Entre os dias 12 e 14 de dezembro, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) promove o Seminário Internacional Juventudes e Desigualdades: Juvenicídio na América Latina e suas Dinâmicas de Violência no Piauí. O evento é uma realização do Núcleo de Pesquisa sobre Criança, Adolescentes e Jovens (NUPEC) e também conta com a organização do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL).
O evento visa ser um espaço de debate sobre as temáticas das desigualdades, violências e Juvenicídio. Para isso, promoverá uma discussão envolvendo pesquisadores, gestores e, principalmente, jovens. Assim, a comunidade interessada poderá refletir, apreender e compartilhar conhecimentos sobre o tema proposto que entrelaçam a vida de jovens em zonas periféricas das cidades.
Inscrições
Participantes: até 3 de dezembro de 2022
Envio de trabalhos para apresentação em GT’s: até 6 de dezembro de 2022
Entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro acontece a 18º edição do Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral. No evento também ocorrerá o 15º encontro do comitê Temático RedeAPLmineral.
O seminário será realizado no auditório do IFPI Teresina de forma híbrida e gratuita. O tema desse ano será “Planejamento e Gestão para Estruturação e Sustentabilidade dos APL de Base Mineral”. Na edição de 2022, serão ofertados minicursos e visitas técnicas aos APls de Base mineral do Estado do Piauí. Apls são aglomerações de empresas e empreendimentos que apresentam especializações produtivas.
O objetivo do evento é disseminar e estimular práticas favoráveis de gestão e inovação, além e divulgar as potencialidades da mineração e da transformação mineral. Acontecerá ainda uma cerimônia de entrega do Prêmio Melhores Práticas em APL de base Mineral. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) é apoiadora ouro do evento.
Nesta terça-feira (29) foi realizada a Solenidade de Abertura do XII Seminário de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A abertura do eventou contou com a presença do Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), Antonio Cardoso do Amaral, da Coordenadora-Geral do Seminário Integrado da UFPI (SIUFPI) e Pró-Reitora de Extensão e Cultura, professora Dr.ª Deborah Dettmam Matos, além de outras autoridades que estavam presentes no local.
Na abertura do evento foi realizado o lançamento do primeiro edital de fomento à extensão da FAPEPI. O edital, bem como seus anexos, podem ser acessados clicando aqui. O presidente da instituição falou sobre a importância do programa para o desenvolvimento do Estado.
“Nós estamos aqui no Seminário Integrado da Universidade Federal do Piauí, um conjunto de seminários, especialmente, hoje o seminário de Extensão e Cultura. Estou aqui com a professora Deborah, porque hoje é um dia muito especial para todos nós. Ela é responsável em articular uma importante demanda desse setor. Em conjunto com os pró-reitores de extensão dos demais institutos de pesquisa e extensão como: a Universidade Estadual do Piauí [UESPI]; o Instituto Federal do Piauí [IFPI], e também a Universidade Federal do Delta do Parnaíba [UFDPar], que vieram até a Fundação de Amparo à Pesquisa, a FAPEPI, e motivaram sobre a demanda no Estado em lançar um edital de apoio à extensão”, ressalta o presidente da FAPEPI.
O edital objetiva a redução das desigualdades ou vulnerabilidades sociais , promovendo o desenvolvimento socioeconômico e ambiental nas diferentes microrregiões do Piauí. A promoção da formação de recursos humanos em projetos extensionistas desenvolvidos em ambientes sociais e produtivos. Além de estimular a interação da comunidade acadêmica com a sociedade por meio da identificação e diagnóstico de demandas locais. Também visa promover a integração entre ações de extensão e pesquisa, além de estimular atividades de extensão tecnológica e de inovação. As inscrições iniciam no dia 1º de dezembro de 2022 até o dia 30 de janeiro de 2023 e poderá ser realizada através da Plataforma SigFAPEPI.
“Esse é um momento histórico. Nós estamos na abertura do XII Seminário de Extensão e Cultura da Univerisdade Federal do Piauí, e temos o privilégio de convidar os professores e estudantes extensionistas do Estado do Piauí a submeterem propostas para o edital da FAPEPI. Esse edital é histórico e prevê R$ 720 mil, selecionando 24 propostas de R$ 30 mil para auxiliar o trabalho em todas as regiões do Estado que queiram desenvolver políticas de extensão”, destaca a pró-reitora de extensão.
A professora Deborah Mattos, convida a todos para participarem do evento que ocorrerá também pela tarde, com palestras, minicursos, oficinas, etc.
“Nós fazemos o convite para que as pessoas interessadas possam acessar o site da FAPEPI, o site da Universidade Federal do Piauí, por meio da pró-reitoria de extensão e cultura, que queiram submeter propostas para auxiliar o fomento da política de extensão no Estado. Muito obrigada, fica esse convite para que as pessoas participem desse evento, e na parte da tarde continuaremos com novos minicursos e atividades de extensão”, finaliza.
Mesa de honra da solenidade de abertura do IV SIUFPI. Foto: Jessé Pereira
Nesta terça-feira (22), a Universidade Federal do Piauí (UFPI), realiza a solenidade de abertura da 4ª edição dos Seminários Integrados da UFPI (SIUFPI). A mesa de honra contou com a presença do Reitor da UFPI, Gildásio Guedes, da Coordenadora-Geral do SIUFPI e Pró-Reitora de Extensão e Cultura, professora Dr.ª Deborah Dettmam Matos; além de representantes do Governo do Piauí, como o deputado federal Fábio Abreu; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), professor Me. Antonio Cardoso do Amaral e a governadora do Estado do Piauí, Regina Sousa. Também esteve presente o professor Dr. Samuel Pontes, Superintendente da FADEX; e demais autoridades. O evento contou com o amparo da FAPEPI.
Vice-reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Prof. Dr. Viriato Campelo. Foto: Jessé Pereira
O Vice-reitor da UFPI, Prof. Dr. Viriato Campelo, destacou a importância das instituições de fomento e o apoio à ciência para à pesquisa científica na comunidade universitária piauiense. “A FAPEPI, por exemplo, tem uma contribuição fundamental. Eu tenho consciência. Nós temos confiança que a universidade fará o seu papel. O próprio presidente atual, o professor Amaral, nos informou agora que praticamente 60% dos recursos que estão dentro da FAPEPI são destinados à Universidade Federal do Piauí. E nós estamos perfeitamente de acordo que esses recursos são usados para grandes pesquisas, incrementar os programas de Pós-graduação que nós temos aqui, e todos os demais projetos, no sentido de ampliar cada vez mais a Pesquisa e Pós-graduação. Eu sei da participação da FAPEPI, sei da capacidade de outras instituições, como por exemplo, a Universidade Estadual do Piauí [UESPI], além das demais instituições. Então, é importante a participação dos órgãos governamentais, Federais como a CAPES, CNPQ, Ministério da Ciência e Tecnologia, assim como os órgãos estaduais e municipais.”, destaca o professor.
Durante a cerimônia o Presidente da FAPEPI, Antonio Cardoso do Amaral, foi homenageado e recebeu placa. Foto: Yury Pontes
O professor Antonio Amaral, presidente da FAPEPI, destaca a importância do evento e do amparo à pesquisa. “Este tipo de evento é fundamental para dar visibilidade ao conteúdo científico, tecnológico e inovações produzidos dentro da academia. O amparo, como a FAPEPI realiza, permite não só que essas pesquisas sejam viabilizadas, mas também que estudantes tenham condições de dedicar tempo à ciência”, afirma.
O Superintendente da Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (FADEX), destaca a importância dos investimentos na ciência através dos órgãos competentes para o desenvolvimento da pesquisa científica e o seu acesso a esses recursos.
Superintendente da FADEX, Prof. Dr. Samuel Pontes. Foto: Jessé Pereira
“As fundações de apoio e as fundações de amparo, no caso, da FADEX e a FAPEPI, são entidades que fomentam, permitem e proporcionam que as instituições de ensino e os pesquisadores, assim como demais estudantes, tenham acesso a recursos financeiros para o desenvolvimento da ciência no estado. Então, a gente procura gerir a FADEX como uma instituição que funciona como um catalisador do processo de produção científica. Então, garantimos o acesso a alguns financiadores. E quando as instituições precisam de algum apoio em forma de patrocínio ou mesmo de gestão administrativa e financeira, a FADEX é quem tem o Know-how e toda essa expertise para garantir a realização de eventos grandiosos. Como é o SIUFPI”, afirma o Prof. Dr. Samuel Pontes.
Vale destacar que o último dia para inscrição no evento é hoje (22). O encerramento ocorrerá no dia 1 de dezembro. A Coordenadora-Geral do SIUFPI, professora Dr.ª Deborah Matos, convida a comunidade para participar dos espaços. “Eu faço o convite para que não só os alunos que fizeram o trabalho, mas que toda a comunidade, tanto da universidade como externa, possa participar do evento, porque ele é um evento que é aberto para toda comunidade. Então qualquer pessoa pode se inscrever nas mesmas conferências a depender da área de interesse que deseja estudar, que vai desde a área de cultura, que nós temos maestros, até a área de medicina, dentre outras. Então a pessoa pode acessar o nosso site e se inscrever gratuitamente em qualquer uma, em qualquer uma dessas atividades”, convida Deborah Matos.
Coordenadora-Geral do SIUFPI, Deborah Dettmam Matos. Foto: Jessé Pereira
No último dia do evento a professora, destaca que será realizada uma cerimônia de premiação aos melhores trabalhos desenvolvidos na universidade. “Nós iremos realizar uma cerimônia de premiação dos melhores trabalhos que foram desenvolvidos na universidade. Então, não só os alunos eles publicam, como também podem competir, e assim nós poderemos homenagear aquilo que existe como critério fundamental da universidade, o critério meritório. Então, os melhores trabalhos serão premiados no encerramento dessa atividade”, destaca.
O Seminário Integrado da UFPI, conta com sua quarta edição. A professora ainda afirma que esse evento é um resumo que busca apresentar aos participantes todos os trabalhos que foram desenvolvidos por todas as unidades da Universidade Federal do Piauí.
“Esse é um momento que acontece anualmente, em que a comunidade tem a oportunidade de expor o trabalho que ela desenvolveu no decorrer do ano. Além disso, nós aproveitamos essa oportunidade para poder organizar centenas de mesas, palestras, minicursos, mostra de comunidades que são desenvolvidas com temáticas desde ensino à assistência comunitária, além dos colégios técnicos em todas as áreas do saber”, finaliza.
São trabalhos na área de pesquisa, trabalhos na área de extensão, pós-graduação, dissertações e teses. Deborah reitera que esse evento é de grande importância para a comunidade científica no Piauí e para o público interessado no tema.
Está disponível o resultado da Chamada de Propostas nº 003/2022 – Iniciativa Amazônia+10. O anúncio dos projetos aprovados foi realizado nesta quinta-feira, 17 de novembro, em evento online transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da Agência FAPESP. O Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), Antonio Cardoso do Amaral, participou da reunião da através de plataforma virtual.
A Chamada de Propostas da Iniciativa Amazônia +10 foi lançada em junho de 2022, e tem por objetivo apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico em instituições de ensino e pesquisa e em empresas sobre os problemas atuais da Amazônia, que tenham como foco o estreitamento das interações natureza-sociedade para um desenvolvimento sustentável e inclusivo da região.
Ao todo, foram contempladas 39 propostas de 18 Estados e do Distrito Federal, e os investimentos das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) totalizam R$ 41.982.844,23.
Além dos investimentos das FAPs, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou o aporte de R$ 12.000.000,00 em bolsas de pesquisa para os projetos aprovados dos estados que compõem a região da Amazônia Legal.
Publicada na edição desta quarta-feira, 26 de outubro, do Diário Oficial da União, a atualização do edital também altera o cronograma previsto para 2023. No próximo ano haverá divulgação dos resultados preliminar – a partir de 20 de janeiro –, e final, em 10 de fevereiro. As assinaturas dos acordos de cooperação técnica, também devem ocorrer nesse mês, e o início de fato dos projetos, em março.
O valor destinado ao edital será de R$ 126,1 milhões. Deste total, R$21,2 milhões são para bolsas de mestrado, R$ 92,9 milhões para as de doutorado e R$ 11,9 milhões para pós-doutorado. As Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) devem entrar com contrapartida na forma de custeio de, pelo menos, 30% do montante destinado pela CAPES às bolsas, em cada projeto.
Já as instituições de ensino superior (IES) que tomarão a frente da parceria nos casos em que as FAP não manifestaram interesse em participar, devem apresentar demonstrativo de contrapartida não financeira. Isso se dá pela oferta de benefícios aos pesquisadores ou por melhorias estruturais para o fomento à formação de pessoal e à pesquisa.
Sobre o PDPG – Parcerias Estratégicas com os Estados III Pelo Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Parcerias Estratégicas com os Estados III, a CAPES e as FAP ou instituições de ensino superior (IES) atuam em conjunto para ampliar a formação de pessoal qualificados em temas prioritários para os estados. As próprias FAP ou IES são as responsáveis por definir os eixos temáticos que promoverão o desenvolvimento econômico, educacional e social local. Serão financiados até 81 projetos, no limite de quatro por proponente.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) realizou nesta quinta-feira (20), oficina de orientações para a fase 2 do Programa Centelha II Piauí.
O evento ocorreu na modalidade presencial e também foi transmitido através da plataforma Youtube. Para assistir a oficina acesse o link.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga a Chamada Pública para submissão de propostas de Pessoas Jurídicas de Direito Privado interessadas em apoiar ações e projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação por meio de parcerias, nas seguintes linhas de interesse.
O envio das propostas ao CNPq deverá ser feito ao endereço eletrônico sespi@cnpq.br, com o assunto “Chamamento Público”, até a data limite de 30/12/2022.
• As propostas devem atender a alguns dos seguintes temas:
• Apoio ao desenvolvimento de projetos científicos, tecnológicos e de inovação;
• Formação e qualificação de pessoas para a pesquisa e inovação, no país e/ou no exterior;
• Apoio e ações de prêmios, de divulgação científica, tecnológicas e de inovação; e Formação de redes de cooperação entre instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTS) e empresas/indústrias, no país e/ou no exterior.
Nas parcerias que envolver recursos financeiros para as ações a serem desenvolvidas, esses serão aportados pela empresa proponente, não havendo limite pré-estabelecido a ser investido.
Benefícios
• Atuação em abrangência nacional com a credibilidade do CNPq.
• Participação na agenda de pesquisa nacional.
• Fomento a ações e projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, a partir da demanda da empresa.
Além dos programas e modalidades de fomento já desenvolvidos e/ou mantidos pelo próprio Conselho, o CNPq tem interesse em outras ações que promovam o conhecimento científico, o desenvolvimento tecnológico e a inovação, com elevado potencial de impacto intelectual, social e econômico para o país e ainda capacidade de projetar mundialmente a ciência produzida no Brasil, observados os parâmetros internacionais de mérito e as boas práticas científicas.
O CNPq comunicará a empresa interessada a respeito da decisão pela abertura ou não de negociação para o estabelecimento da parceria pleiteada em até 45 (quarenta e cinco) dias após o recebimento da proposta.
Texto alterado em 20 de janeiro de 2023, às 12h49.
O Piauí atualmente conta com diversos estudos e pesquisadores no âmbito da Paleontologia, com destaque para aquelas realizadas por pesquisadores da UFPI, IFPI, UFPA, UFPE, UNICAMP e UFRGS, dentre outras instituições nacionais e internacionais.
A pesquisa realizada pelo Dr. Prof. Érico Rodrigues Gomes (IFPI Teresina Central), e financiada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), através do Edital nº 002/2021, apontou vestígios paleontológicos no entorno de Teresina e sua região metropolitana, como José de Freitas, Nazária, Altos e União, por exemplo.
Floresta Fóssil de Teresina. Foto: Reprodução Internet
“Então, Teresina está cercada por um conjunto de sítios paleontológicos importantíssimos que registram a história da vida na Terra, entre 330 e 280 milhões de anos. Essas idades, respectivamente, representam as unidades geológicas formação Piauí (Carbonífero) e formação Pedra de Fogo (Permiano)”, destaca o professor.
De acordo com o professor os fósseis encontrados em Teresina são datados do Período Permiano, que corresponde ao último período da Era Paleozoica. Segundo os estudos realizados pelo geólogo e pesquisador Dr. Luiz Saturnino Andrade, em sua Tese de Doutorado pela Universidade Federal do Pará (2019) “a Formação Pedra de Fogo, de forma geral, representa um sistema lacustre [conjunto de lagos] de clima árido, endorreico [não tem saída para o mar], frequentemente afetado por regimes de tempestades e alimentado por riachos efêmeros [temporários]”. Eram grandes lagoas que existiram há 290 milhões de anos, onde hoje é o vale do rio Parnaíba, algo como um oásis num deserto, circundado por palmeiras e árvores.” O professor destaca que este ambiente ficou registrado nas rochas sedimentares no processo de formação das florestas fósseis.
“É fácil visualizar os lagos; se pesquisar na internet os lagos de desertos, a gente vê aqueles locais com palmeiras em volta, vegetação. Era algo similar só que 290 milhões de anos atrás. Esses oásis (as lagoas), eram circundadas por uma vegetação exuberante. Em regiões áridas demora chover, mas são eventos de chuvas torrenciais. Quando vem, aparece aquela tromba d’água. Então, inundava, alagava e algumas dessas árvores foram soterradas e depois houve um processo de fossilização, chamado de permineralização, onde há a substituição da matéria orgânica pela sílica. Assim, essas árvores e troncos foram então preservados até os dias atuais”, conta o professor.
Teresina está inserida na Bacia Sedimentar do Parnaíba, formada por um conjunto de rochas sedimentares com idade desde o Siluriano, que tem uma idade de aproximadamente de 460 milhões de anos”, destaca Érico.
De acordo com Mauro Sérgio Lima et al. (2015), no livro Métodos em Ecologia e Comportamento Animal, esse período corresponde ao “momento da história da Terra, onde se observa o surgimento e diversificação da maioria dos filos de animais, e é chamado de Fanerozóico (vida visível, em grego)”. Ele é segmentado em três Eras. A primeira Era é denominada de Paleozoica, e que por sua vez, responde pelo surgimento da maioria dos animais atuais. Esta Era Paleozoica, é dividida em seis períodos, compreendendo, assim, o período Siluriano, como o terceiro período da Era Paleozoica, o Carbonífero o quinto, e o Permiano o sexto.
“Esta unidade, em Teresina, é marcada pela presença de fósseis. Não só em Teresina, mas no entorno da capital também, como por exemplo, Altos, onde foi identificada a floresta fóssil, na zona rural. Aqui em Nazária foram identificados alguns antigos lagos com peixes. Em José de Freitas, foi identificado um antigo ambiente marinho raso, riquíssimo em organismos invertebrados marinhos como Bivalves e Gastrópodes”, acrescenta.
“Em Teresina, a despeito de ser cercada por importantes sítios paleontológicos de idade Permiana, como aqueles já conhecidos em Nazária, José de Freitas, Altos e União. Apresentam ainda maiores possibilidades da descoberta de novos indícios fósseis em regiões rurais, na medida que novas pesquisas sejam realizadas.
Presença de fósseis em Teresina. Foto: Reprodução Internet
Em Teresina, em particular, o professor destaca que há a presença de troncos fossilizados tanto na zona urbana como na zona rural. Ao norte de Teresina. E especialmente ao longo do vale do rio Poti, em uma ilha paleontológica próxima à região do zoobotânico. É possível visitar a floresta fóssil mais conhecida em nossa capital, e que está localizada em frente ao Teresina Shopping.
“Também há a presença de troncos na região do povoado Alegria, mais ao sul. Então ao longo do Vale do Rio Poti, é riquíssimo com ocorrência de muitos fósseis. Não só de troncos, mas também estromatólitos”, destaca Érico.
Perguntado sobre os problemas que envolvem esses locais, Érico relatou que um dos principais problemas é a degradação ambiental encontrada nesses sítios fossilíferos, e como que esses impactos ambientais interferem na preservação desse patrimônio natural paleontológico encontrado em nosso estado.
“Eu acho que o principal problema nesses sítios paleontológicos é o descaso. E o desconhecimento por parte da população, da sua importância ao contar uma parte da história da Terra, particularmente, desse pedaço de chão, o nosso estado do Piauí. Há um desconhecimento muito grande das pessoas. Por conta disso, o nosso projeto foi prorrogado por mais um ano, justamente para trabalhar a educação ambiental, a divulgação nas escolas, a divulgação com os pescadores e com banhistas, em locais onde tenham fósseis nas proximidades.
Instituições como a FAPEPI são importantes para que essas pesquisam possam ocorrer, e com o aporte necessário para o desenvolvimento dos estudos, seja possível preparar políticas públicas de preservação desses espaços. Esse é um compromisso que os próximos governos devem manter com o nosso estado.
“É um processo lento, e difícil, trabalhando com adultos e com crianças. Mas a gente vai conseguir, tenho certeza, através do apoio da FAPEPI nessas ações. Então, outro impacto ambiental, um dos principais, é a queimada. E muitas vezes os pescadores juntam os troncos ali para fazer aquela fogueira, e pela noite fazem o fogo para cozinhar o alimento, imagino, talvez, para cozinhar o peixe também. Então, ao tocar fogo e os fósseis sendo usados como apoio para as panelas, o tronco fóssil se fragmenta todo. É uma perda irreversível. Algo que está preservado há mais de 290 milhões de anos, é destruído em segundos”, desabafa Érico.
“A gente precisa educar esses pescadores, para que ao fazerem essas fogueiras, eles precisam conhecer o que é um tronco fóssil para poder identificar e evitar esse tipo de ação danosa ao patrimônio. E claro, estamos falando de leito de rios, riacho São Vicente, rio Poti, todo o impacto ambiental que envolvem esses rios: falta de saneamento; esgoto; desmatamento em suas margens, são impactos que, de certa forma, também atingem esse patrimônio natural paleontológico que é encontrado no seu leito e em suas margens”, destaca.
O turismo local e cooperação científica também são prejudicados com o descaso ocasionado pelo desconhecimento desses fósseis, e o descaso com a preservação desses espaços é preocupante. Há possibilidade de construirmos um roteiro científico, de turismo paleontológico envolvendo Teresina e as cidades do entorno. Temos o mais difícil, a presença desse rico patrimônio natural.
“Como vou levar um turista ou pesquisador a estes locais? Já aconteceu várias vezes, estava acompanhado de pesquisadores de fora que foram conhecer, visitar. Estão abandonados, estão com todo tipo de resíduos. Água contaminada, falta de saneamento, etc. Isso prejudica nossa cidade, prejudica nosso estado, e mostra um descaso com a questão ambiental que nós vivemos, infelizmente. Mas há uma política de saneamento básico em curso na nossa cidade, no nosso estado. Há um projeto de um museu no espaço da Floresta Fóssil do rio Poti, então tem sempre esperança que as coisas melhorem e que vai melhorar”, finaliza.
O Programa é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), operada pela Fundação CERTI e executada no Piauí pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (FAPEPI).
O Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DDCT) da FAPEPI, Ciro Gonçalves Sá, ressalta que nessa primeira etapa foram selecionados 200 projetos para desenvolvimento de empreendimentos inovadores. Ele também destaca que ao todo 416 projetos foram submetidos na primeira fase.
“Chegamos ao final da primeira fase do Centelha II Piauí. Essa primeira fase, teve como intuito selecionar ideias inovadoras que buscam empreendimentos de sucesso no Piauí. Nesse primeiro momento, foram avaliadas as 200 ideias entre 416, onde se destaca projetos que englobam a educação, saúde, tecnologia da informação, entre outros projetos”, destaca Ciro Sá.
Como funciona
O Programa Centelha visa estimular a criação de empreendimentos inovadores, a partir da geração de novas ideias, e disseminar a cultura do empreendedorismo inovador em todo território nacional, incentivando a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas locais, estaduais e regionais de inovação do país.
No endereço eletrônico, é possível obter mais informações sobre o programa e seu edital detalhado em todos os estados.
“É importante destacar que, a partir de agora, os 200 projetos aprovados na primeira fase terão uma nova concorrência, e deverão novamente submeter seus projetos, identificando quais são as características importantes para um empreendimento de sucesso; como eles pretendem ganhar dinheiro a partir da sua ideia; e como o projeto será desenvolvido ao longo do Programa Centelha”, finaliza Ciro.
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