A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí, FAPEPI, esteve presente hoje (08) na abertura do Congresso “Evidências do mundo real por inteligência artificial”, na Universidade Federal do Piauí, UFPI. Estiveram presentes o presidente da FAPEPI, Antonio do Amaral e o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ciro Sá.
Com o objetivo de aproximar a Inteligência Artificial ao contexto da saúde, aconteceu na manhã desta quinta-feira (8), no Cine Teatro da UFPI e online por meio o canal da LASD-UFPI, a abertura oficial do Congresso “Evidências do mundo real por inteligência artificial – ERIA REAL WORLD EVIDENCE”. O evento conta com o amparo da FAPEPI.
O evento é uma realização do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Permanente para o SUS (NUEPES), em parceria com o Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Mulher (PMPSM) e Liga Acadêmica em Saúde Digital (LASD) e tem a proposta de aproximar os profissionais da saúde à nova realidade da Inteligência Artificial, promovendo eficiência e resolutividade dos problemas de saúde da população.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, sob as diretrizes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI tornou pública no dia 29 de julho de 2022 Chamada INCT – CNPq nº 58/2022, que tem por objetivo expandir o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) por meio de apoio a constituição de novos INCTs a partir do fomento a propostas de pesquisa de alto impacto científico e tecnológico em áreas estratégicas e/ou na fronteira do conhecimento, visando a solução dos grandes desafios nacionais.
Nos termos do edital, os Institutos Nacionais caracterizam-se como estruturas de pesquisa de excelência que desenvolvem articuladamente programas de pesquisa de alto impacto científico e/ou tecnológico na fronteira do conhecimento, em rede, de caráter interdisciplinar, com forte interação com o sistema produtivo e com outros grupos de outros países, com objetivos e metas claramente definidos e mensuráveis, com foco nas áreas estratégicas para o País.
No âmbito desta chamada nacional, uma proposta saída da Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi aprovada, sendo o único projeto representante do estado. Intitulado “Polissacarídeos: plataformas versáteis para o desenvolvimento de produtos e tecnologias sustentáveis”, é um projeto onde pretende-se construir uma INCT organizada em rede de cooperação acadêmica nacional, com contribuições também internacionais de grupos com histórico de cooperação com grupos brasileiros, voltada à pesquisa e trabalhos de pós-graduação com polissacarídeos. Essa plataforma visa permitir a realização de eventos híbridos possibilitando ampla participação de pesquisadores da área, aumentando a formação e mobilidade de jovens com capacitação para pesquisa básica e tecnológica com polissacarídeos.
A proposta foi submetida pelo professor Edvani Muniz, professor titular do curso de Química da Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde vem atuando com grupos de pesquisa da área de materiais, no programa de pós-graduação em materiais e em química. Anteriormente ele atuou durante 35 anos como docente na Universidade Estadual de Maringá (UEM). “Essa proposta tem um direcionamento de buscar aproveitar a rica biodiversidade do Brasil em termos de polissacarídeos. Já existem vários grupos de pesquisa no país trabalhando com polissacarídeos, e agora estamos propondo uma rede nacional de estudos nesse campo do conhecimento”, conta o professor.
Também estão entre os objetivos da proposta estudar conceitos fundamentais e desenvolver novos produtos baseados ou contendo polissacarídeos, estreitar a academia com o setor industrial para maior e melhor uso de tecnologias de produção e de utilização de fontes renováveis na área, além de promover ações de empreendedorismo, startups e difusão do conhecimento sobre polissacarídeos nos diversos níveis de educação das escolas brasileiras, para a conscientização da importância da conservação da biodiversidade e do melhor uso destas macromoléculas, contribuindo para a preservação de fontes não-renováveis e diminuição de problemas ambientais relacionados ao uso de polímeros não-biodegradáveis.
De acordo com as diretrizes do edital, a equipe de pesquisadores deve ter no mínimo oito pessoas com grau de doutor vinculados a, no mínimo, três instituições distintas, preferencialmente em diferentes unidades da federação. A proposta aprovada propõe a integração de uma equipe de 51 pesquisadores de 15 instituições (14 públicas e uma privada). As 15 IES estão distribuídas em 9 estados da federação, cobrindo todas as 5 regiões geográficas brasileiras e com cooperações de cerca de 20 grupos de pesquisas internacionais da América do Norte, Sul e Europa. A UFPI é a IES que lidera este projeto de INCT.
“Com a implantação desta INCT no Piauí, a UFPI e o próprio estado passam a ser referência nessa área de estudo, e esperamos que tenhamos sucesso na execução dessa proposta, que é muito importante para o campo de estudo em materiais, na área da química e a própria ciência piauiense. Esperamos também estreitar relações com a FAPEPI na execução deste projeto, finaliza o professor Edvani.
O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o consórcio CHIST-ERA e a Comissão Europeia, anunciam o lançamento da Chamada Transnacional Conjunta Chist-Era 2022.
A chamada, que tem participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (FAPEPI), tem por objetivo apoiar projetos colaborativos de pesquisa com foco nas áreas de Tecnologia da Informação & Comunicação, Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina (do inglês, Machine Learning).
Participam da chamada entidades de 21 países, e o orçamento global disponível é de aproximadamente 12 milhões de euros.
Temas da chamada:
1) Segurança e Privacidade em Sistemas Descentralizados e Distribuídos;
2) Sistemas de comunicação baseados em aprendizado de máquina voltados para redes wireless usando Inteligência Artificial.
Fomento brasileiro
No Brasil, o apoio aos projetos colaborativos de pesquisa será concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelas Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) que participam da chamada:
1- Fundação Araucária (Paraná);
2- FAPEAL (Alagoas);
3- FAPEAM (Amazonas);
4- FAPEAP (Amapá);
5- FAPEG (Goiás);
6- FAPEMA (Maranhão);
7- FAPEPI (Piauí);
8- FAPERGS (Rio Grande do Sul);
9- FAPERJ (Rio de Janeiro);
10- FAPERR (Roraima);
11- FAPES (Espírito Santo);
12- FAPESB (Bahia);
13- FAPESC (Santa Catarina);
14- FAPESPA (Pará);
15- FUNDECT (Mato Grosso do Sul).
*Outras Fundações ainda podem aderir à Chamada.
Submissão de propostas
Para submissão de propostas os pesquisadores do Brasil devem buscar parcerias internacionais. O consórcio do projeto de pesquisa deve ter no mínimo 3 parceiros e o máximo de 6 parceiros, incluindo no mínimo 3 países que participam da chamada: Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, República Checa, Estônia, Finlândia, França, Irlanda, Israel, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Polônia, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suíça, Taiwan, Turquia e Reino Unido.
As propostas devem ser submetidas na plataforma do consórcio CHIST-ERA, que será disponibilizada em breve na página oficial da chamada.
Cronograma
Prazo para submissão de propostas: 2 de fevereiro de 2023, às 13h00 (BRT). Data prevista para início dos projetos aprovados: outubro de 2023. Mais informações
Questões gerais e técnicas sobre a chamada podem ser esclarecidas com o Ponto de Contato Nacional do CONFAP: Elisa Natola (elisa.confap@gmail.com), ou do CNPq: Dileine Cunha (dileine.cunha@cnpq.br).
Os candidatos brasileiros devem consultar as regras específicas de elegibilidade e modalidades de participação via CNPq ou via FAPs nas páginas 24, 25 e 26 do documento da chamada.
Entre os dias 12 e 14 de dezembro, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) promove o Seminário Internacional Juventudes e Desigualdades: Juvenicídio na América Latina e suas Dinâmicas de Violência no Piauí. O evento é uma realização do Núcleo de Pesquisa sobre Criança, Adolescentes e Jovens (NUPEC) e também conta com a organização do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL).
O evento visa ser um espaço de debate sobre as temáticas das desigualdades, violências e Juvenicídio. Para isso, promoverá uma discussão envolvendo pesquisadores, gestores e, principalmente, jovens. Assim, a comunidade interessada poderá refletir, apreender e compartilhar conhecimentos sobre o tema proposto que entrelaçam a vida de jovens em zonas periféricas das cidades.
Inscrições
Participantes: até 3 de dezembro de 2022
Envio de trabalhos para apresentação em GT’s: até 6 de dezembro de 2022
O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o consórcio CHIST-ERA e a Comissão Europeia, anunciam o lançamento da Chamada Transnacional Conjunta Chist-Era 2022.
A chamada, que tem participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (FAPEPI), tem por objetivo apoiar projetos colaborativos de pesquisa com foco nas áreas de Tecnologia da Informação & Comunicação, Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina (do inglês, Machine Learning).
Participam da chamada entidades de 21 países, e o orçamento global disponível é de aproximadamente 12 milhões de euros.
Temas da chamada:
1) Segurança e Privacidade em Sistemas Descentralizados e Distribuídos;
2) Sistemas de comunicação baseados em aprendizado de máquina voltados para redes wireless usando Inteligência Artificial.
Fomento brasileiro
No Brasil, o apoio aos projetos colaborativos de pesquisa será concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelas Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) que participam da chamada:
1- Fundação Araucária (Paraná);
2- FAPEAL (Alagoas);
3- FAPEAM (Amazonas);
4- FAPEAP (Amapá);
5- FAPEG (Goiás);
6- FAPEMA (Maranhão);
7- FAPEPI (Piauí);
8- FAPERGS (Rio Grande do Sul);
9- FAPERJ (Rio de Janeiro);
10- FAPERR (Roraima);
11- FAPES (Espírito Santo);
12- FAPESB (Bahia);
13- FAPESC (Santa Catarina);
14- FAPESPA (Pará);
15- FUNDECT (Mato Grosso do Sul).
*Outras Fundações ainda podem aderir à Chamada.
Submissão de propostas
Para submissão de propostas os pesquisadores do Brasil devem buscar parcerias internacionais. O consórcio do projeto de pesquisa deve ter no mínimo 3 parceiros e o máximo de 6 parceiros, incluindo no mínimo 3 países que participam da chamada: Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, República Checa, Estônia, Finlândia, França, Irlanda, Israel, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Polônia, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suíça, Taiwan, Turquia e Reino Unido.
As propostas devem ser submetidas na plataforma do consórcio CHIST-ERA, que será disponibilizada em breve na página oficial da chamada.
Cronograma
Prazo para submissão de propostas: 2 de fevereiro de 2023, às 13h00 (BRT). Data prevista para início dos projetos aprovados: outubro de 2023. Mais informações
Questões gerais e técnicas sobre a chamada podem ser esclarecidas com o Ponto de Contato Nacional do CONFAP: Elisa Natola (elisa.confap@gmail.com), ou do CNPq: Dileine Cunha (dileine.cunha@cnpq.br).
Os candidatos brasileiros devem consultar as regras específicas de elegibilidade e modalidades de participação via CNPq ou via FAPs nas páginas 24, 25 e 26 do documento da chamada.
Acontece até amanhã o Fórum Nacional CONSECTI & CONFAP em 2022. O evento é realizado em Campo Grande (MS), entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro. O evento conta com a presença de presidentes e representantes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), Secretários Estaduais de CT&I, representantes de agências federais e internacionais de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação, além da comunidade acadêmica e científica da região.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) teve como representantes: o Presidente da FAPEPI, Antonio Cardoso do Amaral; a Diretora Técnico-Científica (DTC), Nayana Pinheiro Machado de Freitas Coelho; e o Ciro Gonçalves e Sá, Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, (DDCT).
Realização
Esta edição do Fórum é uma realização do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO).
Entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro acontece a 18º edição do Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral. No evento também ocorrerá o 15º encontro do comitê Temático RedeAPLmineral.
O seminário será realizado no auditório do IFPI Teresina de forma híbrida e gratuita. O tema desse ano será “Planejamento e Gestão para Estruturação e Sustentabilidade dos APL de Base Mineral”. Na edição de 2022, serão ofertados minicursos e visitas técnicas aos APls de Base mineral do Estado do Piauí. Apls são aglomerações de empresas e empreendimentos que apresentam especializações produtivas.
O objetivo do evento é disseminar e estimular práticas favoráveis de gestão e inovação, além e divulgar as potencialidades da mineração e da transformação mineral. Acontecerá ainda uma cerimônia de entrega do Prêmio Melhores Práticas em APL de base Mineral. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) é apoiadora ouro do evento.
Nesta terça-feira (29) foi realizada a Solenidade de Abertura do XII Seminário de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A abertura do eventou contou com a presença do Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), Antonio Cardoso do Amaral, da Coordenadora-Geral do Seminário Integrado da UFPI (SIUFPI) e Pró-Reitora de Extensão e Cultura, professora Dr.ª Deborah Dettmam Matos, além de outras autoridades que estavam presentes no local.
Na abertura do evento foi realizado o lançamento do primeiro edital de fomento à extensão da FAPEPI. O edital, bem como seus anexos, podem ser acessados clicando aqui. O presidente da instituição falou sobre a importância do programa para o desenvolvimento do Estado.
“Nós estamos aqui no Seminário Integrado da Universidade Federal do Piauí, um conjunto de seminários, especialmente, hoje o seminário de Extensão e Cultura. Estou aqui com a professora Deborah, porque hoje é um dia muito especial para todos nós. Ela é responsável em articular uma importante demanda desse setor. Em conjunto com os pró-reitores de extensão dos demais institutos de pesquisa e extensão como: a Universidade Estadual do Piauí [UESPI]; o Instituto Federal do Piauí [IFPI], e também a Universidade Federal do Delta do Parnaíba [UFDPar], que vieram até a Fundação de Amparo à Pesquisa, a FAPEPI, e motivaram sobre a demanda no Estado em lançar um edital de apoio à extensão”, ressalta o presidente da FAPEPI.
O edital objetiva a redução das desigualdades ou vulnerabilidades sociais , promovendo o desenvolvimento socioeconômico e ambiental nas diferentes microrregiões do Piauí. A promoção da formação de recursos humanos em projetos extensionistas desenvolvidos em ambientes sociais e produtivos. Além de estimular a interação da comunidade acadêmica com a sociedade por meio da identificação e diagnóstico de demandas locais. Também visa promover a integração entre ações de extensão e pesquisa, além de estimular atividades de extensão tecnológica e de inovação. As inscrições iniciam no dia 1º de dezembro de 2022 até o dia 30 de janeiro de 2023 e poderá ser realizada através da Plataforma SigFAPEPI.
“Esse é um momento histórico. Nós estamos na abertura do XII Seminário de Extensão e Cultura da Univerisdade Federal do Piauí, e temos o privilégio de convidar os professores e estudantes extensionistas do Estado do Piauí a submeterem propostas para o edital da FAPEPI. Esse edital é histórico e prevê R$ 720 mil, selecionando 24 propostas de R$ 30 mil para auxiliar o trabalho em todas as regiões do Estado que queiram desenvolver políticas de extensão”, destaca a pró-reitora de extensão.
A professora Deborah Mattos, convida a todos para participarem do evento que ocorrerá também pela tarde, com palestras, minicursos, oficinas, etc.
“Nós fazemos o convite para que as pessoas interessadas possam acessar o site da FAPEPI, o site da Universidade Federal do Piauí, por meio da pró-reitoria de extensão e cultura, que queiram submeter propostas para auxiliar o fomento da política de extensão no Estado. Muito obrigada, fica esse convite para que as pessoas participem desse evento, e na parte da tarde continuaremos com novos minicursos e atividades de extensão”, finaliza.
No ano de 2021, a Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI) e a Embrapa Meio Norte assinaram Termo de Cooperação que visa a transferência de tecnologias e inovação em fruticultura irrigada, com a integração de esforços entre as duas instituições para execução de trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em fruticultura destinada aos polos de produção prioritários do Estado do Piauí.
Projeto prevê a capacitação da comunidade em diversas oficinas. (Foto: Acervo Embrapa)
Diante da necessidade de melhorias do nível tecnológico nos sistemas produtivos de fruteiras irrigadas, os produtores de frutas dos polos de fruticultura irrigada do Piauí, por meio da Câmara Setorial Estadual de Fruticultura, demandaram apoio da Embrapa no sentido de ajustar e disponibilizar tecnologias para as principais espécies frutíferas já cultivadas por eles. Assim, em reunião realizada em abril de 2017, a referida Câmara Setorial solicitou da Embrapa a elaboração de uma proposta para posterior análise e contratação.
Dessa forma, a equipe de pesquisadores da área de fruticultura da Embrapa Meio-Norte elaborou uma minuta da proposta de intervenção tecnológica para dez espécies frutíferas nos polos prioritários do estado do Piauí. Em audiência realizada em 26 de junho de 2017, a Câmara Setorial Estadual de Fruticultura apresentou ao Governo do Estado, a proposta elaborada pela Embrapa Meio Norte, intitulada “Transferência de tecnologias e inovação em fruticultura irrigada para os polos prioritários do Estado do Piauí”. O foco do projeto com as respectivas atividades a serem desenvolvidas foi definido de maneira participativa envolvendo produtores, Câmara Setorial, governo do Estado e outros parceiros. Após concluído, em reunião extraordinária, o projeto foi apresentado à Câmara Setorial Estadual de Fruticultura, que o aprovou e em seguida providenciou a negociação dos recursos para o desenvolvimento do projeto. A proposta foi aprovada e recomendada pelo Governo para ser apresentada formalmente à FAPEPI, para análise e posterior financiamento com recursos do Governo do Estado.
Para a elaboração do projeto foram realizadas reuniões com vários atores da cadeia produtiva da fruticultura do estado do Piauí, sempre com a participação de membros da Câmara Setorial Estadual de Fruticultura para levantar, com mais precisão, os principais gargalos da atividade no estado e em especial nos referidos polos. A realização de trabalhos em campo visando ajustar e transferir as tecnologias de manejo de frutíferas irrigadas, a partir do acervo de tecnologias já desenvolvidos pelas Embrapa são importantes para os agricultores obterem respostas mais rápidas em seus sistemas produtivos.
As áreas cedidas para o projeto continuarão sendo administradas pelo agricultor. (Foto: Acervo Embrapa)
Para entender melhor a dinâmica das atividades produtivas, bem como os principais problemas tecnológicos nesses polos emergentes, durante o mês de julho de 2017, um grupo de pesquisadores da Embrapa Meio-Norte realizou uma missão que permitiu verificar in loco junto aos agricultores irrigantes e dirigentes de perímetros irrigados, as questões que precisam ser resolvidas através do uso da tecnologia de produção e da pesquisa científica e tecnológica. Nos quatro polos visitados, as questões referentes ao manejo de solo, água e planta, com foco em manejo de irrigação e adubação, manejo e controle de pragas e doenças, novas cultivares, poda e densidade de plantio foram verificadas e apontadas pelos agricultores como passíveis de melhoria.
“As áreas cedidas para o projeto são do agricultor. O que nós fazemos é uma parceria com o produtor e essa parceria é formalizada via associação deles, que os indica, então fazemos a seleção. Da parte do agricultor, é ceder a área e as condições de irrigação. Além disso, é importante o produtor conceber aquilo como também sendo dele, pois ele é quem vai cuidar do manejo direto, o projeto faz parte do dia-a-dia dele. Ele vai se beneficiar porque além do aprendizado com a parceria, ele vai ficar com parte da colheita”, conta o professor pesquisador da Embrapa Valdemício de Sousa, coordenador do projeto.
Paralelo a essa análise do solo, os pesquisadores envolvidos dimensionaram o sistema de irrigação e a instalação. Também foi ministrado um curso de instalação voltado para os produtores e estudantes e com esse conhecimento, esses se tornaram mão-de-obra que auxiliou na instalação. “Isso tem surtido um efeito muito bom. Além dessa capacitação em instalação haverá outras, como manejo, controle de pragas, etc. À medida que o projeto vai se desenvolvendo, vão surgindo outras necessidades e nós vamos capacitando”, revela o professor Valdemício.
As atividades realizadas pelo projeto são voltadas à transferência de tecnologias de cultivo, manejo, produção e agregação de valor às fruteiras tropicais para o desenvolvimento integrado sustentável com inovação no segmento da fruticultura. Também são objetivos da parceria realizar um levantamento e sistematização do acervo de tecnologias já desenvolvidos para as espécies: acerola, banana, goiaba, maracujá, e uva, com possibilidades de ajuste/adaptação e utilização; instalar Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em campo com vistas a ajustes e adaptação de tecnologias no âmbito das espécies frutíferas mencionadas, estruturar e instalar, junto com o setor produtivo, ações integradas de transferência de tecnologias e desenvolvimento com inovação na fruticultura capazes de impactar positivamente o desenvolvimento regional e capacitar, simultaneamente, técnicos e agricultores multiplicadores nas principais tecnologias e estratégias para aplicação e utilização das ações integradas de transferência de tecnologias.
“Essas capacitações oferecidas pelo projeto são abertas à comunidade, porque o projeto não é só para quem está recebendo, no caso, o agente multiplicador, mas para todos que podem ser beneficiados. Uma estratégia do projeto é: com as unidades de referência tecnológica em funcionamento, citando como exemplo a cultura da uva, o projeto prevê que devemos estimular outros agricultores do município a também plantarem uva. O treinamento é apenas um item dentro do projeto, nós estamos levando uma mensagem que o projeto não é só pra plantar, uva, goiaba, acerola, etc, o projeto é de transferência de tecnologia e conhecimento. Para isso existe toda uma estratégia, que também é usar a unidade de referência no campo em toda a sua fase de plantio até chegar à produção”, conta o coordenador.
As Unidades de Referência Tecnológica (URTs) serão instaladas e conduzidas em áreas de agricultores irrigantes dos polos de fruticultura irrigada envolvidos, com a coparticipação dos mesmos. Assim, como se trata de cultura de ciclo longo, ao finalizar o projeto, as URTs ficarão sob a responsabilidade dos proprietários, como unidades produtivas. “Esse processo de transferência de tecnologia envolve treinamentos, capacitações e a visitação de outras pessoas para que seja possível realizar o efeito multiplicador. Então não foi simplesmente chegar e selecionar, nós elaboramos os critérios e no meio do caminho também tivemos que mudar alguns. Após as análises de amostras de solo, realizadas na sede da Embrapa, nosso primeiro passo foi recomendar a cultura para o tipo de solo”, relata o professor Valdemício.
O valor total orçado para a execução do projeto é de mais de 8 milhões de reais. Os trabalhos estão sendo executados na área da Embrapa Meio-Norte, em Teresina, e nas propriedades de agricultores irrigantes no Perímetro Irrigado dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí (Parnaíba), no Perímetro Irrigado dos Platôs de Guadalupe, no Polo Marrecas – Jenipapo (São João do Piauí) e no Polo Alto Canindé – Barragem Joaquim Mendes (Conceição do Canindé). A capacitação, que vai durar três anos, está sendo feita por meio de transferência de tecnologia da Embrapa Meio Norte, que conta com 26 pesquisadores envolvidos.
A execução do projeto conta com parceiros como: Câmara Setorial de Fruticultura, Organização dos Agricultores nos Perímetros (com agricultores selecionados), Prefeituras Municipais (Parnaíba, Guadalupe, São João do Piauí e Conceição do Canindé), Governo do Estado Piauí (SAF, EMATER-PI, SEAGRO, SEPLAN, Agência Piauí Fomento, SEMAR, Coordenadoria de Irrigação e Recursos Hídricos), Bancos (do Nordeste, do Brasil e Caixa Econômica Federal), Universidades (UESPI, UFPI e IFPI) e Instituições do Governo Federal (CODEVASF, DNOCS, MAPA). Além disso, com as Universidades e a CAPES, o projeto buscará firmar parceria no âmbito dos cursos de pós-graduação com o propósito de contribuir para a formação de pessoal e de desenvolvimento de Dissertações e Teses dentro do projeto.
“O projeto está trazendo vários benefícios que não estavam previstos e que vão gerar um impacto positivo muito grande no estado do Piauí. Vou citar dois exemplos: A circulação de uva lá em São João do Piauí foi afetada porque foi proibido pelo ministério da agricultura a entrada de mudas de uva de Petrolina porque lá surgiu uma doença vegetal perigosa que pode contaminar outras plantas em outros estados. Petrolina é o único lugar que vende mudas de uva pro nordeste inteiro, além do Vale do São Francisco ser responsável por cerca de 98% de toda uva exportada no Brasil. Quando apresentamos o projeto, fomos questionados como iríamos plantar uva aqui se o ministério está proibindo. O que foi que fizemos: entramos em contato com a Embrapa Uva e Vinho em Bento Gonçalves e por sorte nossa, a líder do programa de melhoramento de uva quando viu o resumo do nosso projeto quis participar. Participar da forma que estava previsto: instalar uma URT para manejo de uva e também trazer novas variedades que já estão no mercado. Com isso estamos ganhando a inclusão do Piauí no programa nacional de melhoramento genético de uva da Embrapa Uva e Vinho”, revela Valdemício.
Além de treinamento, o projeto também estabelece estratégias para a comercialização da produção, de forma a aumentar o valor dos produtos. O presidente da FAPEPI, Antônio Cardoso do Amaral, explica que o projeto é importante para o desenvolvimento do Estado, devido ao grande número de piauienses que moram na zona rural e que contam com a agricultura como sua única ou principal fonte de renda. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 670 mil pessoas trabalham na zona rural do Piauí. “Fortalecendo a produção e gerando riqueza no campo, ajudamos a reduzir a pobreza, trazendo qualidade de vida aos nossos agricultores. Investir em pesquisa e ciência é isso: transformar conhecimento em dinheiro para o povo”, frisa Amaral.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) participou na última quarta-feira (23) da mesa “A Institucionalização da internacionalização” durante a programação do VI Ciclo de Palestras da Pós-Graduação (CP-PRPG) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). No evento, a FAPEPI apresentou oportunidades de internacionalização que são mediadas pela Fundação.
Durante a sua fala, o presidente da FAPEPI, Antonio Amaral, destacou a importância da Internacionalização para o fortalecimento da pós-graduação. “Estamos felizes em poder participar deste evento e destacar as opções que a FAPEPI oferece para o campo da interncionalização, que é tão importante para os programas de pós-graduação”, afirmou.
O Ciclo de Palestras é parte integrante dos Seminários Integrados da Universidade Federal do Piauí (SIUFPI), que acontecem de 22 de novembro a 1 de dezembro, com diversos eventos simultâneos e tem o amparo da FAPEPI. Com o tema “Despertar a ciência para as novas gerações”, o objetivo dos múltiplos eventos é difundir o benefício da ciência na vida cotidiana e reconhecer seu valor como critério norteador de políticas públicas.
A programação inclui conferências, palestras, oficinas, minicursos e painéis, por meio dos quais será possível conhecer trabalhos e projetos desenvolvidos por alunos e professores de graduação, pós-graduação e colégios técnicos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.
Clique aqui para ter acesso ao slide apresentado pela FAPEPI durante o evento.
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