Pesquisa da UFDPar avalia impactos da pandemia entre a população idosa

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A pandemia da covid-19 se revelou um problema de saúde sem precedentes na história recente da humanidade e que logo no início atingiu de forma significativa especialmente as pessoas idosas em diferentes partes do mundo. No início da emergência sanitária, quando muitas pessoas ainda não tinham a real dimensão da gravidade da crise, a população idosa foi a grande vítima fatal do vírus pelo mundo, em especial na China e Itália, no primeiro semestre de 2020. 

A situação de crise sanitária mundial também suscitou questões éticas com relação ao direito à vida e à legitimidade dos direitos dos idosos. Como se já não fosse suficiente ter de lidar com as possibilidades de dificuldades a mais que a idade avançada pode trazer, como riscos de doenças, o grupo etário mais velho também é vítima de um conjunto de preconceitos conhecidos como idadismo, ou etarismo, um preconceito que leva estereótipos negativos para a velhice e que põe como ideal de vida uma eterna juventude, além de enxergar o idoso na sociedade como alguém improdutivo e que, por isso, pode ser descartado. Essa pandemia acentuou a culpabilização dos idosos por terem criado demanda para o sistema de saúde mais do que jovens, que são vistos como produtivos.

Levando em conta essas problemáticas, é um fato que as tensões impostas pela pandemia, como o medo de contaminação e a falta de recursos, fizeram emergir alguns debates, entre os quais o fato dos idosos terem sido considerados uma das principais preocupações nesse momento de crise. Nesse sentido, diante da escassez de estudos mais profundos acerca de como a qualidade de vida social dos idosos durante a pandemia foi afetada, foi aprovada pelo Edital 002/2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI), a pesquisa coordenada pelo professor Ludgleyson Fernandes de Araújo do departamento de Psicologia da Universidade do Delta do Parnaíba (UFDPar) intitulada “Qualidade de vida e representações sociais frente à pandemia da covid-19: Um estudo entre idosos brasileiros.”

A pesquisa é exploratória e descritiva, utiliza dados transversais e contou com a participação de 130 idosos com 60 anos ou mais de ambos os sexos, residentes no Brasil. O trabalho foi organizado em dois estudos: No Estudo I elaborou-se uma pesquisa sobre as representações sociais de idosos em relação à covid-19. No Estudo II realizou-se um estudo sobre a qualidade de vida na velhice. O objetivo central dos pesquisadores é que este conjunto de pesquisas possam oferecer subsídios para a elaboração de estratégias e a implementação de melhorias nas práticas psicossociais frente à qualidade de vida na velhice e suas implicações frente a covid-19, a fim de fornecer subsídios teórico-práticos para os serviços de assistência social e para as pessoas idosas frente à pandemia.

“O distanciamento social das famílias e dos amigos foi o que mais afetou os idosos durante a pandemia. A qualidade de vida também transparece na pesquisa estar associada à saúde e aos recursos financeiros. Além da solidão que também aparece muito como uma das coisas que afeta esse grupo”, relata Gutemberg Sousa, bolsista de iniciação científica.

Também foram objetos do estudo compreender como os idosos brasileiros elaboram suas vivências acerca da velhice; como atuam os fatores sócio-cognitivos relacionados à representação da qualidade de vida na velhice de idosos brasileiros; conhecer a estrutura das representações sociais da qualidade de vida e pandemia da covid-19; elaborar material educativo em saúde (cartilha informativa acerca da pandemia na velhice que sirva de orientação aos familiares, idosos, coordenadores de grupos de convivências para idosos, psicólogos e demais profissionais da área da saúde e da educação); desenvolver um aplicativo para smartphone gratuito (iOS e Android) com informações educativas em saúde sobre qualidade de vida e a covid-19 para ser usado por profissionais de saúde, cuidadores, familiares e os próprios idosos.

“Essa pesquisa que levamos a cabo tem parceria com a Universidad Católica del Maule, do Chile, e a Universidad de Zaragoza, na Espanha, onde temos feito uma pesquisa transcultural. Nós sabemos que grande parte dos nossos idosos sofreram um impacto muito grande, muitos inclusive vieram a óbito. Frente a isso, este trabalho tem dado uma contribuição bastante significativa porque nós temos entendido que a qualidade de vida está muito associada à forma como a saúde e as políticas públicas chegam às pessoas idosas. Muitos idosos relatam que vivem o seu envelhecimento de forma ativa, produtiva, com independência, mas por outro lado muitos deles sofreram impactos nas suas famílias, amigos, pessoas próximas, e isso tem causado certo sofrimento psíquico neles”, conta o professor Ludgleyson.  

Ao longo da pesquisa foi aplicado um questionário sóciodemográfico, com a finalidade de obter informações sobre idade, sexo, estado civil, etnia, renda, orientação sexual, religião, se já foi vacinado contra a covid-19; um teste de Associação Livre de Palavras (TALP), com o qual foi possível obter um conjunto de representações sociais sobre qualidade de vida e pandemia da covid-19 e uma entrevista semiestruturada, para compreender as percepções dos participantes sobre velhice, qualidade de vida e pandemia da covid-19.

Os pesquisadores agora buscam com os resultados obtidos fomentar o desenvolvimento de práticas educativas junto a comunidade de idosos através de palestras, seminários, para disseminar informações que alcancem todos os campos de atuação em que a pandemia da covid-19 na velhice possa estar presente, visando o enfrentamento das situações adversas; encorajar novas produções acadêmico-científicas nacionais e internacionais; incrementar a internacionalização da pesquisa com o grupo de investigação dos pesquisadores no “Núcleo de Pesquisa e Estudos em Desenvolvimento Humano, Psicologia Educacional e Queixa Escolar” no Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFDPar.

“É uma pesquisa que tem uma grande contribuição para dar à psicogerontologia brasileira, em particular ao Piauí, na medida que estamos descobrindo e trazendo dados recentes de como a chegada da pandemia afetou negativamente a vida dos idosos”, afirma o professor.

Os resultados alcançados e as contribuições transculturais vão contribuir para uma maior robustez teórica e conceitual acerca do envelhecimento e o enfrentamento da pandemia da covid-19 com dados empíricos gerados em nosso meio, bem como na intervenção eficaz para convivência saudável das pessoas idosas e as diferentes faixas etárias. “Gostaria de agradecer à FAPEPI pelo fomento dado à pesquisa piauiense, na forma dos editais de iniciação científica, em especial da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. Esperamos que possamos futuramente firmar novas parcerias para a produção do conhecimento científico”, finaliza o professor Ludgleyson.

O termo “ageism” (ou etarismo) foi criado por Robert Neil Butler, gerontólogo, em 1969, para se referir à intolerância relacionada à idade. De lá para cá, o mundo seguiu vendo o envelhecimento da população mundial, com o aumento das expectativas de vida nos países. A expectativa de vida global aumentou de 64,2 anos (em 1990) para 72,6 anos em 2019, e deve chegar a 77,1 em 2050; e em 2018, pela primeira vez, pessoas com 65 anos ou mais superaram em número as crianças menores de cinco anos no mundo, segundo dados da ONU, divulgados em junho de 2019 pela Agência Brasil. Fato é que os idosos são os grandes responsáveis para a coesão social e a cultura, por serem os atores que testemunharam acontecimentos históricos e que trazem essa memória para a melhor compreensão da vida pelos mais jovens, além de ser uma população crescente devido a queda das taxas de fecundidade e aumento da expectativa de vida.

O site das Nações Unidas Brasil destaca algumas recomendações para essa faixa etária, entre elas: que nenhuma pessoa, jovem ou velha, é dispensável, e que os idosos têm os mesmos direitos à vida e à saúde que todos os outros; que embora o distanciamento físico tenha sido crucial nos piores momentos, não se pode esquecer que o mundo é uma comunidade e que todos estão ligados; que todas as respostas sociais, econômicas e humanitárias devem levar em consideração as necessidades dos idosos, desde a cobertura universal de saúde à proteção social, trabalho decente e pensões. O secretário-geral da ONU também disse que o mundo não deve “tratar as pessoas mais velhas como invisíveis ou impotentes.”

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Iniciadas as submissões de propostas para o Edital de apoio a eventos científicos

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A Fundação de Amapro à Pesquisa no Piauí – FAPEPI comunica a todos os pesquisadores vinculados à Instituições, órgãos ou empresas de Ensino Médio, Técnico, Tecnológico, Superior e/ou de Pesquisa, públicos ou privados sem fins lucrativos, sediados no Piauí e a sociedade civil piauiense a abertura do período de submissão de propostas no âmbito do Edital Nº 006/2022 – Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos, de Divulgação Científica e Tecnológica – PAP – Divulgação Científica da FAPEPI, que regulamenta a concessão de apoio financeiro à realização de eventos e produções técnico-científicas, artística/cultural de reconhecida relevância científica, tecnológica, artística e literária para o desenvolvimento do Estado do Piauí.

O período de submissões inicia hoje, dia 25 de julho de 2022 e se estende até o dia 28 de outubro de 2022. As propostas poderão abordar temáticas de qualquer uma das áreas dos conhecimentos que compõem as Câmaras Técnico-Científicas da FAPEPI; deverão apresentar previsão de execução no período de julho a dezembro de 2022 e devem ser encaminhadas através do sistema SIGFAPEPI (http://sistema.fapepi.pi.gov.br/).

Para apresentar solicitação de apoio financeiro ao evento, o proponente deverá ter seu currículo, bem como os demais integrantes da equipe executora, cadastrado no SIGFAPEPI e na Plataforma Lattes (www.lattes.cnpq.br/) atualizados; possuir preferencialmente, o título de Doutor; ter atuação em área afim com a do evento a ser realizado; ser o coordenador da proposta de realização do evento; ter vínculo formal e efetivo com a instituição, empresa ou órgão de execução da proposta; apresentar uma única proposta para o referido Edital e não possuir qualquer inadimplência, seja relatórios ou prestação de contas com a FAPEPI ou com a Administração Pública Estadual.

Serão destinados a este Edital recursos financeiros no valor total de até R$ 611.347,00 (seiscentos e onze mil, trezentos e quarenta e sete reais) oriundos do tesouro estadual do Piauí e definidos na programação orçamentária da FAPEPI. O apoio financeiro será concedido de forma total ou parcial, em relação ao orçamento e/ou ao plano de trabalho demonstrado na proposta de evento.

Para mais detalhes, confira a íntegra do Edital aqui.

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Pesquisa auxilia no diagnóstico de leishmaniose visceral utilizando inteligência computacional

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A Leishmaniose Visceral, ou calazar, é uma doença não contagiosa, por muitas vezes negligenciada, causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. No Brasil a doença ocorre em média com cerca de 3.500 casos/ano. A doença afeta, além do homem, um número considerável de mamíferos, com destaque para cães e roedores. Os principais sintomas em humanos são febres, fadiga, perda de peso, anemia e aumento do tamanho do fígado e do baço. A Leishmaniose Visceral se não tratada, é altamente letal. No período entre 2008 e 2018, foram notificados 3.783 casos novos no Piauí. Com isso, observa-se que a quantidade de casos no estado vem aumentando. Ao se analisar o ranking da carga das doenças tropicais negligenciadas no Piauí, entre os anos de 2008 a 2017, constata-se que as leishmanioses ocupam a maior carga dentro do estado, ficando à frente de doenças como a doença de chagas, cisticercose e dengue.

O padrão geral para o diagnóstico das leishmanioses é o exame parasitológico, através da visualização direta do protozoário em microscópio ótico. No caso da Leishmaniose Visceral, os protozoários são obtidos através de amostras sanguíneas preferencialmente do baço, para maior precisão, mas também é possível utilizar amostra da medula óssea, linfonodos ou fígado. No exame físico é possível palpar o fígado e o baço para confimar o aumento de tamanho. O diagnóstico precoce da leishmaniose é muito importante pois os tratamentos possuem maior eficiência quando iniciados nas etapas iniciais da doença, principalmente para a leishmaniose visceral. Técnicas mais sofisticadas e caras raramente estão disponíveis nas regiões endêmicas, fazendo com que o diagnóstico por exame parasitológico seja amplamente utilizado. Entretanto, a precisão do método depende da carga parasitária e da habilidade do examinador. É recomendado que seja utilizado sempre mais de um método para um diagnóstico mais preciso.

Frente a isso, se faz necessário que se desenvolva tecnologias atuais e seguras para diagnóstico, tratamento e controle da doença. Com o intuito de ampliar os métodos de diagnóstico da Leishmaniose Visceral, está sendo desenvolvida uma pesquisa, contemplada pelo Edital 002/2021 – PBIC da FAPEPI, coordenada pelo professor Romuere Rodrigues, docente do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação na Universidade Federal do Piauí (Picos), do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Elétrica da UFPI e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFPI.

Com experiência na área de Processamento Digital de Imagens e Visão Computacional, tendo inclusive já participado do desenvolvimento de um método de identificação do glaucoma, utilizando descritores de textura combinados a Redes Neurais Convolucionais, o professor atualmente desenvolve o projeto intitulado “Método automático para detecção de Leishmaniose Visceral em humanos” de maneira semelhante, busca através de métodos automáticos baseados em visão computacional, auxiliar o diagnóstico.

O objetivo geral deste projeto é desenvolver um sistema computacional para auxílio ao diagnóstico da leishmaniose visceral em imagens de lâminas provenientes do exame parasitológico (microscopia) da medula óssea, aumentando a celeridade do diagnóstico. A equipe responsável também pretende criar uma base de imagens públicas de imagens de lâminas provenientes do exame parasitológico da medula óssea e disponibilizar a nova tecnologia ao SUS. “O material é colocado em uma lâmina e analisado no microscópio por especialistas. Uma lâmina gera uma grande quantidade de imagens, o que queremos é facilitar o trabalho de quem vai analisar a lâmina”, conta o pesquisador.

Esquema de diagnóstico por inteligência computacional

Uma vez que as características de todas as regiões são segmentadas, é possível utilizar algoritmos de aprendizagem de máquina para reconhecer a presença da LV nas imagens. O professor e sua esquipe estão utilizando além de redes neurais para classificação de dados, também outros métodos da literatura, tais como: máquina de vetor de suporte e comitê de classificadores (floresta aleatória, AdaBoost e XGBoost).

“A pesquisa está dividida, basicamente, em duas etapas: Detectar quais campos das lâminas possuem Leishmaniose, no processo de classificação de imagens; e nestas lâminas que possuem Leishmaniose, realizar a contagem da quantidade de parasitos, no processo de segmentação e contagem”, conta o professor Romuere.

Ilustração da metodologia utilizada

O professor revela que os resultados são animadores. Na utilização de redes neurais para classificação das imagens, os níveis de acurácia chegam a 99%. Com a prorrogação dos recursos da bolsa, a equipe conta com mais um ano para aprimorar os métodos de detecção. “A partir da classificação das imagens, será realizada a validação dos resultados da pesquisa, apresentando as taxas de acerto nos mais diversos cenários além do nível de confiabilidade da solução proposta. Essa última etapa de validação será feita utilizando as principais métricas para medir o desempenho dos algoritmos de classificação: acurácia, índice kappa e f-score. Após isso, teremos um MVP (Minimum Viable Product) da solução e o mesmo será disponibilizado ao SUS”, finaliza o professor.

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FAPEPI e CNPq investem 5,6 milhões em regionalização e interiorização de doutores

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Reunião com os bolsistas do PDCTR

Na última sexta-feira, dia 8 de julho de 2022, ocorreu uma reunião online entre pesquisadores contemplados pela bolsa do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional no Estado do Piauí (PDCTR). Nesta reunião eles se apresentaram, bem como apresentaram sua equipe técnica e seus respectivos planos de trabalho. Esta reunião contou com a presença de 8 bolsistas.

As propostas aprovadas serão financiadas com recursos provenientes do orçamento da FAPEPI e com recursos do orçamento do CNPq, com base no Acordo de Cooperação CNPq/FAPEPI – PDCTR 2021-2031, destinado ao fomento de atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação no âmbito do Programa PDCTR no estado do Piauí.

Foram alocados para este edital recursos financeiros no valor total R$ 2.620.800,00 (dois milhões e seiscentos e vinte mil e oitocentos reais), oriundos do CNPq e R$ 210.000,00 (duzentos e dez mil reais) oriundos do Tesouro Estadual. 

O Acordo ainda prevê o lançamento de um novo edital, totalizando um valor global de R$ 5.661.600,00; 5.241.600,00 do CNPq e R$ 420.000,00 da FAPEPI.

Ao todo, 20 propostas foram aprovadas pelo edital. O resultado final foi disponibilizado no site da FAPEPI em abril de 2022. Além do resultado final, também foram publicados os resultados de classificados e recomendados fora do quadro de bolsas e também das propostas não recomendadas. 

O objetivo do edital é implementar o Programa PDCTR-PI no estado do Piauí, em conformidade com as normas do CNPq e da FAPEPI, tendo por objetivo estimular a fixação de recursos humanos com experiência em ciência, tecnologia e inovação e/ou reconhecida competência profissional em instituições ou empresas públicas ou privadas, de ensino superior e/ou de pesquisa científica, tecnológica e de  inovação.

O programa segue duas vertentes. A primeira delas é a regionalização, que é caracterizada pela atração de doutores de outras regiões do país para áreas metropolitanas. Nesse caso, não é permitida a concessão da bolsa a doutores formados e/ou radicados no próprio estado. 

A outra vertente é a interiorização, que se caracteriza pela atração de doutores para microrregiões reconhecidas pelo CNPq como de baixo desenvolvimento científico e tecnológico (fora das áreas metropolitanas), permitindo a concessão da bolsa a doutor formado ou radicado no próprio estado.

“O programa tem o objetivo de atrair e fixar doutores no Piauí. Ao se proporcionar a oportunidade deste pesquisador executar uma pesquisa, porventura um concurso público, isso conduz a um aprimoramento na qualidade das pesquisas, da formação dos graduandos e pós-graduandos das IES do estado, consequentemente repercutindo no desenvolvimento socioeconômico do Piauí”, afirma Eliana Morais, Gerente Técnico-Científica da FAPEPI.

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Inscrições para a chamada CONFAP-CNPq-THE UK Academies se encerram no dia 18 de julho

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A chamada CONFAP-CNPq-THE UK Academies, realizada em parceria com as instituições britânicas The Royal Society, The Academy of Medical Sciences e The British Academy foi lançada oficialmente no dia 25 de maio de 2022, com o objetivo de fomentar a vinda de pesquisadores britânicos para trabalharem em conjunto com pesquisadores brasileiros, em institutos de pesquisa e universidades sediadas no Brasil.

O fomento será oferecido pelas Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) que aderiram à chamada, na qual a Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI) faz parte. Propostas para outros estados poderão receber fomento diretamente do CNPq.

Para pesquisadores que irão submeter propostas via FAPs que aderiram à chamada (com exceção da FAPESP – São Paulo) e via CNPq, as inscrições estão disponíveis no link: sistema.confap.org.br. As propostas devem ser apresentadas em inglês. As inscrições se encerram no dia 18 de julho de 2022, às 12h00 (horário de Brasília).

Para mais informações sobre a chamada, envie um e-mail para: fundonewton.confap@gmail.com.

Pesquisadores que pretendam desenvolver suas atividades no Estado de São Paulo devem entrar em contato pelo formulário da FAPESP: www.fapesp.br/en/contact.

Para pesquisadores que pretendam submeter suas propostas via CNPq, mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: dileine.cunha@cnpq.br.

A íntegra do edital pode ser conferida aqui.

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FAPEPI prorroga bolsas PBIC por mais um ano

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Professor Osmar Gomes

A Fundação de Amparo à Pesquisa no Piauí (FAPEPI) informa que as bolsas de PBIC relacionadas ao Edital 002/2021, originalmente com prazo de vigência de até 12 meses, foram prorrogadas por igual período, seguindo a disponibilidade orçamentária e financeira do Tesouro Estadual.

A prorrogação das bolsas auxiliará no maior desenvolvimento de algumas pesquisas, como é o caso da pesquisa “CONTAS PÚBLICAS ABERTAS: a origem e o destino dos recursos orçamentários do fundo público piauiense”, coordenada pelo professor Osmar Gomes, docente do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR) e do programa de pós-graduação em políticas públicas da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

O projeto de pesquisa tem como objetivo ampliar a transparência e o controle social da execução orçamentária das contas públicas no Estado do Piauí. Buscará compreender a formação do fundo público, expressa na estruturação da receita orçamentária, a partir das diversas fontes de recursos, bem como sua destinação, a partir do montante, da direção e da relevância dos gastos não financeiro e financeiro, no período de 2015 a 2021; também buscará contribuir para a ampliação da transparência e do controle social sobre o orçamento público piauiense, por meio de uma pesquisa documental junto às peças orçamentárias do governo estadual publicizadas nos sítios eletrônicos das secretarias de planejamento e da fazenda e/ou no Tribunal de Contas do Estado.

Os resultados serão amplamente difundidos e debatidos com a sociedade piauiense por meio de seminário e/ou oficina/curso com o intuito de reforçar a importância do planejamento, execução e controle social do orçamento público para uma gestão pública mais eficaz, garantindo vida mais digna para todos e todas.

A pesquisa tem relação com os objetos de pesquisa do Grupo de estudo “Observatório do Fundo Público”, que iniciou suas atividades em 2019, do qual o professor Osmar faz parte. O grupo realiza pesquisas sobre poder estatal, orçamento público, financiamento de políticas sociais e mais especificamente na análise de quais grupos sociais são mais beneficiados e onerados na arrecadação tributária e na alocação destes recursos.

“É uma pesquisa com conteúdo crítico, no sentido em que nós não só levantamos números do quanto foi arrecadado e gasto, mas queremos identificar quais são as camadas da sociedade que são mais prejudicadas ou beneficiadas do ponto de vista da arrecadação dos tributos como do ponto de vista da aplicação desses recursos nessas áreas”, declara o professor Osmar Gomes.

Esclarecimentos e informações adicionais sobre o conteúdo deste Edital podem ser obtidos no portal da FAPEPI: www.fapepi.pi.gov.br ou nos seguintes endereços: dtc.fapepi@gmail.com, regina@fapepi.pi.gov.br.

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Inscrições abertas para a chamada da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) abriram a chamada para seleção de projetos para a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento tem se firmado como um relevante instrumento de popularização da ciência o País e uma das ferramentas mais importantes para incentivar e fomentar a prática científica e acontecerá entre os dias 17 a 23 de outubro de 2022. O tema deste ano é “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”. O prazo final de submissão das propostas vai até o dia 4 de julho de 2022. 

Os recursos previstos para a Chamada são da ordem de R$ 10,5 mil, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Como nas edições anteriores, serão realizados eventos e atividades gratuitas e abertas à comunidade, online e presenciais. Os projetos deverão ser submetidos a uma das seguintes linhas:

Linha A – Eventos de Abrangência Estadual ou Distrital

Linha B – Eventos de Abrangência Intermunicipal

Linha C – Atividades relacionadas ao Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Para mais informações acesse aqui a Chamada.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é realizada pelo MCTI desde 2004. O formato atualmente utilizado de seleção por meio de Chamada Pública operacionalizada pelo CNPq foi executado pela primeira vez em 2017, com o lançamento da Chamada MCTIC/CNPq nº. 02/2017.

Desde então, têm sido lançadas edições anuais em parceria entre o CNPq e MCTI, com submissão de propostas via Plataforma Carlos Chagas, ampliando consideravelmente o alcance dos projetos em todo o território nacional, num movimento de consolidação de iniciativas já realizadas em anos anteriores.

Informações: CNPQ

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Prazo de inscrições para Bolsas de Doutorado Fora do Estado se encerra nesta sexta-feira

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Encerram nesta sexta-feira, dia 3 de junho, as inscrições para o edital de Bolsas de Doutorado Fora do Estado (EDITAL 001/2022). Os interessados devem submeter suas propostas exclusivamente on-line, via SIGFAPEPI, no endereço eletrônico seguinte: http://sistema.fapepi.pi.gov.br/, até às 23h59 do dia 03 de junho de 2022. O resultado final será divulgado no dia 12 de julho de 2022. Os resultados parcial e final serão publicados na página da FAPEPI (www.fapepi.pi.gov.br), sendo que o resultado final será publicado em forma de extrato, no DOE-PI.

O referido Edital integra o Programa de Bolsas de Doutorado Fora do Estado (PBD), definido como uma das áreas de atuação da FAPEPI, possuindo foco na formação de recursos humanos qualificados e destina-se à servidores efetivos de órgãos públicos do Piauí, instituições de ensino e pesquisa, empresas públicas ou privadas sem fins lucrativos, sediadas no Estado, que estejam matriculados em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu de instituições brasileiras públicas ou privadas sem fins lucrativos, sediadas fora do Estado do Piauí, nos termos do presente Edital.

Para solicitação de bolsas à FAPEPI é necessário que o proponente tenha vínculo formal empregatício ou funcional permanente em instituições de educação superior e pesquisa, públicas ou privadas sem fins lucrativos, órgãos públicos ou empresas públicas, sediados no Estado do Piauí e ter liberação expressa da instituição, empresa ou órgão ao qual está vinculado para a realização do Doutorado Fora do Estado. No total serão concedidas 30 (trinta) bolsas de doutorado para alunos matriculados em cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu sediados fora do Estado do Piauí, em Programas com funcionamento regular ou na modalidade de Doutorado Interinstucional (Dinter).

Os esclarecimentos e informações sobre o conteúdo deste edital podem ser obtidos no site da FAPEPI: www.fapepi.pi.gov.br e ainda pelo endereço eletrônico: dtc.fapepi@gmail.com. Documentos necessários, cronograma completo e outros detalhes podem ser conferidos no Edital aqui: http://www.fapepi.pi.gov.br/wp-content/uploads/2022/04/SEI_GOV-PI-4110058-Edital-1.pdf

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Iniciativa piauiense está entre os finalistas do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora 2021

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Professor Rodrigo Baluz

Projeto de fomento à cultura empreendedora no Ensino Superior, Carnaúba Valley,  idealizado pelo professor dr. Rodrigo Baluz do curso de Ciência da Computação da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Parnaíba, está entre os finalistas nacionais do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora 2021.

O projeto, desenvolvido junto a estudantes da área de tecnologia, tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de negócios, conectar pessoas que buscam promover o desenvolvimento regional por meio de negócios inovadores, transformando a sociedade e promovendo o avanço econômico, social e cultural da região norte do Piauí por meio de tecnologia, inovação e criatividade. 

Através do projeto os jovens são estimulados a transformar ideias inovadoras e projetos de pesquisas em negócios. Com o uso de metodologias e programas de pré-aceleração são criadas novas startups. Dentro da comunidade, estes negócios alcançam oportunidades para serem acelerados em vários locais do Brasil ou a editais de fomentos com investimentos iniciais para construção e operação das soluções.

Concorrendo ao lado de educadores de todo o país, o projeto foi vencedor da etapa estadual do prêmio realizada em dezembro de 2021. A etapa nacional, que reúne os 10 principais projetos de todo o Brasil, terá a cerimônia de premiação hoje, dia 12 de maio de 2022, na cidade de São Paulo, durante a programação da Bett Educar Brasil, maior evento de educação e tecnologia da América Latina, que congrega, anualmente,  mais de 270 empresas nacionais e internacionais, mais de 20 startups do setor e cerca de 30.000 participantes da comunidade educacional de todos os estados brasileiros, que se encontram com o propósito de buscar inspiração, discutir o futuro da educação e o papel que a tecnologia e a inovação desempenham na formação de todos os educadores e estudantes.

“Cada vez mais falamos em inovação e que o jovem precisa empreender, criando soluções com uso de tecnologia. Acontece que além de promover está transformação na cultura empreendedora, precisamos criar ambientes e políticas para a promoção e suporte as inovações. Neste sentido que chego ao Prêmio Nacional de Educação Empreendedora promovido pelo Sebrae,” conta o professor.

O Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora tem o objetivo de reconhecer o trabalho de professores brasileiros que tenham implementado práticas, cursos e projetos de Educação Empreendedora. Podem se inscrever educadores vinculados a instituições de ensino da educação básica regular ou profissionalizante e de educação superior, reconhecidas pelo MEC. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Educação Empreendedora, promovido pelo Sebrae desde 2013 e que já impactou 7 milhões de estudantes, por meio da capacitação de 270 mil professores.

“Representar o Piauí entre os finalistas mostra que nosso estado converge para um avanço, para a construção de uma nova economia, agora baseada em inovação e tecnologia. Uma ação que nasce na UESPI Parnaíba e que transborda para toda região norte ao passo que se constitui uma comunidade de tecnologia, inovação e empreendedorismo, a Carnaúba Valley”, finaliza o professor.

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Curso capacita multiplicadores para manejo e aproveitamento da cajá

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A Embrapa Meio Norte, em parceria com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER e a Fazenda da Paz realizou o Curso de Processamento Agroindustrial do Cajá, que foi executado em duas etapas, sendo a primeira nos dias 31 de março e 01 de abril e a segunda, nos dias 07 e 08 de abril, na Comunidade Terapêutica Nova Esperança – Fundação da Paz.

A capacitação tem como público os internos da Comunidade Terapêutica Nova Esperança (Fazenda da Paz), moradores da comunidade, alunos da Escola Família Agrícola (EFA) do povoado Soinho (Teresina) e técnicos da Emater.

O curso é uma realização da Embrapa Meio-Norte, da Emater e da Fazenda da Paz e é uma das atividades do projeto “Geração de tecnologias para o cultivo sustentável da cajazeira” financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI).

O objetivo do curso foi promover a formação de multiplicadores em boas práticas no processamento do cajá, fruto encontrado facilmente na região e comercializado principalmente na forma de polpa, sorvetes e sucos.

Durante a capacitação, os participantes foram orientados sobre produção de polpa, geleia de cajá com e sem pimenta, iogurte saborizado com polpa de cajá e sorvete. As aulas foram ministradas por Márcia Ferreira Damasceno, extensionista e nutricionista da Emater, que também orientou sobre as práticas do processo de fabricação.

Foram também apresentadas informações sobre empreendedorismo e negócios, associativismo e impacto ambiental no âmbito do processamento do cajá. Essa parte foi ministrada por Geyson Coutinho Moura, extensionista da Emater.

Na última sexta-feira, dia 8 de abril, no final do curso, houve degustação dos produtos elaborados durante a capacitação.

Continuar lendoCurso capacita multiplicadores para manejo e aproveitamento da cajá