Pesquisas amparadas pela Fapepi garantem prêmio à UFPI

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A Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi premiada pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento através de dois projetos que são frutos de apoios realizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi).  A “Aplicação da desidratação de alimentos na agricultura familiar de Teresina e região como ferramenta sustentável para agregar renda” – proposto pela Ecodrytec; e “Energia Solar para bombeamento de água no semiárido piauiense” – proposto pela Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (FADEX) foram as iniciativas premiadas. 

A Ecodrytec é uma tecnologia startada pela Fapepi, através do Programa Inova Piauí, e desenvolveu uma maneira para desidratar alimentos utilizando energia solar, beneficiando ervas, frutas, legumes, carne, frutos do mar e temperos. Em 2017, o edital 015 da Fapepi apoiou nove propostas de energias renováveis, incluindo projeto de bombeamento de água com energia solar. 

O Programa de nível nacional premiou um total de 12 projetos desde a Região Norte ao Nordeste do Brasil. O edital do referido programa foi disponibilizado em novembro de 2019, e recebeu um total de 80 projetos para serem analisados. Cada projeto ganhador recebe uma quantia de 100 mil reais para que tenha maior aprofundamento no desenvolvimento dos respectivos trabalhos. 

“A premiação de 100 mil reais para cada um dos projetos representa, acima de tudo, a esperança de atender mais comunidades de baixa renda e a possibilidade de cada vez mais fortalecer a execução das ações da Ecodrytec e do Grupo Interdisciplinar de pesquisa em Energia Solar  que, se utilizando das energias renováveis, tanto tem contribuído para melhorar a vida dos agricultores e para o desenvolvimento sustentável do nosso estado”, garantiu a pró-reitora de Extensão e Cultura da UFPI, profª. drª. Cleânia de Sales Silva ao site da UFPI.

Os dois projetos selecionados da Universidade estão inseridos no Programa Sol Para Todos, que foi lançado pela PREXC em dezembro de 2019, encerrando assim o ano com grandes feitos para a Universidade, e buscando expandir os projetos para as comunidades principalmente de baixa renda a fim de gerar grandes benefícios para as mesmas.

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Fapepi participa de chamada entre CONFAP e UK Academies

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O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no conjunto de suas Fundações, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram no dia 13 de dezembro a chamada The UK Academies 2019, realizada em conjunto com The Royal Society, The Academy of Medical Sciences e British Academy, no escopo do Fundo Newton. O objetivo é fomentar a vinda de pesquisadores britânicos para trabalhar em conjunto com pesquisadores brasileiros, no Brasil.

Além da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), fazem parte desta chamada os estados de Alagoas (Fapeal), Amazonas (Fapeam), Bahia (Fapesb), Ceará (Funcap), Espírito Santo (Fapes), Goiás (Fapeg), Maranhão (Fapema), Mato Grosso do Sul (Fundect), Minas Gerais (Fapemig), Pará (Fapespa), Paraná (Fundação Araucária), Pernambuco (Facepe), Rio de Janeiro (Faperj), Rio Grande do Sul (Fapergs), Santa Catarina (Fapesc), São Paulo (Fapesp) e do Distrito Federal (FAPDF). Propostas para outros estados poderão receber fomento diretamente do CNPq.

O fomento aos pesquisadores se dará por três maneiras: Fellowships (para período de 6 a 36 meses); Research Mobility Grants (missões de 15 dias a até 3 meses); e Young Investigator Grants (até 4 anos, apenas para o estado de São Paulo). As propostas deverão ser enviadas entre os dias 20 de janeiro e 6 de abril de 2020 por meio do endereço https://sigconfap.ledes.net/.

São elegíveis pesquisadores britânicos das áreas de ciências naturais, engenharia, ciências médicas, ciências sociais e humanidades. Os proponentes devem ser pesquisadores doutores a pelo menos dois anos e máximo de sete anos (young researchers) ou acima de sete anos (senior researchers). Para participar é preciso haver um pesquisador doutor colaborador no Brasil, vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES) no Estado, como co-proponente (host researcher).

Os proponentes devem ficar atentos aos critérios de elegibilidade que podem ser exigidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado em que pretende desenvolver seu trabalho. O CNPq poderá financiar propostas para proponentes de estados cujas FAPs não aderiram a esta chamada e os proponentes devem observar os critérios específicos de elegibilidade desta instituição.

Mais informações podem ser obtidas diretamente na Fapepi ou pelo e-mail fundonewton.confap@gmail.com. Para interessados apenas no fomento do CNPq, pelo e-mail UKACA@cnpq.br. Acesse aqui a Chamada: http://confap.org.br/pt/editais/36/confap-cnpq-the-uk-academies-2019

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Inscrições prorrogadas até março para o Programa Centelha Piauí

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Estão prorrogadas, até o dia 31 de março, as inscrições de propostas inovadoras para o Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores – Centelha/PI, edital Nº 007/2019. A submissão online é gratuita através do site www.programacentelha.com.br/pi/.

No Piauí, o Programa é executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), em parceria com a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), e visa apoiar ideias inovadoras para transformá-las em negócios de sucesso.

Oportunidade 

O Programa traz a oportunidade de tirar do papel uma ideia, receber orientação para ajustá-la ao mercado e ainda poder contar com recurso financeiro de até R$60 mil para permitir aos novos empreendedores iniciar um novo negócio. O investimento é oferecido por meio de subvenção econômica, ou seja, recurso não reembolsável, para apoiar até 28 projetos de inovação apenas no Piauí.

Os interessados deverão apresentar suas ideias de produtos (bens e/ou serviço) ou processos inovadores com potencial para transformar-se em empreendimentos que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos, conforme especificado no edital.

A iniciativa é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Finep, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e operada pela Fundação Certi.

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Apex-Brasil lança em Teresina programa de capacitação para exportação

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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançará um importante apoio à exportação no Estado do Piauí: a inauguração de um Núcleo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) no dia 30 de janeiro. O evento de lançamento será realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI), em Teresina. O programa será executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) nos próximos 24 meses. 

O objetivo é qualificar 50 empresas da região para que passem a comercializar seus produtos em outros países. A prioridade é atender empresas dos setores de alimentos e bebidas, confecção e artesanato. Mas, no decorrer da execução do Programa, outros setores estratégicos poderão ser incorporados. Para participar do evento, basta confirmar sua presença inscrevendo-se aqui

Além da própria capital do estado, o Núcleo de Teresina vai capacitar empresas da região metropolitana de Teresina, com possibilidade de expansão para as cidades do Polo de Bom Jesus, Campo Maior, Floriano, Parnaíba e Picos. 

Em 2018, as exportações do Estado do PI totalizaram US$ 706 milhões, o que representou um crescimento de 78% em relação aos dados de 2017. A pauta de exportações do Estado está concentrada em produtos básicos (94%) e, dentre estes, produtos do complexo da soja representam quase a totalidade exportada. “Com base nos estudos realizados pela Apex-Brasil, observa-se que existe adensamento de empresas com potencial exportador na região; e onde há empresas com potencial exportador, há oportunidade de transformar empresas brasileiras em exportadores permanentes, um dos objetivos do Programa de Qualificação para Exportação – PEIEX”, afirma o Sr. Edervaldo Teixeira de Abreu Filho, Diretor de Gestão Corporativa da  Apex-Brasil.

A Apex-Brasil realiza o PEIEX em 19 Estados mais Distrito Federal, com Núcleos Operacionais instalados em parceria com Instituições de Ensino, Federações de Indústria e Fundações de Amparo à Pesquisa cobrindo 1.187 municípios. Até o mês de setembro de 2019, foram atendidas 3.046 empresas. Desse total de empresas, 74% estão na categoria de micro e pequenas empresas, e trabalham com produtos e/ou serviços de 61 diferentes setores. O segmento com maior número de empresas é o de alimentos e bebidas, seguido de têxtil e confecção, máquinas e equipamentos, móveis e cosméticos (dados de novembro/2019).

Participam do evento de lançamento do PEIEX de Teresina o Presidente da FIEPI, Sr. Antônio José de Moraes Souza e Filho; o Diretor de Gestão Corporativa da Apex-Brasil, Sr. Edervaldo Teixeira de Abreu Filho; e o Presidente da FAPEPI, Sr. Antônio Cardoso do Amaral. Durante o evento será lançado o estudo da Apex-Brasil: PIAUÍ – Perfil e Oportunidades de Exportações e Investimentos 2020.

SOBRE O PEIEX

O PEIEX (Programa de Qualificação para Exportação) é oferecido pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), com o intuito de preparar as empresas brasileiras para iniciar o processo de exportação de forma planejada e segura. O Programa é implementado em todas as regiões do país, por meio de parcerias da Apex-Brasil com instituições locais de ensino e pesquisa, como Universidades, Parques Tecnológicos ou Fundações de Amparo à Pesquisa, além de Federações de Indústria. 

SOBRE A APEX-BRASIL 

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência apoia atualmente cerca de 15.000 empresas em 80 setores da economia brasileira.  

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Fapepi participa de último fórum da Confap em 2019

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  • Última modificação do post:9 de dezembro de 2019
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) participou da última edição de 2019 do Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). A reunião aconteceu entre os dias 05 e 06 de dezembro, em Porto Alegre (RS).

A Fapepi foi representada no Fórum pelos seus diretores, Lívio César, Ciro Sá e Ernaldo Vale; bem como pelo seu presidente, o professor Antônio Cardoso do Amaral. Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), o encontro reuniu presidentes e representantes das 26 Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) dos Estados, além de entidades acadêmicas e científicas, ministérios e agências de fomento federais e internacionais. 

A solenidade de abertura aconteceu na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Na programação foram realizadas discussões com representantes do MCTIC e das agências federais (CNPq, Capes e Finep), Sebrae, e parceiros internacionais. 

A reunião também teve como objetivo discutir oportunidades de parcerias nas áreas de inovação e pesquisa nacionais e internacionais entre as Fundações e outras instituições científicas. Além disso, o evento teve como pauta debater estratégias para superar dificuldades financeiras que vem enfrentado a pesquisa científica no Brasil, em especial no âmbito da pós-graduação.

O presidente do Confap, Evaldo Vilela, destacou que a transposição de tais dificuldades passa pelo empenho da comunidade científica em se aproximar da sociedade e das lideranças políticas de todo o país. Apesar da crise financeira enfrentada pela ciência no Brasil, Vilela destacou que este processo levou a uma aproximação inédita entre as instituições acadêmicas e de pesquisa e o parlamento brasileiro.

“Nós saímos da comodidade de acusar a classe política e nos juntamos a eles para explicar porque nosso trabalho é importante. Eles são representantes legítimos do povo. Se eles não nos conhecem, é um quadro que nós é precisamos reverter”, avaliou o presidente do Confap.

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Estudo evidencia relações culturais no manejo de plantas medicinais no Piauí

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  • Última modificação do post:4 de dezembro de 2019
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Antes mesmo que a medicina como a conhecemos pudesse se consolidar na sociedade ocidental, o uso de plantas medicinais era o meio utilizado para tratar ou evitar doenças. O Brasil é um país que possui uma flora natural riquíssima, onde podem ser encontradas inúmeras espécies com propriedades benéficas, graças a nossa grande biodiversidade. Além disso, a relação cultural que envolve o manejo destas espécies tem uma importância significativa para explicar os modos de vida do povo brasileiro. 

Cada região do país possui suas tradições relacionadas a essas plantas, existem exemplos muito utilizados pela população para vários fins, como a Babosa, Camomila, Quebra-pedra, Boldo, etc. No entanto muitas dessas plantas permanecem desconhecidas para as massas. Por isso os estudos etnobotânicos nos mais diversos domínios são muito importantes para entender o uso destes recursos vegetais, seja em áreas de vegetação nativa ou em espaços alterados pelo homem.

No estado do Piauí existem muitas áreas com vegetação de transição, sob influência da mata úmida, do cerrado e da caatinga, que detém ampla diversidade vegetal e animal. Foi no intuito de ter um contato com essa realidade e engrandecer o conhecimento acerca de áreas ainda pouco estudadas no estado, que a pesquisadora Maria Carolina de Abreu, docente da Universidade Federal do Piauí e especialista em botânica, realizou um estudo cultural e botânico na comunidade rural Paquetá II, no município de Sussuapara, no sudoeste piauiense, financiado pelo Edital N° 004/2011, da Fapepi.

O objetivo foi realizar um levantamento etnobotânico das plantas medicinais da Caatinga em zonas que recebem influência de atividades humanas, mapeando locais de uso dos recursos vegetais do sertão piauiense. Essas zonas vem sofrendo grandes transformações pela ação humana na sua vegetação nativa, reduzindo sua diversidade de espécies úteis, como aquelas de potencial medicinal. A pesquisa buscou levantar o acervo de plantas medicinais localmente manejadas, além de verificar a importância cultural do processo.

Ao todo, foram executadas 21 expedições a campo e realizadas entrevistas semi-estruturadas aos informantes adultos, escolhidos aleatoriamente por residência. Nas 35 entrevistas feitas houve citações de 76 plantas de uso medicinal, sendo 44 espécies diferentes. As ervas mais comuns foram a Lippia alba (Mill.), popularmente conhecida como erva-cidreira, com 10,53% e a Mentha x villosa Huds (hortelã-verdadeiro) com 7,89%. Já entre as famílias de plantas, foram citadas as Lamiaceae (07) e Fabaceae (05), respectivamente conhecidas como “família da hortelã” e “família das leguminosas”. 

Quanto a origem, 55,26% das plantas citadas são nativas e 44,74% exóticas. De acordo com o levantamento feito pela pesquisadora, o conhecimento de uso desses vegetais têm sido transmitido de geração para geração em 77,63% dos casos entrevistados, e 22,37% por vizinhos ou amigos, evidência de que o manejo desses vegetais está intrinsecamente alojado na cultura histórica da região. Os resultados foram analisados e utilizados na produção de uma cartilha que aponta a diversidade de plantas medicinais assim como o uso delas baseado no conhecimento da população da área pesquisada. 

“Com base no que foi levantado, o entendimento da pesquisa é que se torna urgente entender o uso destes recursos para adotar práticas de manejo apropriadas a área, registrar o conhecimento cultural local e subsidiar descobertas de novos compostos etnofamacológicos”, alerta a professora, uma vez que a perda das plantas nativas contribuem para o uso de plantas medicinais obtidas em outros locais, como lojas e farmácias, assim como o uso de medicamentos alopáticos contribuindo a longo prazo para o desuso desse conhecimento.

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Pesquisa aponta problemas na água de comunidades rurais de Teresina

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  • Última modificação do post:29 de novembro de 2019
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O tratamento adequado da água para consumo é um cuidado essencial que deve ser tomado para manter a nossa saúde. Ingerir água contaminada pode causar diversas doenças como leptospirose, cólera, hepatite A, e muitas outras. Porém, infelizmente ainda existem muitos locais em que o processo de purificação da água não existe ou é insuficiente.

A pesquisa da professora Maria Christina Muratori, financiada pelo Edital Nº 002/2016 da Fapepi, buscou avaliar o grau de pureza da água que estava sendo utilizada para consumo humano em alguns assentamentos rurais de Teresina, e os resultados foram alarmantes.

Nove comunidades fizeram parte do estudo: Fazenda Nova, Santana Nossa Esperança, 17 de abril, Olga Benário, Vale da Esperança, Passagem de Santo Antônio, Nossa Vitória, Santa Helena I e Limoeiro.

 Para realizar a pesquisa, foram feitas análises microbiológicas que utilizaram o método Colilert , que dá resultados em 24 horas para coliformes totais e Escherichia coli, presente naturalmente nos organismos de sangue quente, mas que também pode ser responsável por infecções. Numa outra etapa, foram realizados exames parasitológicos, quando, explica a pesquisadora, foi utilizado o método de sedimentação.

Como resultado, foi identificado que a água que estava sendo utilizada não apresentava potabilidade, uma vez que foram encontrados até mesmo protozoários na água, que deveria estar limpa para ser consumida. No período chuvoso e intermediário, todas as amostras estavam contaminadas por coliformes totais e Escherichia coli, e 97,8% durante o período seco.

Em quatro desses assentamentos, 45% do total analisado, também foram encontradas os micro-organismos: Giardia, Entamoeba coli, Endolimax e Iodamoeba butchlti, causadoras de algumas parasitoses. Também foi constatado que resíduos e lixo muitas vezes são lançados no meio ambiente ou queimados, devido ao período grande entre uma coleta e outra, o que agrava o quadro de micro-organismos na água.

A professora conta que após esse período de análises, foram realizadas palestras com os moradores, enfatizando a necessidade da higiene geral, de filtrar ou ferver a água e do descarte adequado de lixo. Neste contato, foi levado um microscópio para que eles pudessem ver os micro-organismos com os próprios olhos, popularizando a pesquisa na própria comunidade. 

“Mostrei claramente a realidade da nossa observação das condições durante um ano de análises. Esperamos que as pessoas tenham entendido que a saúde deles está em perigo. Com isso se tornem conscientes da importância de tratar a água”, conta a pesquisadora.

A pesquisa, enquadrada no Programa Pesquisa para o SUS, gerou sugestões de encaminhamentos para o Sistema Único de Saúde, como a implantação de soluções integradas para saneamento rural, envolvendo a estruturação de equipes de agentes comunitários em saneamento, além da coleta adequada de lixo e construção de sistema de esgotos. 

Também foi sugerido o aumento do número de equipes de agentes comunitários de saúde para o processo de acompanhamento e conscientização sobre o tratamento da água para consumo humano e possíveis relatos de problemas relacionados à sua baixa qualidade entre os moradores. A realização de análises semestrais de água nestas regiões rurais e realização de campanhas e palestras sobre a importância da limpeza das caixas d’água, além da distribuição de hipoclorito de sódio, também foram sugeridas. 

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Inscrições abertas no Piauí para o Famelab Brasil 2020

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  • Última modificação do post:25 de novembro de 2019
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (Fapepi) comunica as inscrições para a edição de 2020 do edital da Famelab Brasil, concurso promovido pelo British Council em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (MCTIC/CNPq), a Confap e Fapesp. O edital se estende à 17  Fundações de Amparo pelo Brasil. 

O concurso consiste na elaboração de um vídeo com uma apresentação oral sobre um tópico de ciência ou tecnologia, com a duração máxima de três minutos, sem recursos de apresentação. As inscrições estão abertas até 31 de janeiro de 2020 e devem ser realizadas exclusivamente por formulário online.

O Famelab tem como objetivo promover a aproximação entre cientistas e público em geral, incentivar o desenvolvimento de competências de comunicação, em especial, a habilidade oral, desenvolver habilidades e oportunidades para cientistas e engenheiros se envolverem com o público de uma maneira interativa e informativa, reconhecendo a importância da comunicação, compartilhar conhecimento, inovação e ciência desenvolvidos em universidades, centros de pesquisa e empresas em uma ampla rede internacional. Ele foi lançado em 2005 pelo Festival de Ciência de Cheltenham, na Inglaterra, e está presente em 32 países. 

Podem se inscrever no FameLab Brasil pesquisadores das áreas de ciência, tecnologia, engenharia, matemática e medicina, com idade mínima de 21 anos, sem limite máximo, e fluentes em Português e Inglês que se enquadrem nos requisitos abaixo. Mais informações podem ser acessadas através do edital, clicando aqui

Não podem se inscrever pessoas com educação formal na área de Comunicação; e aqueles que trabalham e/ou participam ativamente em televisão, rádio ou canais de mídia social com mais de 100 mil inscritos.

No formulário, além de seus dados pessoais, o candidato deve enviar o link para o seu vídeo de inscrição com uma apresentação oral em Português de um tópico de ciência e/ou tecnologia, seguido da respectiva versão em Inglês. Os critérios do vídeo podem ser melhor compreendidos com o edital. 

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Pesquisa apoiada pela Fapepi avalia saúde bucal de crianças com microcefalia

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  • Última modificação do post:21 de novembro de 2019
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A microcefalia é uma condição neurológica que está chamando a atenção de pesquisadores, devido aos problemas decorrentes desta condição. É necessário portanto que sejam tomados cuidados específicos, dentre eles, com a saúde bucal, como mostra a pesquisa da professora Dra. Marcoeli Silva de Moura, titular da Universidade Federal do Piauí.

Apoiado pelo edital Fapepi/MS-DECIT/CNPq/SESAPI N° 002/2016 – PPSUS, o projeto teve por objetivo avaliar as alterações na cavidade bucal de crianças com microcefalia associada ao Zika vírus, condição com registro escasso na literatura científica. Com a pesquisa foi possível acompanhar essas crianças durante os três primeiros anos de vida, fase da erupção dos dentes de leite. 

“A partir do acompanhamento dessas crianças, pôde-se observar que elas apresentaram um retardo na erupção dentária. A erupção do primeiro dente representa um marco de desenvolvimento na vida da criança, e o completo desenvolvimento dentário capacita a criança a se alimentar adequadamente.  Crianças com microcefalia possuem mais chance de apresentar atraso na erupção do primeiro dente e alterações na sequência de erupção”, garante a pesquisadora, listando que há outros problemas que puderam ser observados.

“Além de apresentarem mais defeitos de desenvolvimento do esmalte nos dentes decíduos que crianças sem microcefalia. Esses defeitos de desenvolvimento dentário tornam os dentes mais suscetíveis ao desenvolvimento de cárie dentária. Outra alteração observada foi alteração na forma dos dentes. Algumas crianças com microcefalia apresentaram microdentes, dentes menores que o normal”, conclui.

Inicialmente, a equipe responsável pela pesquisa esperava acompanhar essas crianças no “Programa Preventivo para Gestantes e Bebês”, projeto odontológico de atenção materno infantil  da Universidade Federal do Piauí que funciona no Instituto de Perinatologia Social do Piauí, anexo da Maternidade Evangelina Rosa. Entretanto, em virtude das crianças estarem sendo acompanhadas no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) por uma equipe multidisciplinar, a equipe de pesquisadores deslocou-se para o CEIR para fazer o atendimento odontológico das crianças.

“No início da pesquisa cadastramos 79 crianças, mas ao final de dois anos de acompanhamento, apenas 59 permaneceram nas terapias oferecidas pelo CEIR. Conseguimos conscientizar os cuidadores sobre a importância da saúde bucal e treiná-los para realizar higiene bucal das crianças, promovendo um tratamento multiprofissional para esses pacientes. Foram realizados 445 atendimentos, com 35 visitas ao CEIR, doação de escovas, cremes dentais, aplicação tópica de flúor. Foram realizadas também restaurações e quatro frenotomias linguais em crianças com anquiloglossia (língua presa)”, relata a professora.

Para a professora, a pesquisa teve uma grande importância na melhoria do bem-estar dessas crianças e contribuiu no desenvolvimento da pesquisa em saúde bucal, uma vez que despertou nos cuidadores e demais profissionais de saúde uma maior atenção com relação ao tema. Ele defende ainda que, caso a pesquisa não fosse realizada, essas crianças não teriam assistência odontológica. Os dados apontados por Marcoeli mostram que a maioria delas possui atraso cognitivo e motor, e que 80% utilizam alimentação pastosa e 75% utilizam anticonvulsivantes. “É uma população altamente suscetível para o desenvolvimento de doenças bucais, que necessita de acompanhamento periódico”, comenta a pesquisadora.  

Microcefalia

A Microcefalia é uma condição neurológica em que o tamanho da cabeça e/ou seu perímetro cefálico occipito-frontal (OFC) tem um tamanho abaixo da média para a idade.Também é chamada de nanocefalia. A microcefalia pode ser congênita, adquirida ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida. Pode ser provocada pela exposição a substâncias nocivas durante o desenvolvimento fetal ou estar associada com problemas ou síndromes genéticas hereditárias. Pesquisas recentes descobriram a relação da condição com o vírus Zika.

Dependendo da causa, a microcefalia pode apresentar-se como anomalia isolada ou associada a outros problemas de saúde em manifestações sindrômicas tipo: paralisia cerebral, epilepsia, déficits de visão e audição, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala.

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Fapepi realiza ação de divulgação do Programa Centelha pelo Piauí

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  • Última modificação do post:19 de novembro de 2019
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Com o intuito de aumentar o seu alcance, o Programa Centelha Piauí começou a ser divulgado nos diversos territórios do estado. Hoje (19), o Professor Dr. Ciro Gonçalves e Sá, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Fapepi, apresenta o Programa na cidade de Floriano. 

Na sexta-feira (15) houve apresentação do Programa Centelha na Jornada de Odontologia de Parnaíba na Universidade Federal do Delta do Parnaíba com a presença de acadêmicos e profissionais na área de odontologia do Piauí e de outros estados.  Já sábado (16), também no litoral, foi a vez do Programa ser apresentado no Congresso Internacional de Saúde do Delta do Parnaíba com a presença de profissionais da área de saúde em várias regiões do país e principalmente de acadêmicos de cursos de Saúde. 

“Este é um importante Programa para o fomento de ideias que sejam inovadoras e empreendedoras para o Piauí. É certo que ele contribuirá muito para o desenvolvimento do Estado”, afirma Ciro. 

O Programa Centelha é uma iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e operada pela Fundação CERTI.

As inscrições do Programa Centelha do Piauí estão abertas desde o dia 05 de novembro e encerram no dia 20 de dezembro de 2019. Inscrições e outras informações podem ser conferidas no link: http://www.programacentelha.com.br/pi/. 

O objetivo é estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil, uma vez que o edital também acontece em outros estados. O programa irá oferecer capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. 

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