A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) foi um dos 16 órgãos estaduais reconhecidos com o Selo do Programa Pró-Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, em cerimônia realizada no Palácio de Karnak nesta sexta-feira (28). A premiação, concedida durante a solenidade “Março Mulher”, promovida pela Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí, reconhece instituições que implementam políticas e ações para promover um ambiente de trabalho mais equitativo e inclusivo.

O presidente da Fapepi, João Xavier, recebeu a certificação acompanhado de servidoras e representantes do Comitê Pró-Equidade da Fundação. Para Xavier, a conquista do Selo é um marco para a Fapepi, pois reafirma o compromisso com a equidade de gênero e raça dentro do ambiente de trabalho. De modo que a fundação vai continuar fortalecendo iniciativas que garantam oportunidades iguais e um espaço profissional seguro e respeitoso para todos.

A premiação integra um conjunto de ações voltadas à promoção da equidade no serviço público estadual. Durante o evento, foi lançada a quinta edição do Selo Pró-Equidade, reforçando o compromisso contínuo das instituições com a diversidade e a inclusão.

Além disso, foi anunciada a campanha permanente “Sem Assédio Moral e Sem Assédio Sexual”, que busca consolidar um ambiente profissional livre de qualquer forma de violência. A iniciativa prevê debates e ações educativas para fortalecer políticas públicas de prevenção e combate ao assédio no ambiente de trabalho.

Outro destaque da solenidade foi o lançamento do projeto “Maria da Penha vai às Escolas: Educação pela Vida das Mulheres do Campo, das Florestas e das Águas”, que visa levar informações e promover ações de enfrentamento à violência de gênero em comunidades rurais. Também foram apresentados dados do Observatório da Mulher Piauiense, oferecendo um panorama da rede de proteção em 2024.

Durante a cerimônia, o governador Rafael Fonteles sancionou a lei que reserva 5% das vagas de emprego em contratos estaduais para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

A secretária estadual das mulheres, Zenaide Lustosa, ressaltou a importância dessa medida e os desafios para sua implementação “Nós já iniciamos o cadastro dessas mulheres, que estão nos abrigos, centros de referência e na Casa da Mulher Brasileira. O objetivo é garantir sua autonomia econômica e proporcionar novas oportunidades”, afirmou Lustosa.

O governador também destacou as principais ações do governo estadual no combate ao feminicídio. “Multiplicamos por cinco a Patrulha Maria da Penha, expandindo sua atuação para todos os batalhões da Polícia Militar. Dobramos o número de delegacias especializadas no atendimento à mulher e aumentamos de 5 mil para 8 mil o número de medidas protetivas de urgência concedidas pelo Judiciário. Isso mostra que as mulheres estão denunciando mais e que o Estado está respondendo com rapidez”, afirmou.

Apesar dos avanços, o governador alertou que o feminicídio ainda é uma realidade preocupante. “Dentro das próprias casas, as mulheres continuam sendo vítimas. Precisamos continuar fortalecendo nossas políticas de proteção e prevenção”, concluiu.