A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) executa o programa Centelha com a colaboração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fundação CERTI.

O Programa Centelha visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Piauí, por meio de capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. Em maio de 2020, foi lançado o primeiro edital onde 276 ideias foram submetidas, 821 empreendedores participaram das capacitações e 21 startups foram apoiadas. Cada startup recebeu um investimento de até 60 mil reais. No início de 2022 será lançado o edital da segunda edição do programa objetivando a captação de mais ideias inovadoras.

Um exemplo de sucesso da primeira edição é a startup EcoBfit.  A empresa produz alimentos a partir do coco babaçu, derivado de estudos desenvolvidos pela nutricionista e doutorando em Biotecnologia, Lindalva de Moura Rocha. Com a execução do programa Centelha Piauí, a pesquisadora fez uso de suas pesquisas, apresentando uma proposta inovadora para o edital da primeira edição do Centelha Piauí. E com o apoio aprimorou o resultado das suas pesquisas para serem produtos comercializados.  

Estande da EcoBfit na Expoapi

“O edital nos proporcionou transformar objeto que estava no campo acadêmico em produtos resolutivos que atende as necessidades do mercado e a ter uma visão mais ampla através das capacitações que nos deram suporte para desenvolver a startup. O programa oferece muitas capacitações que são cruciais para qualquer empreendedor desenvolver a sua proposta para ser submetida no edital. Com fomento do capital semente proveniente do Centelha, nós abrimos o CNPJ e desde então estamos realizando a execução do projeto”,  Explica Lindalva.

 EcoBfit desenvolve produtos alimentícios para o público geral e com restrições alimentares acessando um grande mercado consumidor, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde(OMS), cerca de 70% da população mundial tem algum tipo de restrição alimentar relacionada à lactose. 

Por esse motivo, a pesquisadora participou também do Programa de Qualificação para Exportação(PEIEX) executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) com apoio Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). No PEIEX a EcoBfit foi qualificada para realizar o processo de exportação de seus produtos de forma planejada e segura. As empresas qualificadas pelo programa se tornam aptas a participarem de ações internacionais de promoção comercial organizadas pela Apex-Brasil e seus parceiros.

“Aquele pesquisador que desenvolve uma pesquisa que tem um grau de inovação e resolutividade procure o edital Centelha pois ele é uma oportunidade para toda pessoa que tem projetos que resolvem as dores da sociedade. Procure o site da FAPEPI e o programa Centelha, participe das mentorias, capacitações, leiam o edital atentamente e procurem participar pois ele é uma capital semente muito importante para desenvolver novos negócio”, destaca Lindalva Rocha.

Em 2022 será lançado o edital Centelha 2 onde mais empreendedores terão oportunidade de serem apoiados pelas capacitações, mentorias e receber investimentos financeiros ofertados pelo projeto que apoiará 61 novas startups.

Cada um dos projetos selecionados receberá até R$ 53 mil para desenvolver o modelo de negócio, até R$ 26 mil em bolsas e nove meses de capacitação. O prazo de execução dos projetos será de 12 meses após a data da contratação. Podem submeter propostas, pessoas maiores de 18 anos ou maiores de 16, se emancipadas. Desta vez, o edital permite a participação de servidores públicos, desde que não haja choque com a legislação da instituição empregadora.

O investimento global para a segunda edição do Centelha Piauí totaliza R$ 4,8 milhões, sendo R$ 2 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (concedidos através da Financiadora de Estudos e Projetos –  Finep), R$ 666 mil em contrapartida da FAPEPI, R$ 586 mil da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e R$ 1,5 milhão em bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).