FAPEPI realiza reunião com representante da UFDPAR sobre proposta de novo convênio com o CIEM

  • Autor do post:
  • Categoria do post:Notícia
  • Última modificação do post:24 de março de 2023
  • Tempo de leitura:5 minutos de leitura

Nesta terça-feira (28), o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), João Xavier da Cruz Neto, reuniu-se com o representante da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR), Daniel Miranda, para dialogar sobre a proposta de novo acordo entre as instituições. Atualmente, já existe um acordo vigente até agosto, mas para que as atividades sejam continuadas e aprimoradas é necessário pensar uma nova proposta.

Daniel Miranda ressalta a importância desse convênio para o desenvolvimento científico no Piauí.

“É uma ideia de reformulação entre a parceria que existe entre a FAPEPI e o Centro de Especialidades, o CIEM de Parnaíba, envolvendo também o parceiro que é o UFDPAR, tanto a pedido da reitoria da universidade, como também a pedido do CIEM, para que a gente possa fazer esse contato com a FAPEPI e estabelecer quais são os novos passos e diretrizes de funcionamento do CIEM de Parnaíba. Então, a ideia é uma reformulação ampla do ponto de vista de ampliação dos espaços de pesquisa. E em parceria com a FAPEPI, SESAPI, CIEM e UFDPAR, possamos criar uma condição de melhor para ampliação das atividades de pesquisas, atividades acadêmicas e científicas do CIEM de Parnaíba”, destaca.

De acordo com Daniel, o Centro Integrado em Especialidades Médicas (CIEM) traz inúmeras vantagens à população piauiense que reside na região litorânea, como especialidades que não são comumente encontradas, tanto no serviço privado como público.

“O CIEM engloba uma série de especialidades médicas, inclusive de outras especialidades da área da saúde, de extrema importância para a academia, no caso, para o UFDPAR que utiliza o CIEM como campo de estágio. Então, a gente sente a necessidade de ampliar e reformular a condição do aluno em ter o CIEM como referência para o campo de internato e também pra que haja uma concepção adequada de pesquisa lá dentro. Assim a gente pode garantir essa integração para os alunos e também uma resposta à sociedade. Esse é um ambiente que permite que a população tenha acesso gratuito, via SUS, às especialidades médicas que não são comumente encontradas, nem na rede privada e nem na rede de saúde pública. Então, o CIEM oferece isso para a comunidade de uma maneira mais abrangente, mais organizada, e possa, de fato, otimizar a utilização desses recursos públicos como também da condição da pesquisa”, ressalta. 

Daniel também destaca que essas entidades já têm parceria  desde 2018, e apresentam números expressivos no atendimento à população. 

“O CIEM realiza mais de mil atendimentos de especialidades médicas, mês a mês, para população, e que não contempla apenas Parnaíba, mas toda a planície litorânea. Regulada a partir hospital estadual de que é a porta de entrada para a saúde pública do município de Parnaíba do ponto de vista macro regional e que essas especialidades atendem a população de uma maneira geral”, acrescenta. 

Daniel Miranda também conta que é necessário ampliar esse serviços à população e que já estão trabalhando em uma nova proposta a ser apresentada.

“A gente entende que ainda dá pra ampliar isso e ofertar um melhor serviço à população, e é por isso essa proposta de adequação e reformulação do convênio e entre os entes. A UFDPAR e a FAPEPI têm esse convênio até agosto, que é de sessenta meses. Até julho a gente já começa a trabalhar nessa nova parceria. Então, a ideia é que no decorrer dos próximos noventa dias, a gente crie uma proposta conjunta entre todos os entes, e ao fim do termo do convênio, a gente já terá uma proposta pronta para os próximos meses. Vale ressaltar a importância de se manter [esse acordo], dada a importância do serviço tanto para a população da planície litorânea como para os alunos que estão nos campos de internato da Universidade Federal, e que são da área de fisioterapia, medicina, e psicologia, né? Para que a gente possa, também, ter essa retaguarda para o Hospital Dirceu Arcoverde, uma vez que os essa parte de especialidades são encaminhadas para o CIEM”, finaliza.

Continue lendoFAPEPI realiza reunião com representante da UFDPAR sobre proposta de novo convênio com o CIEM

Pesquisa da UFDPar avalia impactos da pandemia entre a população idosa

  • Autor do post:
  • Categoria do post:Covid-19Notícia
  • Última modificação do post:1 de agosto de 2022
  • Tempo de leitura:8 minutos de leitura

A pandemia da covid-19 se revelou um problema de saúde sem precedentes na história recente da humanidade e que logo no início atingiu de forma significativa especialmente as pessoas idosas em diferentes partes do mundo. No início da emergência sanitária, quando muitas pessoas ainda não tinham a real dimensão da gravidade da crise, a população idosa foi a grande vítima fatal do vírus pelo mundo, em especial na China e Itália, no primeiro semestre de 2020. 

A situação de crise sanitária mundial também suscitou questões éticas com relação ao direito à vida e à legitimidade dos direitos dos idosos. Como se já não fosse suficiente ter de lidar com as possibilidades de dificuldades a mais que a idade avançada pode trazer, como riscos de doenças, o grupo etário mais velho também é vítima de um conjunto de preconceitos conhecidos como idadismo, ou etarismo, um preconceito que leva estereótipos negativos para a velhice e que põe como ideal de vida uma eterna juventude, além de enxergar o idoso na sociedade como alguém improdutivo e que, por isso, pode ser descartado. Essa pandemia acentuou a culpabilização dos idosos por terem criado demanda para o sistema de saúde mais do que jovens, que são vistos como produtivos.

Levando em conta essas problemáticas, é um fato que as tensões impostas pela pandemia, como o medo de contaminação e a falta de recursos, fizeram emergir alguns debates, entre os quais o fato dos idosos terem sido considerados uma das principais preocupações nesse momento de crise. Nesse sentido, diante da escassez de estudos mais profundos acerca de como a qualidade de vida social dos idosos durante a pandemia foi afetada, foi aprovada pelo Edital 002/2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI), a pesquisa coordenada pelo professor Ludgleyson Fernandes de Araújo do departamento de Psicologia da Universidade do Delta do Parnaíba (UFDPar) intitulada “Qualidade de vida e representações sociais frente à pandemia da covid-19: Um estudo entre idosos brasileiros.”

A pesquisa é exploratória e descritiva, utiliza dados transversais e contou com a participação de 130 idosos com 60 anos ou mais de ambos os sexos, residentes no Brasil. O trabalho foi organizado em dois estudos: No Estudo I elaborou-se uma pesquisa sobre as representações sociais de idosos em relação à covid-19. No Estudo II realizou-se um estudo sobre a qualidade de vida na velhice. O objetivo central dos pesquisadores é que este conjunto de pesquisas possam oferecer subsídios para a elaboração de estratégias e a implementação de melhorias nas práticas psicossociais frente à qualidade de vida na velhice e suas implicações frente a covid-19, a fim de fornecer subsídios teórico-práticos para os serviços de assistência social e para as pessoas idosas frente à pandemia.

“O distanciamento social das famílias e dos amigos foi o que mais afetou os idosos durante a pandemia. A qualidade de vida também transparece na pesquisa estar associada à saúde e aos recursos financeiros. Além da solidão que também aparece muito como uma das coisas que afeta esse grupo”, relata Gutemberg Sousa, bolsista de iniciação científica.

Também foram objetos do estudo compreender como os idosos brasileiros elaboram suas vivências acerca da velhice; como atuam os fatores sócio-cognitivos relacionados à representação da qualidade de vida na velhice de idosos brasileiros; conhecer a estrutura das representações sociais da qualidade de vida e pandemia da covid-19; elaborar material educativo em saúde (cartilha informativa acerca da pandemia na velhice que sirva de orientação aos familiares, idosos, coordenadores de grupos de convivências para idosos, psicólogos e demais profissionais da área da saúde e da educação); desenvolver um aplicativo para smartphone gratuito (iOS e Android) com informações educativas em saúde sobre qualidade de vida e a covid-19 para ser usado por profissionais de saúde, cuidadores, familiares e os próprios idosos.

“Essa pesquisa que levamos a cabo tem parceria com a Universidad Católica del Maule, do Chile, e a Universidad de Zaragoza, na Espanha, onde temos feito uma pesquisa transcultural. Nós sabemos que grande parte dos nossos idosos sofreram um impacto muito grande, muitos inclusive vieram a óbito. Frente a isso, este trabalho tem dado uma contribuição bastante significativa porque nós temos entendido que a qualidade de vida está muito associada à forma como a saúde e as políticas públicas chegam às pessoas idosas. Muitos idosos relatam que vivem o seu envelhecimento de forma ativa, produtiva, com independência, mas por outro lado muitos deles sofreram impactos nas suas famílias, amigos, pessoas próximas, e isso tem causado certo sofrimento psíquico neles”, conta o professor Ludgleyson.  

Ao longo da pesquisa foi aplicado um questionário sóciodemográfico, com a finalidade de obter informações sobre idade, sexo, estado civil, etnia, renda, orientação sexual, religião, se já foi vacinado contra a covid-19; um teste de Associação Livre de Palavras (TALP), com o qual foi possível obter um conjunto de representações sociais sobre qualidade de vida e pandemia da covid-19 e uma entrevista semiestruturada, para compreender as percepções dos participantes sobre velhice, qualidade de vida e pandemia da covid-19.

Os pesquisadores agora buscam com os resultados obtidos fomentar o desenvolvimento de práticas educativas junto a comunidade de idosos através de palestras, seminários, para disseminar informações que alcancem todos os campos de atuação em que a pandemia da covid-19 na velhice possa estar presente, visando o enfrentamento das situações adversas; encorajar novas produções acadêmico-científicas nacionais e internacionais; incrementar a internacionalização da pesquisa com o grupo de investigação dos pesquisadores no “Núcleo de Pesquisa e Estudos em Desenvolvimento Humano, Psicologia Educacional e Queixa Escolar” no Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFDPar.

“É uma pesquisa que tem uma grande contribuição para dar à psicogerontologia brasileira, em particular ao Piauí, na medida que estamos descobrindo e trazendo dados recentes de como a chegada da pandemia afetou negativamente a vida dos idosos”, afirma o professor.

Os resultados alcançados e as contribuições transculturais vão contribuir para uma maior robustez teórica e conceitual acerca do envelhecimento e o enfrentamento da pandemia da covid-19 com dados empíricos gerados em nosso meio, bem como na intervenção eficaz para convivência saudável das pessoas idosas e as diferentes faixas etárias. “Gostaria de agradecer à FAPEPI pelo fomento dado à pesquisa piauiense, na forma dos editais de iniciação científica, em especial da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. Esperamos que possamos futuramente firmar novas parcerias para a produção do conhecimento científico”, finaliza o professor Ludgleyson.

O termo “ageism” (ou etarismo) foi criado por Robert Neil Butler, gerontólogo, em 1969, para se referir à intolerância relacionada à idade. De lá para cá, o mundo seguiu vendo o envelhecimento da população mundial, com o aumento das expectativas de vida nos países. A expectativa de vida global aumentou de 64,2 anos (em 1990) para 72,6 anos em 2019, e deve chegar a 77,1 em 2050; e em 2018, pela primeira vez, pessoas com 65 anos ou mais superaram em número as crianças menores de cinco anos no mundo, segundo dados da ONU, divulgados em junho de 2019 pela Agência Brasil. Fato é que os idosos são os grandes responsáveis para a coesão social e a cultura, por serem os atores que testemunharam acontecimentos históricos e que trazem essa memória para a melhor compreensão da vida pelos mais jovens, além de ser uma população crescente devido a queda das taxas de fecundidade e aumento da expectativa de vida.

O site das Nações Unidas Brasil destaca algumas recomendações para essa faixa etária, entre elas: que nenhuma pessoa, jovem ou velha, é dispensável, e que os idosos têm os mesmos direitos à vida e à saúde que todos os outros; que embora o distanciamento físico tenha sido crucial nos piores momentos, não se pode esquecer que o mundo é uma comunidade e que todos estão ligados; que todas as respostas sociais, econômicas e humanitárias devem levar em consideração as necessidades dos idosos, desde a cobertura universal de saúde à proteção social, trabalho decente e pensões. O secretário-geral da ONU também disse que o mundo não deve “tratar as pessoas mais velhas como invisíveis ou impotentes.”

Continue lendoPesquisa da UFDPar avalia impactos da pandemia entre a população idosa

Protocolo de Pesquisa amparada pela FAPEPI é apresentado em Oficcina

  • Autor do post:
  • Categoria do post:Covid-19Notícia
  • Última modificação do post:4 de março de 2021
  • Tempo de leitura:2 minutos de leitura

Nesta terça-feira (26), ocorreu a Oficina de Desenvolvimento de Gestão Educacional Municipal do ano de 2021, das 16h às 18h. O evento contou com a presença do prof. Fábio Motta, Biomédico e Professor do curso de Biomedicina da UFDPAR.

Fábio Motta é pesquisador FAPEPI contemplado pelo edital emergencial à covid-19 Nº 001/2020. Sua pesquisa é referente a elaboração de protocolo de desinfecção massiva de espaços públicos, como universidades, escolas, praças, etc.

O tema do evento foi Gestão e Aprendizado em Tempos de Covid-19. O professor contou um pouco sobre sua pesquisa e a importância de protocolos de desinfecção para retorno às atividades presenciais, como as aulas em universidades e escolas. O tema de sua palestra foi: Retorno as aulas presenciais é realmente seguro?.

O evento contou com a presença de 53 participantes. Um dos questionamentos levantados por Fábio acerca do retorno às aulas presenciais durante a pandemia foi a má utilização de produtos de limpeza sem protocolos rígidos para tal atuação.

Continue lendoProtocolo de Pesquisa amparada pela FAPEPI é apresentado em Oficcina