NUPEM/UFPI solicita apoio da Fapepi para digitalizar acervos históricos de três séculos

O Núcleo de Pesquisa, História e Memória (Nupem) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) apresentou à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), na última segunda-feira (15), uma proposta de cooperação para acelerar a digitalização de acervos documentais dos séculos 18, 19 e 20. O objetivo é garantir a preservação de registros históricos que hoje correm riscos de deterioração física.

O coordenador adjunto do Nupem, professor Pedro Vilarinho, reuniu-se com a presidência da Fundação para pleitear a concessão de bolsas de iniciação científica destinadas a alunos de graduação. Segundo o docente, o apoio financeiro é o que viabiliza a mão de obra necessária para o manuseio e o processamento digital de milhares de documentos.

“A nossa visita à Fapepi foi para pedir apoio, principalmente de bolsas que possam ser oferecidas aos alunos do Nupem para que possam desenvolver os trabalhos de digitalização”, explicou Vilarinho. “Estamos em tratativas para o encaminhamento de um termo de convênio que agilize essa possibilidade de apoio financeiro por parte da instituição.”

Memória Documental

O trabalho do Nupem abrange uma vasta gama de fontes primárias, incluindo acervos eclesiásticos, do Legislativo, do Judiciário e do Executivo, além de registros produzidos pelas municipalidades piauienses ao longo dos últimos 300 anos. A prioridade do grupo é a documentação escrita, considerada a espinha dorsal para a compreensão da formação política e social do estado.

Para o núcleo, a digitalização não é apenas uma facilitação de acesso para pesquisadores, mas uma medida de segurança patrimonial. Ao converter o papel em arquivo digital, a memória do Piauí é protegida contra incêndios, umidade e o desgaste natural do tempo.

Fomento à Pesquisa

O presidente da Fapepi, João Xavier, sinalizou favoravelmente à formalização da parceria. De acordo com o gestor, a iniciativa se alinha à missão da Fundação de fortalecer as humanidades e destacou que a Fapepi reconhece o valor estratégico do trabalho realizado pelo Nupem. De modo que, preservar o patrimônio documental do Piauí é, antes de tudo, garantir que o conhecimento sobre a origem e evolução política piauense seja acessível e perene.

Assim, o convênio que está sendo estruturado visa dar a sustentabilidade necessária para que os jovens pesquisadores possam se dedicar à técnica de digitalização, unindo a formação acadêmica à conservação da histórica.

A expectativa é que, com a consolidação do convênio, o cronograma de digitalização deve ser expandido para incluir novos acervos do interior do estado, ampliando o mapa da memória piauiense disponível para consulta pública.