das empresas piauienses em suas estratégias de exportação.

O levantamento destaca que a agricultura responde por 87,2% das vendas externas piauienses e os principais produtos comercializados são soja e associados, como farelo de soja e gorduras e óleos vegetais. Desse modo, a pauta exportadora é intensiva em produtos primários e recursos naturais, sendo que mais de três quartos das exportações têm como destino a China, conforme dados de 2018.

O estudo aponta 45 oportunidades de exportação para o estado, mapeadas com base na metodologia da Apex-Brasil, distribuídas nos cinco principais destinos: China, Alemanha, Estados Unidos, França e Japão. Entres os cinco setores mais atrativos, com base no conjunto dos critérios selecionados, estão conservas de frutas, legumes e outros vegetais; extração de pedra, areia e argila; produtos químicos inorgânicos; aparelhamento de pedras e fabricação de outros produtos de minerais não metálicos; e estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada.

O levantamento produzido pela Apex-Brasil também identifica os principais países de origem dos investimentos externos diretos feitos no estado, a sua distribuição por setores e as empresas que mais receberam investimentos. O Piauí foi o oitavo estado mais representativo em termos de participação na receita bruta das empresas que realizaram investimento direto na Região Nordeste. A Itália é o principal país de origem dos investimentos greenfield (projetos sem limitações impostas por obras anteriores) anunciados para o Piauí entre janeiro de 2013 e julho de 2019. Já os do tipo brownfield (zonas industriais) têm como principal investidor os Estados Unidos.

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  • Última modificação do post:30 de janeiro de 2020